Na busca de identificar possíveis contribuições para o campo da saúde coletiva, o artigo analisa os Espaços de Saúde e Cultura realizados nos Fóruns Sociais Mundiais no Brasil. Trata-se de pesquisa qualitativa, de abordagem descritiva, com uso de pesquisa documental, utilizando documentos, relatórios, vídeos e anotações em diário de campo. Os resultados apontam que os Espaços de Saúde e Cultura inovaram ao aproximar diversos atores da saúde coletiva, articulados ao Movimento de Educação Popular em Saúde, trabalhadores da saúde, gestores e movimentos de juventude. A Educação Popular é apontada como referencial político-metodológico da formulação dos espaços, os quais potencializaram a construção de rede multicultural com proposição de novas formas de produzir saúde. Afirma-se o “Espaço Che” como fonte de inspiração para as Tendas Paulo Freire, realizadas em eventos da área, congressos científicos, encontros e seminários.
RESUMO:Este artigo apresenta algumas reflexões e aprendizados obtidos na investigação sobre a luta por saúde desenvolvida pelo Movimento de Mulheres Camponesas no Rio Grande do Sul, através da análise de observações, registros, documentos, histórias de vida e entrevistas feitas com mulheres que dele participam. Revela as bases que sustentam e fundamentam a emergência da luta por saúde neste Movimento e a dimensão educativa, política e terapeutica que nele se expressa. Apresenta os desafios político-pedagógicos que emergem desta experiência para a educação popular em saúde.Palavras-chave: Mulheres camponesas. Saúde. Educação popular em saúde. Gênero.
THE EDUCATIVE DIMENSION OF THE SOCIAL FIGHT FOR HEALTH IN THE MOVEMENT OF PEASANT WOMEN AND THE POLITICAL-PEDAGOGICAL CHALLENGES FOR A POPULAR EDUCATION IN HEALTHABSTRACT: This paper presents some reflections and apprenticeships based on an investigation of the Movement of Peasant Women's fight for health, through the analysis of observations, reports, documents, life stories and interviews made with women who participate in this organization. It unveils the bases that support and found the emergency of the fight for health in this organization and the educative, political and therapeutic dimension * Mestre em Educação e educadora popular. Atua no Grupo Hospitalar Conceição (RS).
A regionalização da saúde é objeto de políticas nacionais desde os primórdios do século XX. No Brasil, a descentralização do sistema de saúde foi um tema relevante desde o início da década de 1960, sendo destaque já na 3ª Conferência Nacional de Saúde, em 1963. A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) aloca à problemática da descentralização e da regionalização novas texturas e um plano de complexidade que problematiza políticas, gestão e avaliação, colocando em destaque contextos locorregionais, capacidades institucionais e o cotidiano do sistema de saúde e a participação dos diferentes atores na sua configuração. Este artigo analisa a construção de uma iniciativa de regionalização desenvolvida no Estado da Bahia desde 2007, articulada à educação permanente em saúde. A iniciativa se materializou em um processo de planejamento e implementação de diversas modalidades de formaçãode quadros, como atividades de especialização, de aperfeiçoamento e de atualização no conjunto de nove macrorregiões de saúde. O plano de análise constituiu-se em duas etapas: a primeira descreve a construção epistemológica dessas iniciativas, com base em conceitos e teorias da Saúde Coletiva, da Educação e da Geografia contemporâneas; e a segunda descreve o escopo das iniciativas desenvolvidas.
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