O presente artigo tem como objetivo relatar sobre a organização neurológica das crianças em relação ao comportamento motor, buscando evidenciar os processos anteriores ao uso preferencial de um determinado membro e a constituição da lateralidade, salientando as leis céfalo-caudal e próximo-distal. Também são apresentados conceitos referentes ao desenvolvimento motor em neonatos e de que forma irão influenciar a relação de lateralidade discutida. Objetiva-se apresentar a relação entre a lateralidade e a discriminação direita-esquerda e como esta última influencia na aprendizagem. O estudo se deu a partir de revisões teóricas, e os resultados obtidos mostram que o desenvolvimento motor, partindo de neonatos, se dá primeiro com uma constituição bimanual, havendo uma dominância homolateral do corpo, devido à hipotonicidade do eixo axial e à hipertonicidade das extremidades. Uma melhor estruturação do esquema corporal ocorre a partir do desaparecimento dos reflexos presentes e da constituição da bonicularidade e da binauricularidade (uso simultâneo dos olhos e dos ouvidos, respectivamente), os quais favorecem o engatinhar e, consequentemente, a criança passa a ter maiores possibilidades de explorar o mundo a sua volta, favorecendo a definição de preferência de um dos lados. Conforme apresentado, se a discriminação direita-esquerda não for bem definida, poderão ocorrer problemas cognitivos e distúrbios de aprendizagem.
INTRODUÇÃO: A partir do nascimento pré-termo, a maternidade é convocada prematuramente, pois o tempo final da gestação não pode ser vivido e o que foi idealizado não se concretiza. Dessa forma, a mulher mãe precisa ressignificar seu papel e a própria maternidade, reestruturando seu sistema cuidador para dar conta da situação real que se apresenta. O nascimento prematuro insere muitas dificuldades para a mulher, influenciando em momentos estressantes e deflagrando sentimentos de frustação, culpa, ansiedade, tristeza, medo, entre outros. OBJETIVO: Compreender as dificuldades, emoções e sentimentos presentes durante o nascimento e hospitalização dos recém-nascidos pré-termos extremos e como a(s) maternidade(s) puderam ir se construindo nesse contexto. MÉTODO: Estudo qualitativo, com coleta de narrativas de mulheres que compartilharam suas experiências em um site especializado na internet. A análise foi realizada a partir da Análise de Conteúdo, utilizando como embasamento teórico a teoria do apego. RESULTADOS: As narrativas retratam uma alta expectativa em relação ao nascimento dos bebês, bem como a frustração e angústia geradas a partir da necessidade de uma separação brusca e literal. Ainda, os momentos foram marcados por uma rotina exaustiva e pelo medo do bebê vir a óbito, além da necessidade de aprenderem a reconhecer os sinais sutis dos bebês e construir modos de cuidados possíveis. As narrativas trabalhadas foram/são uma maneira que elas encontraram para relatar suas histórias e de ressignificar o vivido. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Destaca-se a importância de haver o reconhecimento das vivências maternas nesse contexto para que melhorias no acolhimento prestado e construção de políticas públicas sejam possíveis de serem realizadas.
No Brasil, há poucas pesquisas sobre a Síndrome do Bebê Sacudido, a qual se caracteriza como uma forma de abuso infantil. Tendo em vista o tempo que muitos bebês passam sob o cuidado de educadoras em instituições escolares, foi objetivo deste estudo avaliar o conhecimento de profissionais que atuam com bebês de 0 a 2 anos a respeito da Síndrome do Bebê Sacudido. Para isso, a partir de aplicação de questionários e de entrevistas investigou-se o conhecimento de 20 educadoras. As entrevistas foram analisadas a partir da técnica de Análise de Conteúdo e o questionário foi avaliado a partir da estatística descritiva e inferencial. De modo geral, os resultados apontam para o desconhecimento das profissionais, dos fatores de risco e de proteção da síndrome, bem como das consequências de sacudir um bebê. Portanto, é necessário que ações de prevenção sejam formuladas para esse contexto, buscando diminuir a incidência desse tipo de violência e buscando um desenvolvimento mais saudável das crianças.
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