As doenças autoimunes ocorrem quando há uma desregulação do sistema imunológico do indivíduo e uma resposta inflamatória é desencadeada a partir do reconhecimento dos antígenos próprios do indivíduo. A dermatite atópica (DA) é uma doença hereditária, alérgica, autoimune que acomete a pele. Ela ocorre principalmente na infância e pode desaparecer até a adolescência. Quando não ocorre, a DA é considerada crônica. Apesar de hereditária, fatores externos como estresse, alimentação, suor entre outros podem agravá-la. A DA é caracterizada por pele seca, ocasionando lesões facilmente, e coceira. Seu tratamento baseia-se em hidratantes para os casos menos graves, enquanto os mais graves com surgimento de feridas são tratados com produtos à base de corticoide, antifúngico e antibactericida. É sabido que o tratamento prolongado à base de corticoide está diretamente associado à diminuição da sensibilidade à insulina, acúmulo de gorduras na região abdominal, rosto e costas, inibição da reabsorção de cálcio, podendo desencadear outros tipos de doenças como diabetes, osteoporose e até depressão. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi buscar na literatura métodos alternativos que poderiam ser utilizados no tratamento. Para tanto, nós realizamos uma busca na base de dados do Pubmed utilizando-nos de palavras-chave que abrangessem o tema autoimunidade, dermatite atópica, tratamento e corticoide. Foram achados vários estudos nos últimos 10 para alternativas de tratar a DA, desde estudos com base genética como na Filagrina, medicamento alternativo, como o aspartame. Porém, o único tratamento bem-sucedido foi com o Dupilumabe, que em 2019 passou a ser aceito no Brasil, sendo menos prejudicial quando comparado ao corticoide. Até então, devido ao seu recente uso, não há muitos dados sobre seus efeitos a longo prazo. Espera-se que o Dupilumabe seja uma alternativa ao corticoide, e que possa tratar a doença sem piorar o organismo, ou que não seja tão agressivo silenciosamente.