Esse texto tem por objetivo analisar as tendências recentes na escolha de dirigente escolar, considerando que desde a aprovação da Constituição Federal (Brasil) há o direcionamento das políticas para a adoção da gestão democrática, entretanto, ainda hoje é observado que muitos diretores escolares assumem o cargo por meio de indicações políticas. Nesse artigo, busca-se responder a seguinte questão central: como é efetivado o processo de escolha de dirigentes escolares após a adoção do Plano de Ações Articuladas (PAR)? Utilizou-se como metodologia o estudo documental dos manuais orientadores do PAR, e diagnósticos de 10 (dez) municípios localizados nos estados do Rio Grande do Norte e Pará. Também foram realizadas 39 entrevistas semiestruturadas no Pará e 24 no RN com sujeitos que participaram da elaboração do PAR nos municípios investigados. Concluímos que a lógica patrimonial ainda encontra terreno fértil na gestão das escolas, e que a falta de legislação que defina o perfil do diretor e regras para a realização de eleições diretas, ou de ações concretas que direcionem a democratização da gestão escolar, possibilita que o princípio da gestão democrática esteja definido apenas no texto constitucional. Por outro lado, o PAR não contribuiu para o processo de democratização, haja vista que até hoje na maioria dos municípios investigados não há eleição para escolha de dirigentes com ampla participação da comunidade escolar predominando ainda as indicações políticas.
Resumo Este artigo buscou compreender as percepções dos educadores sobre a práxis educativa em alternância na Escola Família Agroextrativista do Carvão (Efac), no estado do Amapá. A pesquisa é um estudo de caso, de abordagem qualitativa, e as técnicas de pesquisa foram: observação direta e cartografia socioeducativa dos saberes dos educadores pesquisados. Os resultados evidenciam o engajamento dos educadores no fortalecimento de sua atuação nos núcleos formativos que compõem as áreas da Efac, pautados na interdisciplinaridade e no tempo/vivência na escola-comunidade. A educação é construída com base em saberes socioeducativos construídos pela Efac, em que os princípios da alternância e modos de vida das populações tradicionais amazônicas integram o fazer educativo em seus territórios de atuação.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino complexa que não se resume apenas à alfabetização inicial do aluno, mas dá a possibilidade ao educando à continuação dos estudos, haja vista que é um direito garantido pela Constituição Federal de 1988 e se caracteriza principalmente pela diversidade do seu público-alvo. Assim, o objetivo desse artigo é compreender e identificar as características da EJA no estado do Amapá, no que tange a distribuição de matrículas por etapa de ensino, faixa etária, cor/raça, sexo e sua relação com o processo de juvenilização dessa modalidade, no período de 2010 a 2016. Para a realização deste artigo, usou-se a abordagem qualitativa e a execução dos objetivos foi pautada na pesquisa documental. A metodologia foi dividida em três etapas: a primeira etapa compreendeu levantamento bibliográfico sobre o tema, a segunda etapa consistiu no levantamento e análise documental para coleta e sistematização dos dados e a terceira foi análise dos dados coletados e que permitiu traçar as características da EJA no estado do Amapá. A pesquisa mostrou que: a) o principal público da EJA nos dados coletados são jovens de 15 a 24 anos; b) as matrículas no setor privado vêm crescendo nos últimos anos e c) as matrículas no setor público vem diminuindo, a mesma tendência é identificada no cenário nacional. Palavras-chave: Educação de jovens e adultos. Perfil do educando. Estado do Amapá.
Este trabalho apresenta uma revisão de literatura sobre o financiamento das universidades estaduais Brasileiras e teve como objetivo mapear, no Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), as pesquisas que se dedicaram a esse tema no período de 2000 a 2018 e discutir os resultados advindos destas produções. Com este objetivo, cabe-nos indagar: Quantas Dissertações e Teses tematizaram o financiamento das universidades estaduais brasileiras entre os anos de 2000 e 2018? E, o que esta produção acadêmica vem evidenciando? Os achados desta revisão identificaram onze trabalhos que definiram como objeto de pesquisa o Financiamento das Universidades Estaduais, revelando se tratar de um eixo analítico pouco explorado pelos pesquisadores ao considerarmos o recorte temporal delimitado-18 (dezoito) anos. As pesquisas evidenciaram, entre outros elementos, a fragilidade da autonomia universitária e a instabilidade da política de financiamento destas Instituições.
The present work presents partial results as an integral part of the research of the Observatory of Education Project on the Evaluation of the Joint Action Plan-PAR: a study in municipalities in Rio Grande do Norte, Pará and Minas Gerais in the period from 2007 to 2011 and aims to objective to analyze the educational management and its specificities assumed in the last decades, relating it with the paradigm of the managerial logic adopted in the educational policies, focusing mainly on the Plan of Articulated Actions-PAR. To this end, we adopted a quantitative and qualitative approach, and carried out a bibliographic and documentary survey, as well as collecting, systematizing and analyzing data from PAR documents in five municipalities in the State of Pará. We show that despite different contexts, the proposed PAR by the municipalities, there are many similarities regarding the actions and sub-actions carried out, due to the lack of autonomy for them to plan the actions to be developed, in addition, there was little change in the educational scenario if we consider the evolution in the scores of the indicators. We conclude that the PAR presents all the characteristics of the managerial logic and that in fact it did not decentralize powers, it just deconcentrated them.
O presente artigo é parte da pesquisa de dissertação de Mestrado em Educação, e traz alguns elementos centrais para discutir a recente política de integração entre a EJA e a educação profissional, objetivando contribuir com o debate acerca da concepção de ser humano a partir da integração da educação profissional com a educação básica. Elaborou-se uma discussão acerca da relação entre educação e trabalho no processo formativo do ser humano. Nesse sentido, realizou-se um levantamento bibliográfico e documental em legislações e sites oficiais para a análise a partir do pensamento teórico marxista. Os resultados evidenciaram a predominância da perspectiva interessada de formar sujeitos e a perspectiva da integração é pautada numa visão minimalista e não articulada à uma concepção ontológica do trabalho enquanto mediação para a emancipação humana.
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