As perfurações dentárias são comunicações artificiais entre o sistema de canais radiculares e as estruturas de suporte dos dentes. Embora sejam capazes de causar danos irreparáveis, a instituição de um tratamento adequado pode melhorar o seu prognóstico. Assim torna-se essencial para o êxito do tratamento um diagnóstico preciso visando a obtenção de um selamento efetivo e biologicamente compatível. Dentre os inúmeros materiais já utilizados para este fim, o Agregado Trióxido Mineral (MTA), devido a suas excelentes propriedades físico-químicas e biocompatibilidade, permite uma nova perspectiva no tratamento de perfurações. O advento deste material possibilita tratamentos mais conservadores, os quais devem ser a meta da Odontologia do futuro.
A escritora francófona Marguerite Yourcenar ascendeu à celebridade e confirmou sua excelência literária, sobretudo, com a publicação de dois romances históricos: Memórias de Adriano (1951) e A Obra em Negro (1968). É sobre o segundo tí-tulo que se debruça este trabalho.Partindo da preocupação em estudar a presença e a imagem da história e da sociedade na literatura, o presente artigo visa a analisar como é mostrada a medicina do século XVI em A Obra em Negro. O objetivo é apontar e destacar o material histórico (e, assim fazendo, avaliar sua qualidade) com o qual Marguerite Yourcenar construiu sua obra. 1Diante da amplidão do tema, ou seja, a medicina praticada nesse século de descobertas e repressão, atemo-nos aqui a dois assuntos. Inicialmente, examinamos muito brevemente a caminhada de Zênon, o protagonista, no campo da aprendizagem e do estudo da medicina: a primeira formação, a escola de medicina que frequentou, os deslocamentos que buscou a fim de aprimorar seu conhecimento técnico-científico. Na continuidade, evidenciamos mais detalhadamente o quotidiano de trabalho e a vida social de Zênon em Bruges, sob a identidade de Sebastião Theus: onde trabalhava, com quais problemas de saúde se defrontava, que tipo de tratamento aplicava em seus pacientes, com quem convivia nas esferas social e profissional. Nessa abordagem, faz-se também referência às diferentes categorias profissionais do atendimento médi-1
Résumé: Edmond et Jules de Goncourt, quand ils proposent une étude clinique, et plus particulièrement de l'Amour, dans Germinie Lacerteux (1865), ils la conçoivent en plusieurs plans. Notre proposition, c'est d'examiner ce concept qu′ils inaugurent et diffusent dans leur célèbre préface, tout en essayant de comprendre la poétique nosographique de l'excès et de la déchéance qui en découle et dont les échos répercuteront silencieusement sur Germinie. Personnage attaché violemment à l'Amour, à nature oscillatoire entre pathologie et physiologie au long du récit, elle n′est rien d'autre que souillure débordante, dont le paroxysme relève d'une débauche hyperesthésique et douloureusement destructive. Mots-clés:Littérature et médecine; Littérature française; Naturalisme; Goncourt (Edmond et Jules); Germinie LacerteuxResumo: O presente artigo propõe-se a analisar aquilo que foi intitulado a clinique de l′Amour (clínica do Amor) no romance Germinie Lacerteux (1865), de Edmond e Jules de Goncourt. Ao examinar este conceito atribuído e apresentado pelos próprios autores no célebre prefácio desta obra capital do naturalismo francês, este trabalho pretende compreender a poética nosográfica do excesso e da decadência que a caracteriza e que faz, portanto, de Germinie, uma personagem atrelada ao Amor, cuja natureza oscila entre fisiológica e patológica ao longo da narrativa e cujo paroxismo resulta no desastre de uma incontinência hiperestésica e dolorosamente destrutiva. Palavras-chave:Literatura e medicina; Literatura francesa; Naturalismo; Goncourt (Edmond e Jules); Germinie Lacerteux L′année 1865. Qu′on n′attende pas des Goncourt une histoire d′amour chevaleresque ou sucrée. Qu′on n′attende pas des Goncourt une romance, dans tous ses sens trop évidente ou prévisible. En ironie mordante, ils ouvrent la préface de leur Germinie Lacerteux en s′excusant d′offrir au public un tel livre. Si, dans leur raillerie, ils évoquent toute la médiocrité d′un lectorat qui ne cherche dans la littérature que de l′amusement et de la frivolité, ils se vantent de mettre finalement à la portée de cette masse d′ignorants un roman vrai. Cet oeuvre ne correspond pas aux attentes usuelles du public, il se veut une étude, qu′ils désignent comme la clinique de l′Amour 1 .Que veulent-ils dire par cela? Ce serait quoi cette clinique? À quoi sert-elle? En plus, quel serait le sens d′une clinique dans un roman?Clinique, dans son étymologie, renvoie au lit, à l′être couché (klinikos, klinein). En médecine, selon l′un de ses sens premiers, elle concerne directement les 1 GONCOURT, Edmond; GONCOURT Jules de. Germinie Lacerteux.OEuvres completes: Tome IV. Paris: Honoré Champion, 2011, p. 37-38Este artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que a publicação original seja corretamente citada.
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