Trabalho e educação em saúde no Brasil: tendências da produção científica entre 1990-2010Work and education in health in Brazil: trends in scientific output between Resumo O
O objetivo deste estudo foi descrever e analisar as lacunas e desafios na direcionalidade de conteúdos curriculares para o Sistema Único de Saúde (SUS) à luz das Diretrizes Curriculares Nacionais. Trata-se de uma pesquisa documental quantiqualitativa. Para a exploração do conteúdo curricular, adotaram-se as seguintes categorias analíticas: a) foco do cuidado; b) âmbito do cuidado, e c) dimensões dos indivíduos e população consideradas no cuidado. Resultados indicam que, para a transformação do modelo de atenção em saúde no Brasil e, por conseguinte, para a consolidação do SUS, é necessária uma formação profissional com estrutura curricular que viabilize a compreensão dos aspectos subjetivos da saúde do ser humano e que a educação/formação profissional não represente momento distinto e independente do cotidiano das práticas e serviços de saúde.
A emergência dos cursos de graduação em Saúde Coletiva no Brasil tem colocado em pauta a diversidade de processos que conferem legitimidade à atuação profissional e implicam o reconhecimento da identidade do “novo” sanitarista. Este estudo teve como objetivo analisar a identidade do sanitarista a partir da formação nos cursos de graduação em Saúde Pública/Coletiva no Brasil. Trata-se de estudo exploratório, de natureza qualitativa, com realização de grupo focal. Adotou-se o referencial teórico-metodológico de Dubar - Trajetórias subjetivas, lógicas de mobilidade e formas identitárias. Embora a maioria não tivesse interesse prévio de inserção na Saúde Coletiva, a maneira como se define revela afinidades - elemento favorável à construção social de identidade profissional. Sujeitos e identidades passam a fazer parte da produção discursiva de inúmeros enunciados, caracterizados por uma visão da dimensão político-social e dos valores inerentes à prática nesse campo.
RESUMO O objetivo deste artigo foi analisar a produção científica sobre docência em saúde no Brasil, visando identificar os principais temas de investigação, abordagens e as possíveis lacunas do conhecimento. Realizou-se um estudo de síntese a partir de artigos publicados sobre a temática. Foram considerados estudos nacionais, com texto em língua portuguesa, publicados até o ano de 2017 no SciELO e na Lilacs. Foram analisados, na íntegra, 99 estudos, identificando pontos de convergência entre os assuntos tratados, sendo extraídas/definidas as seguintes categorias: Prática docente; Formação docente; Perfil docente; Identidade docente; Trajetória docente e Saúde do docente. Os anos que tiveram maior concentração de publicações foram 2011 e 2016 com, respectivamente, 13,13%; e 2017 com 11,11%. A distribuição quantitativa por tipo de estudo demonstra que 71,8% deles têm base empírica. A região Sudeste foi a que apresentou maior concentração (55,55%), seguida da região Sul (18,18%) e da região Nordeste (17,17%). No que se refere às categorias temáticas, nos estudos, houve predominância da Prática docente (36,3%), seguida de Formação docente (31,3%) e Saúde do docente (18,2%). A temática da docência em saúde apresenta inúmeras lacunas, reafirmando a necessidade de investimentos em pesquisas que tragam soluções para os desafios da educação na saúde na contemporaneidade.
O objetivo deste estudo foi analisar a produção científica sobre a identidade de atores da Saúde Coletiva no Brasil, entre 1990 e 2011. Realizou-se um estudo de revisão da literatura, a partir de resumos, artigos e trabalhos acadêmicos, como teses e dissertações, nas bases de dados LILACS, SCIELO e CAPES. Das publicações selecionadas, após análise, emergiram três categorias: construção da identidade, formação e identidade, e mercado de trabalho e identidade. Verifica-se, na quase totalidade dos estudos, que as discussões pouco se referem a um corpo básico que configura a identidade em Saúde Coletiva, mas, sim, a um conjunto de valores nos quais aparecem convergências. É necessário refletir sobre a complexidade implicada nesse processo, especialmente com a emergência da formação de sanitaristas, a partir da graduação, apontando, portanto, para uma possível profissionalização.
RESUMO Realizou-se um estudo exploratório sobre a repercussão do lançamento do Programa Mais Médicos na mídia, a partir da identificação, da seleção e da análise de notícias publicadas em jornais de circulação nacional, nos sites de Entidades Médicas e nos ligados à Reforma Sanitária Brasileira, no período de lançamento do Programa (julho a setembro de 2013). Procedeu-se à análise de discurso do material selecionado. Os resultados demonstram diferentes filiações políticas das entidades analisadas, com ampla diversidade de opiniões, que se contradizem ou coadunam, contribuindo, assim, para que o tema ganhasse um significado político que ultrapassasse o setor saúde. Apesar de todas as discussões e críticas em torno da implementação do Programa, este representa um grande avanço em termos de política pública, que integra, em uma única proposta, elementos voltados ao provimento emergencial de médicos, à educação médica e ao desenvolvimento da infraestrutura das unidades de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O material analisado evidencia que a mídia atua, simultaneamente, como espaço de reverberação do debate político e, também, como um ator político que influi na opinião pública acerca do Programa. PALAVRAS-CHAVE
The scope of this article is to analyze the characteristics of scientific literature on work and education in health in Brazil from 1990 to 2010. A synthetic study was conducted from abstracts published in Brazilian journal articles selected from the SCIELO and LILACS databases. Five hundred and thirty-two articles were selected, categorized according to their origin, year of publication, theme, and type of study. The publication of these scientific articles increased during the period analyzed, particularly from 2007 onwards. The main areas researched were education and training of health professionals, and the majority of works in these areas examine curriculum reform, methods of learning and teaching, and teaching in-service experiences. Besides these issues, others questions were addressed such as the labor market configuration and trends in health, and characteristics of the work process in several areas, like primary healthcare units. It was also observed that there are only a small number of studies related to policy, planning and management of work in public and private health institutions, as well as a scarcity of studies presenting reflections on theoretical and conceptual aspects of this theme.
This article analyzes the strategies of work management adopted at the Fundação Estatal Saúde da Família (State Health Family Foundation) (FESF-SUS), which was created to hire and allocate physicians in the Brazilian state of Bahia. The research aims to contribute to the debate about the difficulties of hiring and retaining physicians to work in the public policy promoting family health "Estratégia Saúde da Família" (ESF). The research consisted of a case study adopting several methodological strategies, with emphasis on documentary analysis. The findings show that one solution to hire and retain physicians is the creation of an inter-municipal career. The proposed work management of the Foundation included aspects such as variable compensation, worker mobility between municipalities, and factors associated with the provision of physicians to work in public health. The complexity of this proposal is faced with the lack of experience in operating this form of work management, as well as with the structural and institutional issues that historically marked the work management in the municipalities.
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