O presente texto descreve resultados de pesquisa dedicada à avaliação de características climáticas do Estado do Tocantins, especialmente quanto aos fatores temperatura, pluviosidade e outras variáveis do balanço hídrico climatológico. Quanto à pluviosidade, foram adotados dados diários disponibilizados pela Agência Nacional de Águas (ANA) de postos pluviométricos situados dentro e no entorno do território tocantinense para período de 32 anos (1985 a 2016). Já os dados de temperatura do ar foram obtidos a partir do projeto Reanalysis do National Centers for Environmental Prediction/National Center for Atmospheric Research (NCEP/NCAR). O cálculo do balanço hídrico foi feito através da metodologia proposta por Thornthwaite e Mather (1955), adotando-se capacidade de água disponível no solo (CAD) de 100 mm como valor padrão. Os tipos climáticos foram identificados de acordo com as propostas de classificação de Köppen e Geiger (1928) e Thornthwaite (1948). Espera-se que os resultados sejam úteis para a gestão territorial e pesquisas científicas em diversas áreas do conhecimento.
A análise de aspectos fisiográficos, bióticos e antrópicos das bacias hidrográficas deve oferecer subsídios efetivos para o processo de determinação de pontos de maiores e menores restrições hídricas, limites de possíveis irreversibilidades e indicação regionalizada de alternativas de manejo. Nesse contexto, é preciso desenvolver e testar instrumentos destinados à identificação da interação entre o processo de apropriação humana do território e a base natural, em compartimentos espaciais internos às bacias. O presente texto se atém aos aspectos naturais, procurando avaliar a possibilidade de aplicação da abordagem paisagística à gestão de recursos hídricos . A parte mineira da bacia do rio Jequitinhonha foi tomada como estudo de caso. Verifica-se que a região mais heterogênea da bacia abrange a margem esquerda do rio Jequitinhonha, das cabeceiras até a sub-bacia do rio Salinas, onde ocorrem todos os tipos de litologia e feições morfológicas, vegetação e solos presentes na totalidade da área de estudo. Na margem direita do mesmo rio, incorporando a quase totalidade da sub-bacia do rio Araçuaí, predominam amplas chapadas capeadas por sedimentos cenozóicos, vegetação de cerrado e manchas de floresta estacional. No Médio Jequitinhonha, estendendo-se do município de Araçuaí até o extremo jusante da área de estudo, em ambas as margens, predominam as rochas graníticas e gnáissicas, maciços estruturais e intrusões em forma de pontões, vegetação de caatinga no setor oeste e florestas estacionais no setor leste. O relevo fortemente ondulado e os solos muito susceptíveis à erosão são características presentes em todas as unidades de paisagem.
O mapeamento do uso do solo é essencial para acompanhamento do processo de reconstrução continuada da paisagem, sendo útil para definição de estratégias de utilização dos recursos naturais. O presente artigo relata pesquisa dedicada a inventariar e compreender a dinâmica do uso agrícola do solo sob uma perspectiva multitemporal (escala sazonal) no alto curso da bacia do rio Uberabinha, no Triângulo Mineiro, a montante da sede municipal de Uberlândia. Utilizou-se a técnica do NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) devido à sua aptidão para levantamento de áreas agrícolas. O mapeamento foi elaborado por meio da interpretação visual, recorrendo-se às imagens do sensor LANDSAT 5 e ResourceSat-1, com a composição colorida 4R5G3B. Foi possível diferenciar os diversos estádios fenológicos da cobertura vegetal, percebendo situações de manejo e forma de ocupação do solo em diferentes épocas do ano. Observa-se, por exemplo, que não há recorrência ao pousio da terra entre uma cultura e outra. Os produtores adotam o método de plantio direto, intercalando culturas, além de forrageiras e leguminosas para melhorar a qualidade nutricional do solo.Palavras chave: Mapeamento; Sensoriamento Remoto; Uso agrícola do solo; Escala sazonal.AbstractThe mapping of the land use is essential for accompaniment of the reconstruction process continued of landscape, being useful for define strategies of utilization of the natural resources. This article reports the research dedicated to inventory and understand the dynamics of agricultural land use under a multitemporal perspective (seasonal scale) in the high course of the basin of the Uberabinha river, in the Triângulo Mineiro, the upstream of the municipal headquarters of Uberlândia. We used the technique of NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) due to its aptitude for survey of agricultural areas. The mapping was prepared by visual interpretation, resorting to images of the sensor LANDSAT 5 and ResourceSat-1, with colorful makeup 4R5G3B. It was possible to differentiate the several phenological stages of the vegetation cover, realizing management situations and forms of land occupation in differents epochs of the year. It is observed that there is no recurrence to fallow of the land between one culture and another. The producers adopt the method of tillage, interspersing cultures, besides forages and legumes for improve the nutritional quality of the soil. Keywords: Mapping; Remote Sensing; Agricultural land use; Seasonal scale.
Os mapas geológicos, elementares a diversas finalidades, podem ser elaborados por meio da utilização de técnicas de geoprocessamento e geotecnologias como o Geographic Information System (GIS), sensoriamento remoto e o Global Positioning System (GPS). Essas ferramentas podem apresentar bons resultados, sobretudo com informações obtidas em campo, etapa indispensável quando utilizados coeficientes de concordância. Existem grupos de mapas geológicos definidos pela escala. Os mapas de reconhecimento, por exemplo, são confeccionados na escala de 1:250.000 ou menor. Assim, o presente artigo propõe um procedimento experimental para mapas de reconhecimento geológico, aplicado na bacia do rio Uberabinha (MG) com a reclassificação dos intervalos altimétricos a partir das cotas dos contatos litológicos captadas em campo por receptor GPS. O resultado foi comparado com o mapa geológico do Projeto Triângulo Mineiro em escala 1:100.000. Com esses mapas, foi analisada a qualidade de ambos por meio dos coeficientes de concordância total, Kappa e Tau, o que contribuiu para a elaboração de um mapa de reconhecimento geológico da área de estudo. Ressalta-se que esses procedimentos podem ser uma alternativa para a confecção de mapas geológicos em outras bacias hidrográficas em contextos geotectônicos semelhantes.
O presente artigo expõe resultados de uma pesquisa dedicada à realização de uma caracterização geotécnica e geoambiental da bacia do córrego São Pedro, situada na área urbana de Uberlândia/MG, a partir dos atributos e propriedades do meio físico, com vista à utilização do solo como um meio de infiltração das águas pluviais. A metodologia utilizada concentra-se no mapeamento analítico, gerando documentos cartográficos elaborados e analisados individualmente. Além disso, é feita a caracterização de materiais inconsolidados (in situ e laboratório) e ensaios do coeficiente de permeabilidade (k) (in situ com o permeâmetro Guelph). De posse de todos os dados foi feita a análise quali-quantitativa das características do meio físico pelo estudo de seus atributos e sua representação em mapas, privilegiando variáveis relacionadas à avaliação de processos de infiltração e escoamento. Para a área da bacia do córrego São Pedro foram obtidos valores de k variando entre as ordens de grandeza de 10-4 a 10-5 cm/s. O mapa de adequabilidade à infiltração apresentou ser não adequado ou pouco adequado nas áreas mais próximas aos canais e na foz do córrego principal. Os terrenos situados próximos aos divisores de água da bacia apresentam-se muito adequados. O centro da bacia e a região localizada entre os córregos Jataí e Lagoinha são também muito adequadas à infiltração. Estas áreas com maior adequabilidade são apropriadas à implantação de medidas estruturais e não estruturais, visando reduzir riscos a inundações. Assim, de posse destes mapas geoambientais espera-se contribuir para o planejamento urbano na área de estudo.
O uso inadequado dos recursos naturais em contextos espacialmente diferenciados sob vários aspectos nas bacias hidrográficas conduz à degradação ambiental e aos problemas sociais. Nesse sentido, as ações de gestão são fundamentais e devem partir do princípio de que as unidades hidrográficas são internamente heterogêneas, complexas e multifacetadas, configurando-se como um conjunto de situações variadas. Este artigo relata resultados de pesquisa dedicada à aplicação de um procedimento metodológico de compartimentação paisagística multiescalar baseado na adaptação das contribuições de dois autores clássicos: Georges Bertrand e Jean Tricart. A bacia do rio Uberabinha, localizada no estado de Minas Gerais, adotada como área de estudo, foi caracterizada do ponto de vista fisiográfico e subdividida ordenadamente em dois geossistemas, quatro geocomplexos e oito geofácies. Unidades menores, denominadas geótopos, também foram identificadas enquanto exemplos. A partir dos mapas de componentes fisiográficos e de cobertura e uso da terra distribuídos em intervalos temporais situados entre 1985 e 2020 foi possível categorizar a vulnerabilidade dos terrenos quanto à perda de solos. Por fim, perfis geoecológicos foram elaborados para organização de uma síntese da realidade terrestre da bacia numa perspectiva vertical (geohorizontes). Diante do exposto, o trabalho contribuiu como uma análise da bacia do rio Uberabinha baseada na perspectiva geossistêmica, visto que sua exploração tem se mostrado ecologicamente predatória, assim como na maioria das bacias hidrográficas brasileiras.
These abstracts have been selected for presentation in 4 sessions throughout the meeting. Please refer to the PROGRAM for more details. BEST ORAL ABSTRACTSMain Sessions | Landtagssaal Friday May 16 | 09:45-10:45 1167 Metabolic profiling using ex-vivo proton magic angle spinning magnetic resonance spectroscopy (1H-MAS-MRS) detects myocardial injury in experimental autoimmune myocarditis (EAM)Recently, breathing maneuvers have been shown to be associated with a similar vascular response as seen with vasodilatory agents like adenosine. Yet, there has been no data on its potential diagnostic utility in the presence of coronary artery stenosis. In swine, we investigated whether hyperventilation followed by a long breath-hold can detect an abnormal regional response in the presence of coronary artery stenosis. Eighteen anaesthetized swine were prepared with a blood flow probe on the left anterior descending coronary artery (LAD) and a femoral arterial catheter. In ten of these animals, a significant stenosis of the LAD was created with a hydraulic occluder and quantified by measuring the fractional flow reserve (FFR).Background: The cardiovascular magnetic resonance (CMR) derived native myocardial T1 is decreased in patients with Anderson Fabry disease (AFD) even before left ventricular hypertrophy (LVH) occurs and may be a first non-invasive measure of myocyte storage. The relationship of native T1 lowering prior to hypertrophy to other candidate early phenotype markers and its reproducibility as a clinical test are unknown. Methods: sixty-three pts, 34 (54%) female, mean age 43 + 15 years with confirmed (genotyped) AFD underwent CMR, ECG and echocardiographic assessment. LVH was absent in 25 (40%) of the pts. Native T1 mapping was performed with both Modified Look-Locker Inversionrecovery(MOLLI)and ashortenedversion (Sh-MOLLI)sequences ona1.5 Tesla magnet. Twenty-one patients underwent a second scan later on the same day to assess inter-study reproducibility. Results were compared with 63 healthyvolunteersmatched for gender and age. Results: The mean native T1 in AFD (LVH+), (LVH-) and healthy subjects (HS) was 853 + 50ms, 904 + 46ms and 968 + 32ms (for all p , 0.0001), Figure 1. Native T1 assessment showed high inter-study, intra-observer and inter-observer agreement with intra-class correlation coefficients (ICC) of 0.99, 0.98, 0.97 (ShMOLLI) and 0.98, 0.98, 0.98 (MOLLI). In AFD LVH-individuals, low native T1 was associated with reduced echocardiographicbased global longitudinal speckle tracking strain (-19 + 2% vs -21 + 2%, p ¼ 0.036) and early diastolic function impairment (E/E'¼ 7[6-8] vs 5[5-7], p ¼ 0.045), Figure 2. Conclusion: Native T1 mapping in AFD is a reproducible technique. T1 reduction prior to the onset of LVH is associated with early diastolic and systolic changes measured by echocardiography.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.