Este estudo de coorte retrospectivo foi desenvolvido com o objetivo de traçar o perfil da população que sofreu trauma raquimedular (TRM) e foi internada em hospitais de pronto atendimento de Porto Alegre/RS. O perfil da população que sofreu TRM de janeiro de 2005 a janeiro de 2010 foi investigado retrospectivamente a partir da coleta de dados em registros médicos. Foram analisados 1320 prontuários, dos quais 63,3% eram do sexo masculino, com média de idade de 47,02±19,60 anos. Os mecanismos de TRM que prevaleceram foram queda de altura (27,2%), acidente de trânsito (25,8%) e queda da própria altura (13,2%), e os níveis da coluna vertebral mais acometidos foram lombar (35,6%), torácico (21,9%) e cervical (20,5%). Da amostra total, 10,7% dos indivíduos que sofreram TRM apresentaram lesão medular (LM), com maior prevalência da lesão incompleta (63,3%). O TRM em Porto Alegre acomete principalmente homens na meia-idade, que tiveram na queda de altura a etiologia mais frequente e no nível lombar o mais acometido. A LM ocorreu mais em indivíduos jovens, sendo o nível cervical o mais lesado. Esses achados são importantes para orientar a alocação eficiente de recursos para o manejo desses agravos e suas repercussões e para prevenir a sua ocorrência nas populações em risco.
RESUMOObjetivo: Avaliar a influência da intervenção fisioterapêutica na qualidade de vida e na evolução clínico funcional de mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama. Materiais e Métodos: Estudo quase-experimental do tipo antes e depois, composto por treinamento de força e flexibilidade, em 10 mulheres submetidas a tratamentos cirúrgico e adjuvante, com duração de oito semanas. Para avaliação da qualidade de vida utilizou-se o questionário WHOQOL-bref. A avaliação clínico funcional foi composta por avaliação: da amplitude de movimento (ADM) de ombro mensurada por meio de goniometria; da força muscular de flexão, extensão e abdução de ombro avaliada com uma repetição máxima; da dor ao repouso e ao movimento; da sensibilidade; e de edema através da perimetria. Resultados: Não houve variação percentual nas respostas do questionário de qualidade de vida. Na avaliação inicial, as pacientes tinham força muscular e ADM menor no membro superior homolateral à cirurgia e ao final não foi encontrada essa diferença, ocorrendo ganho de força e ADM em ambos os membros. No teste de sensibilidade foi relatado paresia na região cirúrgica e não houve melhora. Após o tratamento houve diminuição de 40% no relato dor forte ao movimentar o braço e na avaliação da dor ao repouso inicialmente 50% referiram dor forte e, após, todas dor fraca. Não houve formação de linfedema. Conclusão: A aplicação do protocolo de exercícios auxiliou na melhora dos parâmetros clínicos funcionais, exceto a paresia, e não ocorreu declínio da qualidade de vida. Palavras
| This retrospective cross-sectional study sought to: describe the profile of the elderly population who suffered spinal injury (SI) between 2005 and 2010 in Porto Alegre (RS), Brazil; compare the trauma mechanism and type of SI prevalence in both sexes; and compare the trauma mechanism in the sample's age groups. To this end, medical records were reviewed for the following data: age, sex, main mechanisms of injury and spinal levels affected. Out of 1.320 records analyzed, 370 belonged to elderly subjects, 58.6% women (73.07±8.52 years) and 41.4% men (69.4±7.5 years). The most prevalent SI mechanisms were falls from own height (37.7%), height (24.3%) and unspecified (20.1%). The most affected vertebral levels were L1 (30.0%), T12 (16.2%) and L2 (11.9%). Only 26 (7%) individuals who had SI suffered a spinal cord lesion, with a higher prevalence of incomplete lesion (82.6%). No significant association was detected between the occurrence of SI and its type or sex. In the time and region investigated, the SI profile in the elderly can be described as: women over 70, who suffered a fall from their own height, injuring mainly the lumbar region. Elderly men and women were equally affected by SI without spinal cord lesion. Falls from height predominated in those aged 60-69, whereas falls from own height were commonest among those aged 70 and over. Alegre (RS), Brasil; comparar a prevalência nos sexos dos diferentes mecanismos de trauma e do tipo de lesão medular; e comparar o mecanismo de trauma de acordo com a faixa etária da amostra. A coleta em prontuários de dois Serviços de Arquivo Médico (SAME) envolveu os seguintes dados: idade, sexo, principais mecanismos de lesão e níveis medulares mais acometidos. Foram analisados 1.320 prontuários, dos quais 370 eram de idosos; destes, 58,6% eram de mulheres (73,07±8,52 anos) e 41,4% de homens (69,4±7,5 anos). Prevaleceram quedas da própria altura (37,7%), quedas de altura (24,3%) e quedas sem especificação (20, 1%). Os níveis vertebrais mais acometidos foram L1 (30,0%), T12 (16,2%) e L2 (11,9%). Apenas 26 (7%) dos indivíduos que sofreram TRM apresentaram lesão medular, com maior prevalência da incompleta (82,6%). Não foi detectada associação significativa entre a ocorrência de TRM ou o seu tipo e sexo. O perfil do TRM em idosos da região pode ser descrito como: mulheres acima de 70 anos que sofreram queda da própria altura, lesionando principalmente a região lombar. Idosos e idosas foram igualmente acometidos por TRM sem lesão medular, com predomínio de quedas de altura na faixa dos 60 anos e quedas da própria altura acima dos 70 anos.
Aims:To report three clinical cases of complex brachial plexus injury treated with an innovative physical therapy program, the Chordata Method, combined with electrotherapy. Case description: Three patients suffered a complex brachial plexus injury. They were submitted to surgery and to long-term rehabilitation with the Chordata method (including suspension and tilting exercises) combined with electrotherapy. All patients exhibited significant signs of recovery in post-treatment electroneuromyography. Moreover, improvements in muscle strength and in the range of motion of the injured upper limb were also observed, leading to better posture and gains in activities of daily living (e.g., driving a modified car, holding objects, performing household chores, and doing leisure activities). Conclusions: There was great functional recovery after the physical therapy program with the Chordata Method combined with electrotherapy, with an impact on patients' daily lives as well as on electroneuromyography findings. Randomized clinical trials are needed to confirm or refute this new non-pharmacological strategy for the treatment of brachial plexus injuries.KEY WORDS: brachial plexus neuropathies; physical therapy modalities; peripheral nerve injuries. RESUMOObjetivos: Descrever três casos clínicos em que os indivíduos tiveram lesão de plexo braquial complexa, tratada com um programa inovador de fisioterapia, o Método Chordata, associado à eletroterapia. Descrição dos casos: Três pacientes sofreram lesões complexas do plexo braquial. Os três sujeitos foram submetidos à intervenção cirúrgica e a um longo período de reabilitação com o emprego do método Chordata (envolvendo exercícios de suspensão e pendulação corporal), combinada com a eletroterapia. Todos os pacientes apresentaram sinais significativos de recuperação na eletroneuromiografia pós-tratamento. Além disso, os três também apresentaram melhora na força muscular e nas amplitudes de movimento do membro superior acometido. Observou-se melhor postura e ganhos importantes nas atividades de vida diária (tais como dirigir um carro modificado, segurar objetos, realizar tarefas domésticas e atividades de lazer). Conclusões: Os resultados revelaram uma importante recuperação funcional após o programa de fisioterapia com o Método Chordata associado à eletroterapia, com impacto na vida diária dos pacientes, bem como nos achados eletroneuromiográficos. Ensaios clínicos randomizados são necessários para confirmar ou refutar esta nova estratégia terapêutica não farmacológica nas lesões de plexo braquial. DESCRITORES: neuropatias do plexo braquial; modalidades de fisioterapia; traumatismos dos nervos periféricos.
O objetivo deste estudo foi avaliar a realização de atividade física e a qualidade de vida e observar suas possíveis correlações em pacientes oncológicos durante o tratamento quimioterápico. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal. A amostra foi selecionada por amostragem aleatória simples. Incluíram-se indivíduos maiores de 18 anos com diagnóstico clínico de neoplasia maligna que tivessem realizado no mínimo duas sessões de quimioterapia, podendo ou não estar realizando outro tratamento associado à mesma. A realização de atividade física foi avaliada através do questionário International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) e a qualidade de vida através do questionário European Organisation for Research and Treatment of Câncer Quality of Life Questionnaire C30 (EORTC QLQ-C30). Foram estudados 38 indivíduos. No EORTC QLQ-C30, nenhum paciente atingiu a pontuação máxima de funcionalidade. Os sintomas “fadiga” e “dor” obtiveram alta pontuação. Em relação à realização de atividade física, 63,2% dos pacientes realizaram menos do que 297 equivalentes metabólicos (METs) e 36,8% realizaram mais do que 297 METs de acordo com a classificação do IPAQ. Os pacientes que realizaram mais do que 297 METs apresentaram uma melhor qualidade de vida do que os que realizaram menos do que 297 METs. Observou-se uma correlação entre o total de METs realizados e diversas escalas do EORTC QLQ-C30, como “estado geral”, “físico” e “fadiga”. A atividade física parece estar relacionada com diferentes aspectos da qualidade de vida de pacientes oncológicos. Assim sendo, programas regulares de exercício físico, talvez, sejam uma excelente estratégia para melhorar a qualidade de vida dos mesmos.
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