Os níveis de testosterona no homem adulto caem a uma taxa de 1 a 2% ao ano. Aos 80 anos mais de 50% irão apresentar concentração sérica compatível com hipogonadismo. A deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM) está associada a alguns sinais e sintomas como a queda da libido e disfunção erétil, depressão, anemia, diminuição da densidade óssea e massa muscular. Assim, o objetivo do presente trabalho foi, através de pesquisa bibliográfica na literatura especializada, avaliar os efeitos da reposição de testosterona em suas diferentes formas farmacêuticas sobre os sinais e sintomas supracitados. A reposição de testosterona aumenta a produção de eritrócitos e o hematócrito, melhora a libido e a disfunção erétil, o humor, aumenta a densidade óssea, a força e a massa muscular. As formas de administração trans dérmicas parecem ser superiores para o tratamento do humor deprimido e elevam menos o hematócrito em comparação as formas injetáveis além de promoverem níveis mais constantes de testosterona. As formulações injetáveis são as com preço mais acessível e podem ser uma alternativa para os pacientes que não toleram as formulações trans dérmicas. As apresentações orais são evitadas devido a sua hepatotoxicidade.
Introdução: Caracterizada pela complexidade de tratamento, a demanda de medicamentos na UTI é grande e está correlacionada proporcionalmente ao tempo de internação. O profissional Farmacêutico na UTI diminui em 66% dos eventos adversos evitáveis. Objetivo: Analisar as interações medicamentosas (IMP) das prescrições médicas de pacientes hospitalizados em UTI a fim fornecer subsídios qualitativos e quantitativos ao aprimoramento das intervenções farmacêuticas e melhorias na farmacoterapia de pacientes em cuidado crítico. Métodos: Estudo transversal realizado no período de maio a julho de 2018 foram incluídos no estudo, após realizado cálculo amostral, 140 pacientes maiores de 18 anos, internados na UTI. Resultados: Foram encontradas 715 IMP em 128 (91,4%) pacientes, agrupadas em 233 valores exclusivos. Do número total de IMP, 16 (2,2%) eram contraindicadas, 485 (67,8%) graves, 184 (25,7%) moderadas e 30 (4,2%) menores. A maioria destes pacientes 109 (85,2%) possuíam mais que uma IMP, sendo a mínima de 1 (0,1%) e máxima de 40 (5,6%). A média de IMP foi de 5,8 (±6,1) por paciente. Conclusões: Observou-se que há uma grande prevalência de interações medicamentosas em prescrições de 91,4% dos pacientes hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva, logo, torna-se relevante e útil a implantação de um serviço de Farmácia Clínica neste setor, ressaltando a necessidade do profissional farmacêutico presente de forma ativa na equipe multidisciplinar, proporcionando grandes benefícios na efetividade e segurança na farmacoterapia do paciente e na redução de custos com desfechos negativos associados a medicamentos.
Esse é um estudo retrospectivo realizado na cidade de Capitão Leônidas Marques, Paraná, Brasil, com objetivo de delinear o perfil municipal de dispensação de antidepressivos no período de Janeiro de 2015 à Dezembro de 2017. Os dados foram obtidos a partir dos Relatórios Trimestrais (RT) de medicamentos psicotrópicos submetidos a controle especial pela Portaria 344/98 do MS, da rede privada (farmácias) e pública (SUS e Hospital), fornecidos pela vigilância sanitária. Os Antidepressivos correspondem a 55,3% do total de psicotrópicos dispensados nesse período e o mais consumido foi Amitriptilina 25mg, sua Dose Diária Definida (DDD)/mil habitantes/dia entre 2015 e 2017 se manteve entre 4,19 – 5,16. A quantidade dispensada sugere um consumo exagerado de antidepressivos nesse Município, sendo assim, é de suma importância ter uma regulação apropriada e uma prescrição racional dessas substâncias.
Introdução: A depressão representa um grave problema de saúde pública, modificando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Sem um mecanismo biológico completamente estabelecido que desencadeie seus sintomas característicos, envolve diversos fatores etiológicos, como a modificação da microbiota intestinal, a qual participa da comunicação bidirecional do eixo intestino-cérebro. Devido à disbiose, alterações na comunicação desse eixo podem ter uma correlação direta com patologias mentais, como a depressão. Objetivos: Realizou-se uma revisão bibliográfica para revisitar os principais mecanismos que correlacionam a microbiota intestinal com a patogênese da depressão e a relação da sua modulação como uma opção terapêutica para essa patologia. Metodologia: A pesquisa incluiu dados de 35 artigos científicos publicados entre 2002 e 2018 nas bases de dados do Pubmed e Scielo, acerca do tema proposto. Resultados: A microbiota intestinal é importante para a função do SNC, devido à comunicação bidirecional intestino-cérebro, permitindo que este influencie nas funções gastrintestinais e imunológicas. Como a microbiota regula o epitélio intestinal, fatores emocionais podem interferir na composição da mesma e na integridade dos enterócitos. A disbiose interfere na produção de citocinas e altera a permeabilidade intestinal - quando acentuada, produtos bacterianos desencadeiam um quadro inflamatório, evidenciado em pacientes com depressão. Estes também podem apresentar diferenças na composição da microbiota e seu tratamento com probióticos específicos podem reduzir sintomas depressivos. Conclusão: Apesar dos escassos estudos em humanos, há intensa inter-relação entre microbiota, eixo intestino-cérebro e patologias mentais. Portanto, a modulação da microbiota cria uma nova perspectiva acerca da fisiopatogenia, prevenção e tratamento da depressão.
Introdução: Transtornos depressivos são bastante prevalentes, com grande incapacidade laborativa e social. Podem ter caráter recidivante e persistente ao longo do tempo. A deficiência de folato é potencialmente prevenível e ainda carente de grandes estudos de seu papel na depressão e outros transtornos de saúde mental. Objetivos: Avaliar a associação da deficiência de folato com depressões graves e refratárias ao tratamento, frequentemente descritas com evidências atuais. Metodologia: Os artigos foram selecionados por meio da base de dados PubMed. Resultados: Níveis deficientes de folato são resultantes da baixa ingestão, deficiente absorção intestinal e polimorfismo genético com a forma ineficiente da enzima responsável em converter o folato/ácido fólico em sua forma com atividade biológica, o L-metilfolato. O folato é indispensável na síntese de neurotransmissores ligados aos processos depressivos – serotonina, noradrenalina e dopamina, além participar de forma epigenética na regulação da expressão gênica. Conclusões: apesar da evidência positiva da associação da deficiência de folato com transtornos depressivos, ainda são necessários estudos adicionais para definir quando e quais pacientes podem ser beneficiados com a terapia antidepressiva em associação ao uso de folato.
A Síndrome de Stevens-Johnson é uma reação idiossincrática grave e rara que atinge em torno de 1,2 a 6 pessoas por milhão de pessoas por ano. É causada na maioria das vezes, 50% a 80%, por uma reação de hiperssensibilidade tardia à fármacos, porém, outras etiologias, como infecções bacterianas e virais também podem desencadear a síndrome. É caracterizada por lesões mucocutâneas com padrão eritematoso ou purpúrico, que confluem em tronco e face que aparecem após 4 a 28 dias do início do uso da medicação. A maior complicação da Síndrome de Stevens-Johnson é a sepse, e a mortalidade geralmente não ultrapassa 5%. O tratamento inicial é feito com a retirada das medicações, que possivelmente estão causando a síndrome, e por medidas de suporte. Neste trabalho foi relatado o caso de uma paciente do sexo feminino de 56 que apresentou lesões de pele, compatíveis com a Síndrome de Stevens-Johnson, após fazer o uso de fenitoína concomitante com sulfametoxazol-trimetroprima, para profilaxia de crises convulsivas após realização de neurocirurgia para drenagem de hematoma intraparenquimatoso por complicação de ressecção de tumor cerebral e para tratamento de infecção do trato urinário, respectivamente. A paciente teve boa evolução clínica das lesões após a retirada da medicação.
A população idosa é a que mais faz uso de medicamento no mundo atual, isto devido às suas limitações e consequentemente ao surgimento das doenças crônicas, como a hipertensão arterial. Este trabalho teve como finalidade investigar a adesão ao tratamento medicamentoso de pacientes idosos e hipertensos. Os participantes pertencem há uma Unidade de Saúde de Família (USF) em Cascavel-PR e tiveram a adesão ao tratamento avaliada por meio da escala de Morisky e Green. Os dados foram apresentados em gráficos e tabelas. Entrevistou-se 80 pacientes, 70% do sexo feminino e 30% do sexo masculino, com idade média de 71 anos. Este estudo mostrou que a população idosa é polimedicada, possui baixo nível de escolaridade, baixa renda, o que pode interferir na adesão ao tratamento. No entanto, os pacientes possuem acompanhamento semestral na USF, e os dados obtidos mostraram uma média de PA 120x80 mmHg, sugerindo que há um controle da patologia. De modo geral segundo a ferramenta utilizada, os pacientes possuem uma boa adesão (média de 72,6%) ao tratamento, porém 26,8% usam Medicamentos Potencialmente Inapropriados (MPI), ou seja, políticas de saúde deverão ser direcionadas para observar o surgimento de novos problemas relacionados a estes medicamentos.
Introdução: a suplementação da creatina tem sido amplamente utilizada para melhorar o desempenho atlético. Além disso, descobertas recentes indicam que este suplemento tem um importante efeito terapêutico em muitas doenças caracterizadas por atrofia, fraqueza muscular e doenças metabólicas (músculos, ossos, pulmão e cérebro). Objetivo: analisar por meio de uma revisão da literatura os efeitos do uso crônico da creatina sobre a função renal. Metodologia: trata-se de uma revisão argumentativa da literatura, de base técnica quantitativa descritivo-exploratória. As amostras pesquisadas foram advindas de periódicos, nacionais e internacionais, publicados entre os anos de 2011 e 2021. Os periódicos foram adquiridos dos bancos de dados eletrônicos Scielo e PubMed. Resultados: Diversos estudos, a maioria realizado em homenss realizando treinamento resistido três vezes por semana foram suplementados com monohidrato de creatina em diferentes concentrações, por 7 dias e comparados com controles pareados suplementados com dextrosol. Vários testes foram realizados, em alguns deles, amostras de sangue e urina foram coletadas antes e 30 dias após a suplementação no qual inúmeros parâmetros bioquímicos e função renal foram avaliados. A suplementação de creatina monohidratada não causou eventos adversos e, como esperado, promoveu aumento do desempenho e do peso corporal. Conclusões: o presente estudo não encontrou na literatura, evidências que sustentem que a creatina pode representar um risco para a saúde de homens saudáveis. No entanto, casos na literatura sugerem que a creatina pode prejudicar a função renal com o uso indiscriminado, para não trazer riscos à saúde, recomenda-se que indivíduos saudáveis que fazem uso regular desse suplemento não ultrapassem 5g / dia.
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