Resumo: O foco deste estudo foi a verificação da consciência morfológica em crianças não alfabetizadas e em processo de alfabetização, avaliada por meio da aplicação de uma tarefa de produção dos sufixos agentivos -or, -eiro, -ista. A consciência morfológica é a habilidade de manipulação das menores unidades de sentido de uma língua, os morfemas, e de reflexão sobre essas unidades. O corpus foi obtido por meio de entrevistas com 16 crianças, 8 do sexo masculino e 8 do sexo feminino, divididas em dois grupos: Grupo 1, com crianças não alfabetizadas (idade entre 4 e 5 anos); Grupo 2, com crianças em processo de alfabetização (idade entre 6 e 7 anos). A análise voltouse para a manipulação de morfemas evidenciada pelo emprego de um morfema por outro com o mesmo valor agentivo. Os resultados mostraram o crescimento gradual da capacidade de análise da estrutura morfológica das palavras, condicionado pela idade e pela escolaridade, embora essa habilidade já se mostre presente desde a primeira faixa etária estudada, o que se interpreta como a presença precoce de um nível de consciência morfológica já na idade de 4 anos -desde essa idade as crianças já manipulam sufixos agentivos, formando palavras que não seguem a estrutura convencional da língua.Palavras-chave: aquisição da morfologia; consciência morfológica; sufixos agentivos.
RESUMO: O presente estudo tem como foco analisar como crianças em fase de aquisição do sistema verbal irregular do PB (Português Brasileiro) aplicam os processos fonológicos consonantais diante de conjugações verbais irregulares e qual a relação desses processos com a aquisição verbal do português. Para isso, selecionou-se o total de nove verbos, que foram avaliados segundo a aplicação de um instrumento, criado especificamente para esta pesquisa. Participaram da coleta de dados 16 crianças, falantes nativas de PB, estudantes de 1º ao 4º ano, na faixa etária de 06 a 09 anos de idade, todos alfabetizados. A partir das possibilidades de análise, entende-se que a aquisição do sistema verbal irregular do PB pode ser considerada como tardia, motivada, especialmente, pela presença de alternâncias consonantais nos radicais de suas flexões, as quais operam na língua com processos fonológicos consonantais.
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