Os mais recentes esforços de revitalização do enfoque interpretativo na Ciência Política têm sua gênese na década de 1960, quando vários autores passaram a advogar a centralidade do estudo dos significados lingüístico e hermenêutico dos fenômenos políticos. Dentre tais autores, destaca-se o filósofo e politólogo Charles Taylor, cujos textos dos anos 1960 e 1970 desferem críticas contundentes ao naturalismo subjacente ao mainstream da Ciência Política da época. Meu objetivo é explorar a crítica de Taylor ao naturalismo, pensadas no contexto de uma proposta de abordagem interpretativa para a Ciência Política. Primeiramente, contextualizarei as contribuições de Taylor no âmbito mais amplo do interpretive turn nas Ciências Sociais. Em seguida, sumarizarei as reservas que Quentin Skinner e Clifford Geertz apresentam à crítica de Taylor.
Desde que o neorrepublicanismo incluiu pensadores romanos e seus leitores modernos entre as fontes relevantes para o debate da Teoria Política, nota-se um interesse renovado pelas fontes romanas como elementos para enriquecer o debate contemporâneo da teoria política e também reavaliar a influência romana entre os modernos. Se de início seus autores enfatizavam a contribuição romana às tradições políticas modernas, defende-se que em anos recentes é possível verificar uma vasta produção voltada ao pensamento político dos romanos propriamente ditos, o que chamamos de “roman turn”. Este artigo tem por objetivo contextualizar e delinear as características metodológicas dessa “virada romana”. Para tal o texto está dividido em duas seções: a primeira analisa a historiografia do pensamento político propriamente dita, após o impulso do contextualismo da Escola de Cambridge; a segunda seção se dedica à história do direito e, mais especificamente, aos rumos recentes da historiografia institucional ou constitucional.
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