Este trabalho propõe uma análise do efeito de fatores sociais no desempenho escolar aferido pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) entre 2013 e 2019. O objetivo é discutir o impacto da origem social nas trajetórias individuais, aqui abordadas através dos dados secundários fornecidos pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Serão discutidas, principalmente, duas perspectivas consolidadas na literatura sobre desigualdades educacionais: uma em relação à conservação e reprodução de posições de origem, o tipo “Escola Reprodutora” e outra em relação aos casos de Escolas que conseguem controlar desigualdades de origem e oferecer condições adequadas ao desenvolvimento dos estudantes, o tipo “Escola Eficaz”. Entre esses dois extremos, que se configuram em categorias analíticas/tipos ideais, contribuímos com um panorama do efeito de fatores sociais ao longo do tempo. Com isso sistematizamos evidências empíricas em relação às desigualdades de resultados escolares e padrões de estratificação educacional.
Este trabalho discute as perdas de aprendizado nos anos iniciais do ensino fundamental, em âmbito nacional, antes e depois da pandemia de Covid-19, com especial atenção para a importância dos recursos técnico-pedagógicos mobilizados pelas escolas na eventual minimização da queda de desempenho. Utilizou-se um painel de resultados médios escolares no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), acrescido de dados do Censo da Educação Básica e outros indicadores educacionais. Os resultados descritivos indicam que a pandemia impactou principalmente escolas de alto desempenho prévio à crise - motivo pelo qual o sistema educacional teria sido "nivelado por baixo" - e, sobretudo, aquelas que recebem um alunado de menor nível socioeconômico e que apresentam menor capacidade institucional de resposta à pandemia. Modelos lineares com efeitos fixos municipais indicam que, controlado pelo desempenho prévio e pelo nível socioeconômico, a resposta técnico-pedagógica à pandemia e o tempo de funcionamento presencial apresentaram efeitos (não causais) de baixa significância prática. Em síntese, a pesquisa identifica certa apatia das escolas e redes de ensino às ferramentas mobilizadas, o que coloca em xeque a efetividade de tais recursos no enfrentamento da crise.
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