Resumo O objetivo deste trabalho foi analisar a tendência temporal das internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP), relacionando-a com os gastos em saúde e com a cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF), no município de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, no período de 2003 a 2012. Trata-se de um estudo ecológico de tendência de série temporal. Foram utilizados dados secundários, disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde, no Departamento de Atenção Básica e no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde. A análise foi realizada mediante comparação das ICSAP por meio de médias móveis trienais e na regressão de Poisson ou binomial negativa. Não foi observada significância estatística na diminuição dos coeficientes de ICSAP e das despesas com atenção primária. Os gastos em saúde, o gasto per capita e a cobertura da ESF aumentaram significativamente, porém sem relação com as ICSAP. Os resultados encontrados apontaram que, apesar dos incrementos nos investimentos financeiros e na cobertura populacional pela ESF, ambos não alcançaram níveis para garantir cuidados de saúde adequados à população.
Resumo Introdução O financiamento é um problema presente em toda a história do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. Os gastos em saúde no Brasil sempre foram insuficientes para se assegurarem os princípios do SUS. Objetivo Analisar os gastos com internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP) e seu impacto nas despesas de saúde. Método Este estudo analisou as despesas com saúde no município de São Leopoldo-RS, no período de 2003 a 2012. Trata-se de um estudo ecológico utilizando dados disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, por meio do Sistema de Informações Hospitalares, e no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde. Resultados São Leopoldo apresentou aumento de 70,91% nas despesas totais com saúde no período, de 58,52% nos gastos per capita e de apenas 21,75% nas despesas com atenção primária à saúde (APS). Os gastos com ICSAP aumentaram 16,30% e os gastos totais com internações diminuíram 3,54%. Ao se comparar com as despesas totais com saúde, os gastos com ICSAP representaram 2,57% em 2003 e 1,75% em 2012. Conclusão Encontrou-se aumento do gasto per capita em saúde, porém ainda insuficiente. Os valores gastos com as ICSAP poderiam representar expressiva economia ao sistema de saúde.
OBJECTIVETo analyze the prevalence of not consulting a doctor within a year.METHODSCross-sectional population-based study, including women aged 20–60 years, living in the urban area of São Leopoldo, state of Rio Grande do Sul, in 2015. The association between variables and outcome was assessed using prevalence ratios and 95% confidence intervals (95%CI). The adjusted analysis was performed using Poisson regression with robust variance.RESULTSAmong the 1,127 women participating in the study, 954 (84.6%, 95%CI 82.5–86.7) reported having consulted a physician in the year prior to the interview, 173 (15.4%, 95%CI 13.2–17.5) did not. Women belonging to lower income classes D and E, younger, and smokers had higher prevalences of no medical visits. The participants with hypertension had a higher prevalence of consultations.CONCLUSIONSThere was no expected evolution in the local health system, despite the emergence of the policies implemented in this period. It is necessary to provide care for those in less favored socioeconomic conditions and for younger women.
Introdução: As doenças do aparelho circulatório têm-se constituído nas principais causas de morte em todo o mundo. Objetivo: avaliar as tendências à mortalidade pelas Doenças do Aparelho Circulatório entre 1998 a 2012, no Rio Grande do Sul (RS). Métodos: estudo ecológico, exploratório com coleta de dados secundários sobre mortalidade por doenças do aparelho circulatório. Os dados são provenientes do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), de domínio público e acesso irrestrito pela internet. Analisaram-se os coeficientes de mortalidade por doenças do aparelho circulatório e mortalidade proporcional por faixa etária, sexo e causas da morte. Realizou-se padronização direta e análise por Regressão de Poisson. As razões das médias foram apresentadas com seus respectivos intervalos de confiança a 95% e resultados do teste Wald. Resultados: na comparação do período, encontrou-se redução na mortalidade mais evidente no coeficiente de mortalidade específica padronizada (diminuição de 39,4%) e na Regressão de Poisson. A mortalidade foi mais elevada entre os mais idosos, sendo observada maior redução no grupo de 30 a 59 anos.Conclusão: acredita-se que a redução das Doenças do Aparelho Circulatório no Rio Grande do Sul foi consequência de fatores de risco e de mudanças assistenciais.
Objective: to analyze the prevalence of Diabetes Mellitus (DM) and associated factors in women aged 20 to 69 years in São Leopoldo, RS, Brazil. Method: this was a population-based cross-sectional study, the outcome of which was self-reported medical diagnosis of DM. Poisson regression was used. Results: 1,128 women took part, 8.16% (95%CI2.56;13.74) reported DM diagnosis; in the adjusted analysis association was found between the outcome and the 50-59 years age group (PR=15.73-95%CI4.84;71.00) and the over 60s (PR=8.95-95%CI1.98;40.49), economic classes D/E (PR=2.37-95%CI1.17;4.83), obesity (PR=1.41-95%CI0.85;2.32), arterial hypertension (PR=2.78-95%CI1.73;4.46), common mental disorders (PR=1.47-95%CI1.04;2.05), dyslipidemia (PR=2.16-95%CI1.45;3.23), regular/poor self-perception of health (PR=2.80-95%CI1.20;6.56), and not working (PR=1.98-95%CI1.11;3.53). Conclusion: DM was associated with situations of economic and social vulnerability, such as poverty and being outside the labor market, as well as with the presence of other diseases.
The social isolation resulting from the COVID-19 pandemic has changed the population’s habits and raised health-related issues, such as low back pain. This study aimed to evaluate the prevalence and risk of chronic low back pain in university students during the social isolation of COVID-19. We used an online questionnaire, the STarT Back Screening Tool (SBST), to check for low back pain. The factors investigated: sociodemographic data, pain, sedentary behavior, and physical activity. For proportion heterogeneity, we used the chi-square test. The adjusted analysis used Poisson regression with robust variance. A total of 208 students participated in the sample. University students with a partner were twice as likely to have pain (PR=2.07; 95%CI). The prevalence of low back pain was 48.1%; 87% (PR=1.87; 95%CI: 1.09-3.21; p=0.027) higher in women. University students with obesity were 42% more likely to have low back pain (PR=1.42; 95%CI: 1.04-1.94; p=0.032); and with sedentary behavior were 35% more likely to have low back pain (PR=1.36; 95%CI: 1.02-1.81; p=0.038). In total, 82% of the sample presented low risk of chronicity. Many people presented low back pain during the social isolation imposed by COVID-19. This is a common, limiting problem that must be considered and treated as a health and research priority.
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