Este trabalho tem como objetivo analisar os determinantes salariais dos professores assalariados com formação superior no Brasil e os efeitos dos níveis de ensino em que atuam sobre os salários. Com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) de 2018, estimam-se as equações salariais e mensuram-se as fontes das desigualdades salariais dos professores. As constatações são as de que os salários dos professores estão relacionados positivamente aos seus atributos produtivos, como também ao nível de atuação profissional, no ensino fundamental, médio e superior. Ser mulher e não branco reduzem os salários dos professores, mais intensamente para os níveis de atuação mais elevados. Apesar de importantes, as dotações produtivas explicam menos as desigualdades salariais dos professores, sendo a estrutura própria das carreiras o fator preponderante, afirmando a existência de segmentação dos postos de trabalho na profissão docente no Brasil
Esta pesquisa investigou a participação da mulher negra, segundo a qualidade das ocupações e os rendimentos, na dinâmica das regiões metropolitana e não metropolitana brasileiras. Os resultados indicaram a posição desvantajosa da mulher negra nas ocupações, com maiores chances de estar em profissões secundárias, caracterizadas por atividades técnicas e de prestação de serviços, informalizadas e de menores salários, em relação à mulher branca, nas duas regiões estudadas. Todavia, reconhece a influência das regiões estudadas em três aspectos: as regiões metropolitanas remuneram melhor as mulheres negras, comparadas às regiões não metropolitanas, mas há menores desigualdades salariais de cor de pele nas regiões não metropolitanas do país, independentemente da qualidade das ocupações; existe dificuldade no alcance de uma ocupação associada à liderança e gerência, mas o aumento na escolaridade da mulher negra promove rendimentos maiores e maior participação em uma ocupação superior, especialmente para mestres e doutoras, e nas regiões não metropolitanas do país; e as chances de absorção das mulheres negras nas regiões não metropolitanas são maiores, mas em ocupações secundárias e pioram para as que têm filhos menores.
Este artigo teve como objetivo identificar e analisar as desigualdades salariais provocadas pela deficiência nas regiões brasileiras e o impacto discriminatório das deficiências sobre os rendimentos dos trabalhadores paranaenses. Por meio dos microdados do Censo Demográfico de 2010, foram estimadas as equações mincerianas com correção de viés de seleção amostral e a decomposição salarial de Oaxaca-Blinder para os trabalhadores com e sem deficiência no estado do Paraná. Os dados identificaram maior proporção de trabalhadores com deficiência ocupados, salários mais baixos e maiores diferenças salariais nas regiões Norte e Nordeste do país, enquanto no Sudeste e Sul tem-se o inverso. Especificamente, no Paraná os trabalhadores com deficiência têm baixa ocupação, a maioria é de indivíduos mais velhos, homens, brancos, chefes de família, inseridos no setor privado e menos escolarizados. A decomposição contrafactual de salários apontou diferença salarial desfavorável para os trabalhadores com deficiência, cujos efeitos mais contundentes são para as pessoas com deficiência visual e física. Comprovou-se a presença da discriminação de rendimentos contra os indivíduos com deficiência no mercado de trabalho paranaense, sendo o efeito discriminatório superior ao efeito explicado pelas características pessoais produtivas e não produtivas. Palavras-chave: Diferenças salariais. Decomposição salarial. Deficiência. Regiões. Paraná.
This article aims to introduce a methodological contribution to the wage decomposition, from the traditional decomposition of Oaxaca–Blinder. Specifically, we review the usual wage decomposition models and proposes a new technique that do not choose an advantage/disadvantage group in advance, a solution to the index problem, one of the most present criticisms in the decomposition salary of Oaxaca–Blinder. It is based on the analysis of the current wages of the analyzed groups, and not on the impacts of the income that the individuals should have, as usually appears in the models of decomposition. It applies the gender wage decomposition procedures in the Brazilian labor market, under the different approaches, from the microdata of the PNAD of 2015, which confirm the wage differences and discrimination between men and women. Finally, this article contributes to the decision on empirical strategies in the field of wage inequalities and, particularly, their interpretation.
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