DF e Caparaó-MG, em três verões. O verão se destaca pelas abundantes chuvas convectivas, principalmente ao norte da linha do trópico de Capricórnio. No Sul do Brasil a variabilidade interanual se amplia em anos de El Niño e de La Niña, e sobre a região situada ao norte do trópico não há informações precisas. Para investigar a dinâmica das massas de ar que atuaram no Centro-Sul do Brasil e a gênese das chuvas foram estudados os sistemas atmosféricos por meio da espacialização temporal. O objetivo principal foi verificar a porcentagem das chuvas frontais e convectivas e contabilizar a participação das massas de ar na dinâmica atmosférica na estação do verão em um ano climatológico normal (2008/2009), em um de manifestação da La Niña (2007/2008) e em um de El Niño (2009/2010). Em Cáceres e Brasília o tempo de atuação da massa Polar atlântica se limita a eventos esporádicos, enquanto a massa Equatorial continental aumenta na mesma proporção, tendo como a principal consequência as chuvas convectivas. Constatou-se também que em Campo Mourão e Caparaó os sistemas frontais, as massas Polar atlântica e Tropical atlântica participaram ativamente nos tipos de tempo. Embora pesquisas neste sentido ainda sejam escassas, constatou-se neste estudo que no verão de 2007/2008, de manifestação da La Niña, o volume de chuva foi maior e a participação dos sistemas atmosféricos também.
A tropicalidade do Brasil manifesta-se principalmente no regime das chuvas que, em grandes áreas do país é a primeira consequência da dinâmica dos sistemas atmosféricos. Para ampliar a compreensão da dinâmica, deveremos considerar os centros de ações, a estacionalidade e a dinâmica das massas de ares. A massa Polar ao avançar, no seu limite norte, área de contato com o ar mais quente e de densidade diferente geram os Sistemas Frontais, que, para o Sul do Brasil, causa os principais episódios de chuva. Para as demais regiões, atuam as massas de ares Tropical continental, Tropical atlântica, Equatorial atlântica e Equatorial continental. Considerando-se a hipótese de um ano atípico para 2016, traçaram-se como objetivo, contabilizar a participação dos sistemas atmosféricos para o Brasil na estação do inverno, elegendo-se nove estações climatológicas como referenciais. Os resultados mostraram que as participações das massas de ares mantiveram-se próximo do esperado para a estação.Palavras Chave: Climatologia Geográfica; sistemas atmosféricos; IntroduçãoNa Climatologia Geográfica do Brasil, dada a vastidão do território, é mais interessante caracterizar a dinâmica dos sistemas atmosféricos, a partir da compreensão da circulação geral e da participação e quantificação das massas de ares que atuam nos estados do tempo.Neste trabalho, investigou-se a participação das massas de ares na estação do inverno de 2016, tanto no tempo cronológico, quanto nos diferentes quadrantes do território brasileiro. Considerou-se como hipótese principal, uma maior participação da mPa no tempo cronológico, visto que os principais meios de comunicações noticiaram que o inverno em curso estava sendo atípico, principalmente por conta da frequência em que as ondas de frio se sucederam para o Sul do Brasil.A metodologia utilizada não dá subsídios para verificar a intensidade dos sistemas atmosféricos, embora a pressão atmosférica fosse lida diariamente e para todas as localidades consideradas. Para averiguar a intensidade seria necessário comparar com outros invernos; porém, não há estudos nessa linha de abordagem.
O objetivo do estudo foi quantificar e qualificar a espacialização temporal e a evolução dos sistemas atmosféricos para o Centro Sul do Brasil, por meio da Análise Rítmica, a partir de quatro localidades: Campo Mourão PR, Cáceres MT, Brasília DF e Caparaó MG. Escolheu-se o mês de julho de 2005. Julho é um mês característico da estação do inverno, e 2005, ano neutro, considerando o El Niño e a La Niña. A dinâmica atmosférica para essa região, na estação do inverno, é comandada pelas massas de ar Polar atlântica, Tropical atlântica, Tropical continental e sistema frontal, basicamente. A massa Tropical continental atua limitadamente a partir do oeste da região. Os principais episódios de chuva foram frontais, e a altura decresce do sul para o norte. Como essa região não é centro de origem de qualquer sistema atmosférico, ela se caracteriza como uma região terminal ou dissipatória, ou seja, onde as massas de ar se modificam. Por essa razão, todos os sistemas que atuam, modificam-se à medida que avançam, assim como diminui a participação cronológica no estado do tempo
A cidade de Campo Mourão PR, localizada nas proximidades do trópico de Capricórnio, é influenciada pela alternância de massas de ares de baixa e de alta pressão atmosférica. Os contrastes na pressão e nos sistemas atmosféricos são mais evidentes na primavera, estação que compreende os meses de transição do inverno para o verão, como é o caso do mês de outubro. Esse mês marca a volta de episódios de chuvas convectivas, características do verão, embora ainda prevaleça a atuação dos sistemas frontais. O mês de outubro também é marcado por episódios tempestuosos devido à alternância da participação das massas de ares de baixa e de alta pressão, das Frontogêneses, das manifestações dos Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM) e das Correntes de Jatos de Baixo Nível (JBN). Para essa região, a pluviosidade interanual é irregular, porém, em outubro de 2017 registraram-se 396,6mm, em Campo Mourão. Para investigar a gêneses desse elevado volume, estudou-se a participação das massas de ares, dos sistemas frontais, dos CCM e também a participação da Correntes de Jatos de Baixo Nível. Verificou-se que as chuvas, consequências da atuação dos CCM, foram próximas a 30%, e as interações entre a umidade trazida pelo JBN, a evolução das ciclogêneses, a expansão e atuação da massa Tropical continental dinamizam os temporais.
A região de Campo Mourão-PR tem na atividade agrícola sua principal alavanca econômica. Mesmo fundamentada na agricultura mecanizada e moderna, ela dependente do estado do tempo. Por isso, o objetivo principal deste artigo é calcular o balanço hídrico decendial agrológico para o município de Campo Mourão a partir da série histórica 2000-2010 e verificar, pelo extrato do balanço hídrico, se as anomalias – consequências do fenômeno La Niña – influenciaram a disponibilidade de água no solo. Aplicou-se o método de Thornthwaite e Mather (1955) para executar e elaborar o extrato do balanço hídrico e verificou-se, comparando com os diagramas ombrotérmicos de Gaussen, se os períodos com deficiência hídrica no solo correspondem aos meses secos de Gaussen. No inverno, todos os meses secos apresentaram deficiência hídrica. Constataram-se irregularidade na distribuição temporal das chuvas nos anos em que ocorreu o fenômeno La Niña, bem como períodos de deficiência de água no solo com possíveis consequências na atividade agrícola.
Climatologia em diferentes níveis escalares: Mudanças e variabilidades Resumo Este artigo abordou a climatologia das chuvas para Campo Mourão na série histórica (1992 a 2012). Foram considerados os dados mensais das chuvas registradas na Estação Climatológica de Campo Mourão e classificadas segundo Índice de Porcentagem Normal para os meses extremamente úmidos, os quais foram analisados para se interpretar a gênese da chuva. A classificação se deu por meio da Equação do Índice de Porcentagem Normal. Do total de 252 meses, 22 foram classificados como extremamente úmidos. Foram investigados as participações dos sistemas atmosféricos na região, cujo objetivo foi verificar e quantificar a participação dos sistemas atmosféricos e classificar o(s) sistema(s) gêneses das chuvas para os meses extremamente úmidos. Esses 22 meses receberam totais que oscilaram de 262,0 a 468,0 mm. Os sistemas atmosféricos gêneses para as chuvas desses meses foram os sistemas frontais e a massa Equatorial continental, principalmente. Os resultados apontaram que a maior contribuição foi consequência da passagem dos sistemas frontais pela região. Palavras chave: Climatologia Geográfica; Zona de transição; Massas de ares.
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