Neste artigo se analisa a política externa do Brasil na gestão do general João Baptista de Oliveira Figueiredo, último presidente do ciclo militar iniciado com o Golpe de 1964. O Brasil viveu, neste período, processo de abertura política e de recondução do país ao regime democrático. Neste contexto, a Política Exterior da nação conhecida por parte da historiografia como Universalismo caracterizou-se pela aproximação comercial com diversos países nos quatro cantos do mundo e pelo discurso de denúncia das desigualdades existentes no sistema internacional. Entretanto, devido à crise manifestada, no período, em várias dimensões da vida nacional, o Universalismo não se estabeleceu em bases consensuais no aparato burocrático do Estado brasileiro. Houve claras manifestações de descontentamento em relação àquela política externa capitaneada pelo chanceler Ramiro Saraiva Guerreiro. Assim, o argumento centra-se na discussão e demonstração do contraste entre o Universalismo e seus críticos, buscando contribuir para o melhor detalhamento da política exterior do Brasil.
Resumo O artigo compara o tratamento da Política Externa Brasileira (PEB) nos semanários Veja e CartaCapital durante os dois mandatos presidenciais de Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010). Analisou-se, qualitativa e quantitativamente, cinco grupos temáticos relacionados à PEB com o intuito de contribuir para adensar os estudos sobre meios de comunicação e política externa no Brasil. Assim, em consonância com as abordagens da Análise de Política Externa (APE) e considerando a mútua influência entre mídia, opinião pública e processos políticos, ressaltou-se o papel dos meios de comunicação como ator político. Demonstrou-se, assim, a diferença no tratamento do tema nos dois semanários, testando-se a hipótese de que a divergência explícita das linhas editoriais resultaria em contrastes na cobertura do assunto.
• Este é um artigo publicado em acesso aberto e distribuído sob os termos da Licença de Atribuição Creative Commons, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o autor e a fonte originais sejam creditados.
ResumoO artigo trata do início da política externa do Brasil para a questão nuclear e analisa o processo decisório das políticas adotadas pelo governo brasileiro sobre o tema. Estuda o período entre as primeiras atividades de pesquisa nuclear no Brasil, na década de 1930, e os desdobramentos da CPI da Energia Atômica instaurada no governo de Juscelino Kubitschek em 1956. Conjuntura na qual o Brasil vivencia transição política, debate sobre o desenvolvimento econômico e sentimento antiamericanista. No período são celebrados quatro acordos bilaterais com os EUA referentes à questão nuclear. Negociações que refletem interesses defendidos por distintos grupos sociais, políticos e econômicos da nação brasileira. Identificam-se quais atores compuseram o quadro dos processos decisórios, como atuaram e como suas decisões influenciaram na política externa brasileira para os átomos.Palavras-chave: acordos atômicos; Brasil; CPI da Energia Atômica; Estados Unidos; política externa; política nuclear; recursos físseis.
AbstractThe article discusses the beginning of Brazilian foreign policy towards nuclear issue and analyzes Brazilian decision-making process on the subject.
This article analyses the first enforcement of the MERCOSUR Democratic Clause, which occurred during the XLIII Summit of Heads of State in 2012. It was decided to suspend Paraguay because the member states concluded that the impeachment process of Paraguayan President Fernando Lugo did not follow democratic principles. Since the event raised questions and controversies, the article contributes to an explanation of the decision-making process that culminated in the political suspension of Paraguay from the regional bloc. It is argued that the state parties of Mercosur, justified by Paraguay’s historic political and economic fragility and the context of President Fernando Lugo’s impeachment, have strategically used the clause in order to achieve interests beyond the defence of democracy, among them Venezuela’s adhesion to the Bloc.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.