Agradeço aos meus pais Ricardo Rosa (in memoriam) e Maria Aparecida Mendes Rosa; e meu irmão Renato Mendes Rosa pelo apoio incondicional. Ao Professor Dr. Vanderlei de Oliveira Ferreira, não apenas por ter me aceitado como orientando, mas principalmente pela amizade e dedicação com este trabalho. Aos Professores Dr. Roberto Rosa e Dr. Jorge Luís Silva Brito pelas sugestões durante a qualificação. Ao Professor Dr. Luiz Eduardo Panisset Travassos por ter aceitado participar da banca e pelas contribuições durante a defesa. À Ekos Planejamento Ambiental (diretores e colegas de trabalho), especialmente à Amara Borges Amaral pela flexibilidade de horários. Aos meus colegas de trabalho Bruno Braga Justo e Frederico Augusto Tavares Amaro pelo apoio nos trabalhos de campo desta dissertação. Muito obrigado! RESUMO O aperfeiçoamento de ferramentas de planejamento e gestão ambiental é uma necessidade que se intensificou com a crescente demanda por recursos naturais, verificada principalmente após a segunda metade do século XX. No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981) apresenta o zoneamento como um de seus instrumentos, o que contribui nas estratégias de aproveitamento dos recursos naturais de uma determinada região, estado da federação ou uma bacia hidrográfica. Ressalta-se a importância da geografia na elaboração de zoneamentos pelo enfoque holístico e pela capacidade de analisar fenômenos naturais e sociais em diferentes escalas. Assim, a presente pesquisa apresenta uma proposta de zoneamento da bacia do rio Uberabinha, localizada na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, a partir da noção de paisagem em geografia. Na etapa analítica foram realizadas pesquisas bibliográficas e trabalhos de campo para diagnosticar os aspectos geológicos, características do relevo, tipologias de solos, rede de drenagem, condições climáticas e o uso da terra e cobertura vegetal nativa, além de procedimentos em software de geoprocessamento para a confecção de mapas temáticos. Na etapa de integração, foram selecionados os aspectos geológicos, declividade, tipologias de solos e o uso da terra e cobertura vegetal nativa por determinarem a ação dos processos de funcionamento da paisagem. A aplicação desta metodologia resultou em 10 zonas, sendo apresentada uma caracterização e indicações gerais para o planejamento ambiental em cada uma delas. Por fim, espera-se que o trabalho possa subsidiar planos, programas e projetos voltados à sustentabilidade ambiental da bacia do rio Uberabinha, além de contribuir para a retomada das discussões metodológicas acerca dos trabalhos de zoneamento.
Os mapas geológicos, elementares a diversas finalidades, podem ser elaborados por meio da utilização de técnicas de geoprocessamento e geotecnologias como o Geographic Information System (GIS), sensoriamento remoto e o Global Positioning System (GPS). Essas ferramentas podem apresentar bons resultados, sobretudo com informações obtidas em campo, etapa indispensável quando utilizados coeficientes de concordância. Existem grupos de mapas geológicos definidos pela escala. Os mapas de reconhecimento, por exemplo, são confeccionados na escala de 1:250.000 ou menor. Assim, o presente artigo propõe um procedimento experimental para mapas de reconhecimento geológico, aplicado na bacia do rio Uberabinha (MG) com a reclassificação dos intervalos altimétricos a partir das cotas dos contatos litológicos captadas em campo por receptor GPS. O resultado foi comparado com o mapa geológico do Projeto Triângulo Mineiro em escala 1:100.000. Com esses mapas, foi analisada a qualidade de ambos por meio dos coeficientes de concordância total, Kappa e Tau, o que contribuiu para a elaboração de um mapa de reconhecimento geológico da área de estudo. Ressalta-se que esses procedimentos podem ser uma alternativa para a confecção de mapas geológicos em outras bacias hidrográficas em contextos geotectônicos semelhantes.
O zoneamento ambiental foi definido pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 (BRASIL, 1981) como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, porém sua regulamentação ocorreu apenas com o Decreto nº 4.297, de 10 de julho de 2002 (BRASIL, 2002). Para a elaboração de um zoneamento ambiental, esse Decreto determina a integração entre componentes da natureza para o estabelecimento de indicadores como a vulnerabilidade natural à perda de solos e a situação das áreas legalmente protegidas. Nesse contexto, o presente artigo possui o intuito de apresentar uma proposta de zoneamento ambiental para o município de Araguari, localizado no estado de Minas Gerais, para contribuir com um instrumento de tomada de decisão a ser utilizado pelos órgãos responsáveis. Dessa forma, a proposta definiu duas zonas a partir de critérios ecológicos, econômicos e legais. Ambas foram subdivididas em áreas, sendo a zona de conservação ou recuperação compartimentada em áreas para preservação e para recuperação e a zona de atividades produtivas dividida em grupos de uso da terra em diferentes graus de vulnerabilidade natural à perda de solos, conforme metodologia de Crepani et al. (2001). Diante do exposto, considera-se que o presente trabalho pode contribuir como um instrumento de planejamento e gestão territorial para o referido município e também para o aperfeiçoamento metodológico da temática.
As áreas legalmente protegidas (Áreas de Preservação Permanente, Reservas Legais e Unidades de Conservação) são espaços territoriais previstos pela legislação com o intuito de, minimamente, proporcionar um equilíbrio entre ação econômica e a preservação da natureza. No Brasil, mesmo com um arcabouço legal, essas áreas nem sempre estão preservadas adequadamente e, portanto, não cumprem suas funções ecológicas. Assim, o presente artigo possui a finalidade de levantar incompatibilidades das áreas legalmente protegidas da Unidade Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos Afluentes Mineiros do Baixo Paranaíba (UPGRH PN3), no estado de Minas Gerais. Por meio de procedimentos em software SIG e utilização de arquivos vetoriais e imagens gratuitas constatou-se que 42,86% das áreas legalmente protegidas da área de estudo precisam ser recuperadas. Diante disso, espera-se contribuir com a gestão da UPGRH PN3 e que a metodologia possa ser realizada em outras porções territoriais.
Fenômenos naturais e/ou induzidos pela ação econômica, amplamente reconhecidos e estudados por diversas áreas do conhecimento científico, colocam em risco a segurança e a vida das diferentes formas de vida do planeta Terra. Dentre os principais conjuntos de problemas ambientais reconhecidos, que preocupam a comunidade científica e a maioria dos gestores, destacam-se aqueles relacionados à urbanização acelerada e omissa em relação às variáveis ambientais, aos distúrbios diretamente atinentes ao funcionamento dos ecossistemas (desmatamento e defaunação), às alterações nos aspectos quali-quantitativos da água, às perturbações físicas e químicas aos oceanos e ao aquecimento global e mudanças climáticas. A politização e ideologização, bem como o debate teórico-conceitual em torno da crise ambiental instalada, implicam em perspectivas comportamentais peculiares, métodos e metodologias específicos para entender e agir. Isso impulsiona debates públicos, porém pode ocasionar estagnação de ações gerenciais. O presente texto discute a conjuntura atual da crise ambiental e apresenta as concepções de quatro grupos que a interpretam de formas muito distintas: os nelmalthusianos, os cornucopianistas, os marxistas e os ecodesenvolvimentistas.
The exploitation of natural resources, intensified in the second half of the twentieth century, brought to the public debate the importance of environmental conservation, in which this issue was reversed in laws that aim the balance between economic growth and the preservation of nature. Thus, environmental instruments have been developed in several countries, such as environmental zoning, which stands out as a territory managing tool. In Brazil, although the instrument was defined by Law 6,938, of August 31, 1981, the regulation occurred only by Decree 4,297, of July 10, 2002. Therefore, this thesis aims to propose a methodological procedure for environmental zoning for watersheds based on the integration of physicalgeographic and environmental variables, some of which are especially related to water resources. The area selected for application is the Water Resources Planning and Management Unit from Low Paranaíba River (UPGRH PN3), located in Minas Gerais State, Brazil. Theoretical and conceptual references include the principles of environmental zoning and its contribution to decision making in Brazil, the geographical categories of landscape and territory and watersheds as water resource planning and management units. As a basis for the research, some environmental zoning methodologies and the main geographic analysis operations in Geographic Information System (GIS) were also briefly described. To obtain the results, the research initially contemplated the diagnosis of the physical-geographic and environmental components (geological characteristics, aspects of the relief, soil classes, climatic conditions, land coverage and use, in addition to the availability of surface waters, conflicts water use and the quality of surface water). Then, these components were used to obtain the natural vulnerability to soil loss and quali-quantitative vulnerability of surface waters. Subsequently, conflicts between land use and the above-mentioned vulnerabilities were determined, as well as the conflict between land use and legally protected areas. These procedures determined two zones, which were called zone of conservation or recuperative interventions and zone of consolidated occupations and/or productive activities. Both were subdivided into areas (subzones) to identify spaces for preservation or recovery with different levels of urgency, in the case of the zone of conservation or recuperative interventions, in addition to portions with varied restrictions that were able to direct suggestions for environmental management in the zone of consolidated occupations and/or productive activities. From the results, it is understood that this environmental zoning can be a useful tool for planning and management of the study area, especially if integrated with other environmental policy instruments. Finally, we expect that the ideas regarding this work may be used in the UPGRH PN3 Water Resources Master Plan or that the methodological procedure is applied in similar territorial units.
Este artigo analisa as ressonâncias biográficas e patrimoniais dos toques de sino e do ofício de sineiro na paisagem sonora da Cidade de Goiás. Evidencia as reelaborações da secular presença dos sinos dos Passos e da Boa Morte no imaginário dos moradores da cidade, a trajetória do sineiro Benedito de "Sá" Efigênia e o modo como ocorre a transmissão do ofício. O objetivo é compreender a ressonância que os sinos produzem no campo do patrimônio local e como mobilizam narrativas biográficas e autobiográficas a partir dos códigos partilhados socialmente. Para tanto, analisa narrativas elaboradas por memorialistas locais, documentos que integram acervos pessoais e depoimentos de agentes que conviveram com os detentores dos saberes em torno dos toques de sino. Palavras-chave: Toques de sino. Ofício de sineiro. Patrimônio. Cidade de Goiás. WHY DO THE BELLS RING? BIOGRAPHICAL AND HERITAGE RESONANCES IN THE SOUNDSCAPE OF THE CITY OF GOIÁS This paper analyzes the biographical and patrimonial resonances of the ringing bells and those responsible for maintaining this knowledge in the sound landscape of the city of Goiás. highlights the representations of the centennial presence of the Passos and the Boa Morte bells in the imagination of the city's residents, the Benedito de "Sá" Efigenia trajectory and the way in which knowledge is transmitted. The objective is to understand the resonance produced by bells in the field of local heritage and how they mobilize biographical and
No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente apresenta o zoneamento ambiental como um de seus instrumentos, sendo importante a análise de metodologias. Nesse sentido, o presente artigo possui o objetivo de apresentar uma proposta de zoneamento ambiental da bacia do rio Uberabinha (MG) com base na noção de paisagem em geografia. Inicialmente, foram realizadas pesquisas bibliográficas e trabalhos de campo para diagnosticar variáveis físico-geográficas (geologia, relevo, rede de drenagem, solos, clima e uso da terra). Em seguida, selecionou-se a geologia, a declividade (classe de relevo), os solos e o uso da terra por se demonstrarem nas variáveis mais representativas dos processos de funcionamento da paisagem na bacia. A integração das mesmas resultou na delimitação de 10 zonas, sendo apresentadas as características de cada uma delas. Espera-se que o artigo possa subsidiar planos voltados à sustentabilidade ambiental da referida bacia, além de contribuir para as discussões metodológicas acerca dos trabalhos de zoneamento.Palavras-chave: Paisagem; Zoneamento Ambiental; Bacia do rio Uberabinha.AbstractIn Brazil, the National Environmental Policy presents environmental zoning as one of its instruments, being important to analyze methodologies. In this sense, the present article aims to present a proposal of environmental zoning of the Uberabinha river basin (MG) based on the notion of landscape in geography. Initially, bibliographical research and fieldwork were carried out to diagnose physical-geographic variables (geology, relief, drainage network, soil, climate and land use). Then, geology, slope (relief class), soils and land use were selected because they were shown in the variables most representative of the processes of landscape functioning in the basin. The integration of these resulted in the delimitation of 10 zones, with the characteristics of each one being presented. It is expected that the article can support plans related to the environmental sustainability of this basin, besides contributing to the methodological discussions about the zoning works.Keywords: Landscape; Environmental Zoning; Uberabinha river basin
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