A bovinocultura tem uma atividade crescente em todo o Brasil, no entanto, a produção desses ruminantes é prejudicada pelas helmintoses, por causarem retardo no desenvolvimento dos animais, levando à baixa produtividade e, consequentemente, elevadas perdas econômicas. O controle do parasitismo por nematóides gastrintestinais é realizado principalmente com o uso de anti-helmínticos. A utilização intensiva desses medicamentos, uso de subdoses, diagnósticos incorretos e a falta de rotatividade de bases farmacológicas têm provocado um sério problema sanitário: a resistência dos helmintos aos fármacos. O teste OPG é uma ferramenta útil, prática, rápida e que não requer o sacrifício dos animais, muito utilizado para diagnóstico da doença e prescrição do tratamento correto. O presente estudo visa apresentar o diagnóstico e controle químico das principais helmintoses bovinas perante a literatura, com o objetivo de contribuir para o melhor desenvolvimento dos bezerros, boa produtividade e ganho econômico satisfatório do produtor.
A mastite é a inflamação da glândula mamária, que gera inúmeras perdas dentro de uma cadeia produtiva, atingindo desde a base, que é a sanidade do rebanho gerando queda da produção, até na qualidade final do leite e seus derivados. A eficiência de um diagnóstico precoce dita o sucesso no tratamento das vacas leiteiras, juntamente com as medidas de prevenção instauradas dentro das propriedades. Diversos métodos são utilizados para a detecção da mastite, visto que esta enfermidade é considerada a doença de maior prejuízo nos rebanhos leiteiros tanto no Brasil quanto no mundo, causando danos aos animais e à saúde pública. Pensando na padronização da qualidade do leite, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), regulamenta normas que devem ser seguidas através de consultas no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) e através de Instruções Normativas (IN), como as INs 76 e 77, citadas nesse trabalho. O objetivo dessa revisão de literatura é apresentar as principais causas da mastite dentro das propriedades leiteiras, juntamente com os principais meios de diagnóstico, como por exemplo, o teste California Mastitis Test e termografia infravermelha, uma metodologia inovadora, juntamente com as ferramentas mais usadas na prevenção da enfermidade. Além de realizar um levantamento sobre dados atualizados dos prejuízos econômicos gerados pela doença dentro da cadeia produtiva do leite.
As ecto e endoparasitoses são responsáveis por perdas significativas na pecuária brasileira, e estudos relacionados ao controle dessas enfermidades vêm aumentando cada vez mais. Uma forma de controle dessas parasitoses é o uso de fitoterápicos. O mercado brasileiro de produtos veterinários é composto por vários tipos de produtos que vão de medicamentos a rações, suplementos alimentares e, mais recentemente tem surgido espaço para os fitoterápicos. O pensamento de que o tratamento com plantas é simplesmente fazer um chá de folhas, faz com que o uso da fitoterapia seja pouco abordado e explorado. Diante do exposto, o presente trabalho objetivou descrever as principais plantas utilizadas como fitoterápicos no controle de ecto e endoparasitoses em equinos e bovinos. As plantas encontradas para o controle dos ectoparasitas foram: Cymbopogon nardus L, Aloe vera L, Azadirachta indica, Artemísia vulgaris L, Eucalyptus sp., Chenopodium ambrosioides L. e Syzygium aromaticum. Para o controle das verminoses foram encontradas: Allium sativum L, Curcubita pepo L., Momordica charantia, Operculina hamiltonii e Musa sp. Com essa busca bibliográfica, pôde-se concluir que o uso de fitoterapia em equinos e bovinos é menor quando comparado com o uso em pequenos ruminantes, entretanto é uma alternativa viável para o controle dessas afecções.
As infestações por Rhiphicephalus microplus causam perdas significativas na bovinocultura brasileira provocando diversos prejuízos como, perda de peso e baixa conversão alimentar, podendo comprometer a produção de carne e leite. O extrato de plantas é utilizado como uma forma alternativa para o controle de carrapatos, visto que o uso indiscriminado de acaricidas está gerando populações de carrapatos cada vez mais resistentes. Assim, em conformidade com o exposto, o presente trabalho objetivou testar a eficiência reprodutiva in vitro de ativos extraídos em solvente apolar (hexano) da planta Artemisia vulgaris sobre o carrapato Rhipicephalus microplus. Inicialmente, para a avaliação das eficácias in vitro dos extratos da A. vulgaris, foram utilizadas teleóginas da colônia de R. microplus do Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária da UFRRJ (LQEPV), sendo separadas em grupos de 10 e submetidas ao teste de imersão em hexano na concentração de 1250 ppm, bem como controle positivo e negativo. A leitura do percentual de eclodibilidade que foi realizada para o cálculo da Eficiência Reprodutiva do Produto, foi feita através de análise de variância. Deste modo, ainda que hajam poucos trabalhos que comprovem a eficácia de A. vulgaris como um biocarrapaticida, pôde-se concluir com o presente estudo que, quando esta foi extraída em hexano demonstrou uma boa eficácia no controle in vitro de R. microplus.
A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença de distribuição mundial e de considerável importância para a indústria do cavalo, sendo uma das onze doenças de notificação da lista da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Processo infeccioso que acomete equídeos em geral de todas as idades e raças, causado por vírus, transmissível e sem cura. Uma vez infectado, o animal torna-se fonte de infecção permanente, servindo como reservatório do vírus e capaz de transmitir a doença para outros animais, podendo cursar de forma assintomática. Os sinais clínicos envolvem febre alta (39º a 41ºC), anemia, icterícia, fraqueza e edema nos membros e abdômen. A doença é transmitida por por picadas de tabanídeos (Tabanus sp.) e moscas dos estábulos (Stomoxys calcitrans) sendo estes apenas vetores mecânicos, além de agulhas, seringas e utensílios contaminados com sangue infectado, assim como via transplacentária e através do sêmen contaminado. O diagnóstico é feito através do teste de Coggins ou Imunodifusão em Gel de Agar (IDGA) e ELISA, uma vez confirmada a doença, o Serviço Oficial procede o sacrifício do animal positivo, adotando as demais medidas para saneamento da propriedade.
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