Este artigo aborda a história de um jovem morador de um bairro periférico de São Paulo sumariamente executado no contexto dos “Crimes de Maio” ocorridos em 2006. Utiliza-se do arcabouço conceitual da vulnerabilidade como forma de compreender os diferentes elementos envolvidos na sua vitimização. Esse conceito proporciona uma perspectiva ampla e dinâmica que considera a suscetibilidade a um determinado evento enquanto dependente não só de aspectos individuais, mas também relacionais e contextuais, evitando efeitos estigmatizantes. A análise desenvolvida enfatiza a incerteza social juvenil e a situação de liminaridade em relação ao “mundo do crime”; os processos de violência policial que recaem sobre determinadas parcelas da população, bem como a situação de impunidade. Tais elementos ocupam hoje uma posição central na conformação da vulnerabilidade de jovens à violência letal, o que torna necessária sua problematização para o desenvolvimento de ações de prevenção, inclusive no setor da saúde.
In the Public Health field, violence has been studied according to the classic risk approach. Generally speaking, the analyses developed in such perspective are able to show population tendencies of morbidity and mortality, and they also identify risk factors that are part of the causal chain of violence. Nevertheless, even though they are important as sources of information and hypotheses, when isolated such analyses are not capable of dealing with the complexity that is involved in the phenomenon. This paper aims at starting a reflection on the possibilities of the use of the vulnerability concept in the study of violence, specifically for understanding the set of situations that make youths be the main homicide victims. It is proposed a new approach to risk that takes into consideration socio-cultural processes that are present in the vulnerability of such group to lethal violence, through a perspective that presents the specificities of the youth condition and the challenge imposed by the contemporary social life.
Ao Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP, em especial a professora Lilia Blima, pelo aprendizado que tive sob sua orientação, e aos professores André Motta e Rosana Machin, pelas aulas inspiradoras.Ao grupo de estudos em Saúde, Interseccionalidade e Marcadores Sociais da Diferença (SIMAS) pla oportunidade de aprendizado, em especial aos amigos Marco e Marta, por serem pessoas que me inspiraram a acreditar que valia a pena continuar no espaço acadêmico.Às Terapeutas Ocupacionais, professoras e grandes orientadoras, Flavia Bonsucesso Teixeira e Heloíza Frizzo, por terem sido exemplos de profissionais desde o início de minha formação.Ao meu marido e companheiro, Leonardo Borges Camargos, pelos 20 anos de trajetória juntos, pelo amor compartilhado, enfrentando os desafios de uma relação de tantos anos, e por me proporcionar ser mãe e vivenciarmos juntos a oportunidade de amar e criar uma pessoa.À minha mãe, Norma Coutinho Alves Massa, e a minha irmã, Caroline Coutinho Massa, pelo amor, força, apoio e inspiração, sempre presentes em minha vida, e nunca desistindo de mim. E ao meu irmão, Victor Coutinho Massa, por todas as vivencias que compartilhamos, sempre aprendendo a sermos melhores e mais amorosos, cuidando um do outro.Ao meu Pai, João Massa (em memória), pelo amor, força, ensinamentos, período de vida compartilhado, sendo sempre inspiração em minha vida, mesmo não estando mais presente fisicamente.Às minhas tias, Marcia, Marina e Marilda, que sempre me proporcionaram sentir o amor e acalento do ambiente familiar mineiro.Aos meus amigos de longa data, Fernanda Lopes, Caren Ruotti, Matheus Tozelli e Giuliana Raia, pela oportunidade de tê-los em minha vida e por me mostrarem o poder da amizade verdadeira.Aos mestres de caminhada em meu processo de cura, Luisa, Armando, Camila, Elves, Vanessa e Alexandre, que me possibilitaram acreditar e ir em busca de meus sonhos e uma vida mais plena e saudável.Ao meu primo de segundo grau, Guilherme Alves Gouvêa (em memória), que faleceu no dia 17 de outubro de 1993, após adoecer e lutar profundamente contra a Aids, vivenciando todo o estigma em um período tão inicial da epidemia.
A profilaxia pós-exposição sexual (PEPSexual), estratégia biomédica de prevenção ao HIV/Aids, foi implantada no Brasil em 2010. Considerando que os homens jovens constituem uma população com importante vulnerabilidade ao HIV, o estudo aborda as percepções de profissionais de saúde sobre comportamento sexual e a gestão de risco neste segmento, no contexto da busca e do uso da PEPSexual. A pesquisa foi realizada com abordagem qualitativa e segundo os referenciais conceituais de cuidado em saúde, masculinidades e juventudes. Participaram 19 profissionais de saúde, de cinco serviços especializados de cinco cidades brasileiras (São Paulo, Ribeirão Preto, Curitiba, Porto Alegre e Fortaleza). Observa-se a centralidade de julgamentos e tentativas de controle da sexualidade dos jovens, baseadas no estereótipo da noção de desvio, o que gera impacto negativo na relação profissional-usuário e, consequentemente, apresenta-se como importante barreira tecnológica para o cuidado em saúde.
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