Neste trabalho discutimos os processos subjetivos que se configuram a partir de aspectos da subjetividade individual e social na experiência de uma paciente com câncer, baseando-nos em uma visão de subjetividade numa perspectiva histórico-cultural. A pesquisa foi realizada através de um estudo de caso com uma pessoa com câncer. A análise foi feita em uma perspectiva qualitativa de base construtivo-interpretativa, a epistemologia qualitativa proposta por González Rey. No processo de construção de informação, diferentes hipóteses surgem e organizam-se em indicadores construídos pelos pesquisadores que são a base para as construções teóricas sobre o tema. Na análise realizada, é possível compreender os diferentes aspectos subjetivos que se configuram nos processos de saúde e doença.
En el presente trabajo discutimos las configuraciones subjetivas, y las diferentes representaciones sociales, de una paciente con hipertensión. En el análisis realizado es posible comprender los diferentes procesos subjetivos que se organizan en la experiencia de esos pacientes con hipertensión, así como la manera en que las representaciones sociales influyen en el modo de vida de los mismos y en los sentidos subjetivos asociados a la enfermedad y a la salud.
O cuidar se constitui como um dos exercícios mais antigos e fundamentais para a existência do ser humano. Assim, as práticas de cuidado podem ser compreendidas como uma necessidade e recurso do ser humano que perpassa as esferas biológicas, psicológicas, espirituais, antropológicas, socioculturais e ecológicas auxiliando assim na promoção, proteção, recuperação, e desenvolvimento diante da criação de novas configurações de relações nos cenários de agravos à saúde. Sendo um fenômeno complexo e abarcando produções individuais e coletivas o cuidado pode ser uma prática de caráter formal/profissional e informal/popular. Logo, cuidar de outra pessoa é um processo de troca de experiências, muitas vezes dolorosas, onde o cuidador entra em contato direto com o modo de ser, de viver do outro e de estar no mundo de uma pessoa, convivendo quase que diariamente com os medos, angustias e sofrimentos físicos e não físicos dessa pessoa. O convívio quase que diário com o sofrimento do outro implica em se relacionar com quem sofre, identificar-se e sentir-se parte do processo de adoecimento. Destaca-se nesse ponto que é impossível conviver com o sofrimento do outro e sair sem nenhum impacto/produção físico e/ou subjetivo, visto que a experiência de cuidar envolve a pessoa que é cuidada e quem cuida. Diante da problemática apresentada o estudo teve como objetivo compreender os processos subjetivos individuais e sociais na perspectiva de quem cuida. A construção das informações se deu através do método construtivo-interpretativo assentado na Epistemologia Qualitativa proposto por González Rey que considera como elementos centrais: o conhecimento como produção humana, a legitimação do singular e o processo de dialogicidade. Participou do estudo uma mulher de 45 anos, casada, com filhos e cuidadora do companheiro diagnosticado com esquizofrenia e o instrumento utilizado foi a dinâmica conversacional, por viabilizar o processo comunicacional. A guisa de conclusões possibilitou a compreensão de que o exercício do cuidado ainda é um processo quase que exclusivamente feminino, doravante, o atual cenário histórico-cultural tem atribuído à mulher novas funções na sociedade, sendo possível pensar o feminino ocupando cargos para além dos domésticos. No entanto, o cuidado vem como ponto conflituoso nesse, visto que exige da mulher em determinadas situações a (re)dedicação exclusiva ao ambiente doméstico ou ocupar outras funções e também, cuidar, o que pode acarretar sobrecarga e potencializa a viabilidade de adoecimentos somáticos e psicológicos em cuidadoras
Atualmente, as atuais exigências que restringem a rotina do professor universitário estão quase que exclusivamente vinculadas aos processos de avaliação estabelecidos pelos órgãos de fomento. Neste contexto, tem-se se dado um excessivo valor à produção de artigos em revistas indexadas. Assim, a grande maioria das atividades docentes tem perdido o seu valor em detrimento as exigências severas de publicação. Observa-se que esse processo de avaliação tem gerado um grande desafio ao docente, já que a sua manutenção nos programas de pós-graduação e o acesso a recursos financeiros estão diretamente vinculados a sua produção e qualificação científica. Acrescenta-se, ainda, que a concorrência entre docentes tem se tornado rotina no contexto dos cursos de pós-graduação tanto entre docentes do mesmo programa como de diferentes programas da mesma universidade e de forma mais abrangente entre diferentes centros de pesquisas. Assim, considerando essa rotina intensa de trabalho e as exigências impostas nas carreiras docentes, percebe-se que a rotina acadêmica está conduzindo os professores ao adoecimento: a um permanente quadro de estresse, à depressão, ao esgotamento físico. Esta condição certamente leva a pensar quais seriam os aspectos mais relevantes no contexto da rotina docente e os consequentes efeitos no adoecimento docente. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa e avaliar o processo de adoecimento docente no contexto das novas exigências vinculadas à atividade acadêmica e avaliar como os docentes têm vivenciado de forma saudável ou não está nova rotina acadêmica, tanto em termos das novas exigências como na consequente intensificação da atividade docente. A metodologia proposta consiste na realização de pesquisas a respeito do contexto organizacional dos programas de pós-graduação e a sua vinculação aos processos avaliativos dos órgãos de fomento e bem como nas atividades esperadas e desempenhadas pelos docentes. Estas análises visam perceber os efeitos deste contexto no processo de subjetivação do adoecimento. O estudo proposto baseia-se nos pressupostos da epistemologia qualitativa que enfatiza a produção de conhecimento na pesquisa como um processo construtivo interpretativo, sendo o fundamento principal das análises propostas. Com base nos resultados obtidos a partir do processo dialógico realizado foi possível estabelecer alguns efeitos da atual rotina docente nos processos de adoecimento. Assim, pensar sobre os processos de saúde e doença tende a conduzir uma construção teórica que possibilita a articulação de diferentes registros da organização do fenômeno humano. Essa articulação nos permite visão mais complexa e plurideterminada dos aspectos sociais e individuais e consequente compreensão processos de adoecimento. Isto é como o individual se processa no social e articula dando significado ao seu modo de viver as novas experiencias
Este estudo de caso teve por objetivo compreender a articulação entre a subjetividade individual e social dos membros de uma família atingida por barragem no contexto do deslocamento forçado. O referencial teórico do trabalho orientou-se pela teoria da subjetividade, desenvolvida por Fernando González-Rey em uma perspectiva cultural-histórica, e na teoria do apego ao lugar. Os participantes foram a mãe, o pai e a filha, removidos para um reassentamento rural no Tocantins em 2001. A partir da utilização da dinâmica conversacional, da entrevista semiestruturada, de um inventário sociodemográfico e da elaboração de um genograma familiar, foram levantados os eixos de análise, que apontaram características de liderança nos membros, impactos na dinâmica familiar e repercussões negativas no apego ao lugar. Sugere-se considerar, nas avaliações desse tipo de impacto, as dimensões da subjetividade individual e social da pessoa atingida por barragem.
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