In Brazil, the production of ethanol from sugarcane produces large amounts of lignocellulosic residues (bagasse and straw), which have been driving research and development for the production of second generation ethanol. In the present work, a recombinant Saccharomyces cerevisiae strain expressing the β-glucosidase gene from Humicola grisea was used for ethanol production from three different cellulosic sources by simultaneous saccharification and fermentation. Initially, a enzymatic pre-hydrolysis step was done with a solid:liquid ratio of 1:4, and an enzymatic load of 25 filter paper activity (FPU).g -1 of cellulosic substrate. Using sugarcane bagasse pretreated cellulignin, crystalline cellulose and carboxymethyl cellulose, 51.7 g L -1 , 41.7 g L -1 and 13.8 g L -1 of ethanol was obtained, respectively, at the end of 55 hrs of *Corresponding author fermentation. The highest ethanol productivity (0.94 g L -1 hrs -1 ) was achieved using sugarcane bagasse pretreated cellulignin. The use of a recombinant S. cerevisiae led to extremely low glucose concentrations when compared to other works reported in literature.

Este artigo busca analisar a desigualdade social entre os sexos e algumas de suas expressões no mundo do trabalho. Tais questões são discutidas com base no método materialista histórico dialético, orientado pela teoria marxista e pelo feminismo materialista francófono. O debate busca realizar uma análise crítica das expressões do idealismo no campo dos estudos sobre mulheres. Analisamos correntes teóricas que abordam as “desigualdades de gênero” e argumentamos em defesa de uma concepção materialista das relações sociais de sexo. Concluímos que a desigualdade entre os sexos tem base material na história, mediada pelo imbricamento dialético das relações sociais de sexo, raça e classe. As desigualdades no mundo do trabalho evidenciam a necessidade de uma análise que considere esta imbricação para apreender as formas contemporâneas de exploração-dominação.

Resumo Este artigo analisa o trabalho doméstico remunerado no Brasil buscando articular dimensões conjunturais e estruturais, a partir das determinações inscritas na divisão sexual e racial do trabalho, que o conformam como um campo de trabalho assalariado majoritariamente ocupado por mulheres e, dentre elas, por mulheres negras, e marcado por relações de exploração e dominação conformadas pela imbricação das relações sociais de gênero, raça e classe, que atravessam a formação social brasileira. Analisa-se como o trabalho doméstico remunerado se inscreve no cerne das contradições sociais do país e como a luta das trabalhadoras domésticas e cada momento de conquista advindo desta luta movimentam reações que expressam os conflitos e antagonismos sociais inerentes a estas relações.

Nesta entrevista, Verônica Ferreira discorre sobre sua trajetória intelectual e militante e os encontros com o legado de Heleieth Saffioti, sobretudo os debates do patriarcado, o Nó das relações sociais de classe, gênero e raça e a perspectiva materialista. Ressalta-se o diálogo entre Heleieth Saffioti e a luta feminista no Brasil e na América Latina por meio da relação entre Saffioti e o SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia. Discute-se, também, a contribuição de Saffioti para pensar contextos e Nordeste.

A fruticultura irrigada representa a atividade econômica mais importante do território de identidade do Sertão do São Francisco, no estado da Bahia. A expansão dessa atividade proporciona o desenvolvimento socioeconômico do território, promovendo benefícios para a população, como aumento do número de empregos e elevação da renda. No entanto, o processo de irrigação e a expansão da fruticultura gera também impactos ao meio ambiente, por meio do desmatamento, uso desordenado da água e utilização de agrotóxicos. Diante disso, o objetivo deste trabalho é identificar os principais impactos que fruticultura irrigada provoca ao meio ambiente local, bem como apresentar soluções para reduzir tal problema. Para alcançar este objetivo, a metodologia utilizada será uma revisão de literatura, uma busca das informações a respeito da produção de frutas local e pesquisa de campo.

Ciencias Políticas, docente, investigadora, activista del Movimiento feminista del sur. * Doutora em Sociologia e Pesquisadora do SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia. ** Doutoranda em Serviço Social (UFPE) e Pesquisadora do SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia.

No abstract

Neste artigo, analisa-se a questão da “mobilização” e a sua relação com a questão da emancipação das mulheres trabalhadoras em Kergoat, isto é, a “passagem do eu para o nós” que, segundo a autora, constitui o “fio condutor que atravessa o conjunto das minhas pesquisas” (KERGOAT, 2018, p. 95). O artigo discute as elaborações de Kergoat baseadas em suas pesquisas empíricas realizadas nos anos 1970, apresenta suas premissas e categorias fundamentais, bem como suas contribuições teórico-políticas para a reflexão contemporânea sobre a constituição das mulheres como sujeito do trabalho e a questão da emancipação considerando as relações sociais de sexo, classe e raça. Como síntese, a incursão no pensamento de Kergoat nos permite pensar a constituição das mulheres como um sujeito no trabalho como uma dimensão que está diretamente relacionada à capacidade das mulheres de se organizarem como coletivo portador de um projeto feminista de igualdade e emancipação.