1 Residente de Oftalmologia (2º ano) da FAMEPP/ UNOESTE.
Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico dos casos de ametropias atendidos no Núcleo do Hospital Universitário (NHU) da UFMS, já que as pesquisas em oftalmologia nessa área são extremamente pobres em nossa região.Métodos: Realizou-se levantamento epidemiológico retrospectivo na Seção de Arquivos Médicos (SAME), através da aplicação de protocolo de investigação de 2.361 prontuários de pacientes com algum tipo de ametropia atendidos no NHU entre 1996 e 1998, contendo sexo, idade e tipo de ametropia (miopia, hipermetropia, astigmatismo ou presbiopia). Os dados foram analisados e discutidos.Resultados: Prevalência do sexo feminino (60%) em todas as ametropias, o maior contingente atendido foi de pacientes com presbiopia (987 casos), seguida pela hipermetropia (701), miopia (434) e astigmatismo (239). A miopia esteve mais presente na faixa etária entre 20 e 29 anos, a hipermetropia entre 0 a 9 anos e os astigmatas entre 10 e 39 anos, enquanto a maior incidência de presbiopia foi na faixa etária acima de 40 anos.Conclusão: O número de pacientes do sexo feminino é maior em relação ao sexo masculino, mesmo considerando cada ametropia isoladamente. Propõe-se no trabalho algumas hipóteses. A miopia concentra-se mais entre as idades de 10 a 39 anos. Já a hipermetropia ocorre mais em crianças e recém-nascidos, tendendo a diminuir com o passar da idade, devido ao aumento do globo ocular. O astigmatismo foi um defeito caracterizado como sendo de adolescentes e adultos jovens. A presbiopia foi o erro de refração mais comum e sua incidência, semelhante aos dados da literatura, ocorreu na faixa etária acima de 40 anos. Incidence of ametropias in the University Hospital of Campo Grande (MS) between 1996 and 1998 INTRODUÇÃOEmetropia é a falta de erro refrativo e as ametropias são defeitos de refração caracterizados pelos raios refratados no olho (originados de raios incidentes paralelos) não convergirem na retina (camada foto sensível) [1][2][3][4][5] . Segundo o Stedman´s Medical Dictionary, ametropia vem do Grego Ametros (desproporcional) + Metron (medida) + óps (olho), ou seja, medida desproporcional do olho 1, 4 . No caso da miopia os objetos localizados em uma distância finita do olho são focalizados na retina 2 . Pode ser provocada por uma ou mais das seguintes anomalias 2 :
INTRODUÇÃOEsta síndrome foi primeiramente descrita em 1965 pelo Dr. Victor Dubowitz (1) e só mais tarde, em 1971, designada como síndrome de Dubowitz por Gorlin & Opitz ambos da University Medical School of Wisconsin (2) . Há um grande espectro de fenótipos podendo afetar os sistemas imune, hematológico, neurológico, urológico, cardiovascular, músculo-esqueléti-co, digestivo, as regiões cutâneas, os dentes e os olhos. O quadro clínico ocular inclui: estrabismo, ptose palpebral, inflamações crônicas dos canais lacrimais, blefarofimoses, fenda palpebral diminuída, hipertelorismo, telecanto, epicanto, alterações do fundo de olho (vasos tortuosos, malformações do disco óptico e retina, alteração de pigmentação) (3)(4)(5)(6) . Vários autores descreveram associações importantes com esta síndrome, como, casos apresentando coloboma de íris (7) ; associação com glaucoma (8) , com paralisia do nervo oculomotor direito (9) . É uma síndrome herdada de forma autossômica recessiva e não há teste laboratorial para diagnóstico, sendo este feito clinicamente, após exclusão de outras síndromes genéticas. Não se sabe ainda a localização do gene nem sua patogenia, sendo sugerido como fator responsável, a ação intracelular de genótipo mutante em várias ocasiões durante o período pré e pós-natal do desenvolvimento (7) . Seu quadro clínico mais comum é: retardo de crescimento pré e pós-natal, microcefalia, pequena estatura e alterações faciais e físicas características. Tipicamente os pacientes nascem com peso normal e desenvolvem diminuição severa do ganho de peso pós-natal, porém todos os pacientes apresentam, até o momento, estatura menor com estrutura corporal normalmente proporcional (7) . Por muitos anos esta síndrome foi considerada rara, porém sabe-se hoje que, na verdade, simplesmente muitos pacientes não são diagnosticados adequadamente, seus tratamentos e cuidados multidisciplinares não realizados prontamente deixando suas situações clínicas especiais para segundo plano. Objetiva-se, com este relato, orientar os oftalmologistas para que possam encaminhar adequadamente os pacientes suspeitos e para que saibam diagnosticar como sindrômicas, as alterações oculares da síndrome. Síndrome de Dubowitz -Relato de casoOs autores apresentam um caso de síndrome de Dubowitz em criança de 7 anos de idade, diagnosticada por meio de exame genético-clínico, demonstrando manifestações nos mais variados sistemas, incluindo alterações oftalmológicas como: epicanto e exotropia com pequeno componente vertical incomitante associado e discreta variação alfabética em A. Discute-se a importância do oftalmologista no diagnóstico e encaminhamento precoces de pacientes com esta síndrome e propõe-se uma forma mais adequada de acompanhamento desses pacientes. RELATOS DE CASOS
Síndrome de Lyell por imipramina -Relato de casoO objetivo do artigo é relatar o caso de uma paciente de 43 anos com síndrome de Lyell relacionada à ingestão de imipramina e mostrar as alterações corneanas associadas a lesões dermatológicas típicas da sín-drome de Lyell, que melhoraram após suspender o uso de imipramina e tratamento adequado. O oftalmologista deve estar apto para reconhecer, tratar e conduzir adequadamente os casos de síndrome de Lyell. INTRODUÇÃOO primeiro relato da síndrome de Stevens Johnson (SSJ) foi publicado em 1922 como uma doença inflamatória aguda que afeta, predominantemente, a pele e membranas mucosas, incluindo a superfície ocular (1) . A síndrome inicia-se geralmente após o uso de algum medicamento ou infecções e apresenta etiopatogenia provavelmente autoimune (2) . Provoca quadro febril, raramente evoluindo para óbito, sendo, na maioria dos casos, autolimitada após a retirada do agente causador.A síndrome de Lyell (SL) ou necrólise epidérmica tóxica é a forma mais severa da SSJ, com 20-30% de mortalidade e envolvimento de 20% ou mais da epiderme, podendo haver perda em folhetos da derme (3) . O quadro clínico ocular é caracterizado por conjuntivite catarral bilateral, com secreção purulenta e membranas ou pseudomembranas, podendo estar associada a ceratites e úlceras de córnea (2,(4)(5) . Após a fase inicial aproximadamente metade dos pacientes com SSJ sistêmica severa continuarão tendo problemas na superfície ocular que incluem: simbléfaro, entrópio, ectrópio, triquíase, olho seco, inflamação conjuntival persistente, infecções conjuntivais e opacidades corneanas (6)(7) . Várias são as drogas que podem induzir a SSJ, dentre elas: sulfonamidas, barbituratos, alopurinol, antiinflamatórios, penicilina e mais recentemente, cefotaxime (8) , citosina-arabinosídeo (9) e vancomicina (10) . A imipramina é um antidepressivo tricíclico que inibe a recaptação de noradrenalina e serotonina. Essa droga, usada em várias formas de depressão, pode provocar efeitos colaterais, tais como: tontura, sonolência, boca seca, cansaço, aumento de peso, sudorese, visão turva, hipotensão, dentre outras (11) . O objetivo deste trabalho é relatar um caso de síndrome de Lyell secundária à imipramina, já que não é do conhecimento dos autores outra publicação semelhante.RELATO DO CASO N.M.G.S., 43 anos, feminina, branca, natural de Osvaldo Cruz -SP e procedente de Presidente Prudente -SP. Deu entrada no pronto socorro do RELATOS DE CASOS
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