A exigência de profissionais de Odontologia aptos a trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) traz a necessidade de uma formação direcionada ao desenvolvimento de competências e habilidades. A inserção do aluno na Atenção Primária à Saúde (APS) por meio dos estágios vem sendo preconizada, por ser um nível de atenção importante para construção da integralidade do cuidado. Assim, o objetivo deste artigo é descrever e analisar a experiência vivenciada por graduandos de Odontologia junto a uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) no componente curricular Estágio Supervisionado na ESF, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de um município do interior, em um bairro com grande vulnerabilidade social. Trata-se de um relato de experiência de abordagem descritiva, caráter qualitativo e cunho crítico-reflexivo. Os dados foram alcançados pela percepção dos alunos durante as atividades do estágio, utilizando como base o portfólio crítico reflexivo (PCR) construído durante dez encontros na UBS. Previamente, um semestre foi destinado à aquisição de conhecimento teórico e planejamento das atividades a serem desenvolvidas durante o estágio. Na UBS, os estudantes tiveram a possibilidade de vivenciar o funcionamento e interação da equipe de saúde, realizar atividades voltadas à prática interprofissional, visualizar as demandas da comunidade e desenvolver atividades com metodologias participativas. Em seguida, foi construído o PCR e partilhada a vivência por meio de apresentação aberta ao público. Dessa forma, o estágio permitiu desenvolver um olhar mais humanizado e integral aos estudantes de Odontologia, com competências importantes para o profissional apto a trabalhar no SUS.
To investigate the socioeconomic, demographic and health needs that influence the access to oral health actions. Material and Methods: The sample consisted of 609 individuals who lived in areas covered by the Family Health Strategy in a city of the Northeast of Brazil. All individuals living in areas covered by the FHS with age equal to or higher than six years were included. Data analysis included descriptive, bivariate and multivariate statistics using decision-tree based Chi-squared automatic interaction detection (CHAID). Results: Most participants were female, aged 25-34 years, ranging in age from 6 to 87 years. It was evidenced that, among the studied variables, the most relevant for understanding the access to oral health actions were: age (p<0.001), educational level (p-value in Node 1 = 0.009; p-value in Node 7 = 0.005) and self-perception of oral health (p=0.001). Conclusion: The results suggest that access to oral health actions is influenced by several social and individual factors, and it is marked by inequalities that favor individuals with higher educational level, better self-perception of oral health and lower age groups.
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