Este estudo constitui-se de uma análise das origens institucionais das unidades de elite das polícias do Rio de Janeiro. Com o surgimento dessas unidades, surge também a ideia de distinção e separação de seus agentes com relação ao restante da polícia, tida como inapta ou mesmo corrupta. Argumenta-se aqui que tal ideia demonstra a consciência dos problemas que a polícia tem apresentado, e mascara a interdependência dos segmentos ligados à Segurança Pública gerando a ilusão de que grupos como o BOPE ou a CORE são órgãos independentes ou superiores aos demais, ao contrário de partes integrantes e complementares das instituições policiais às quais pertencem.
Este artigo buscou analisar o desenvolvimento da indústria de Defesa e sua relação com os incentivos dos governos brasileiros dos séculos XX e XXI. Objetivou-se verificar se a Indústria de Defesa é vista como um polo de oportunidades para o setor privado brasileiro a partir do momento em que o governo investe e apoia o ambiente de negócios desse setor. O estudo focou-se em especial nos incentivos dos anos 2010, que levaram as autoridades a formularem políticas públicas voltadas para a Base Industrial de Defesa (BID), como, por exemplo, a Estratégia Nacional de Defesa (2008) e o estabelecimento das Empresas Estratégicas de Defesa (2013). Com as novas iniciativas de estímulo à defesa, grandes grupos empresariais brasileiros, focados em setores diversos como o de Construção Pesada e o de Petróleo e Gás, formaram empresas voltadas para a BID. Dessa forma, levando em conta a importância estratégica da BID, esse trabalho buscou traçar o paralelo causal entre os incentivos governamentais e o desenvolvimento da indústria de defesa.
buscamos analisar o status de profeta na sociedade do Antigo Israel a partir dos textos do Primeiro Testamento. Considerando os estudos sobre o tema, que identificam aquelas figuras como visionários, adivinhos, milagreiros e proclamadores de palavras divinas, pretendemos demonstrar que as figuras independentes, proponentes de transformações sociais e religiosas, estavam envolvidas numa disputa de forças contra as figuras ligadas ao templo ou ao rei. Esta disputa levou o profetismo a ser regulado e limitado, no período Babilônico, pelos escribas e sacerdotes, por meio da Lei Mosaica.
Objetivamos apresentar a discrepância de conclusões acerca da autoria, datação e possíveis influências do Direito Hebraico, existente entre os autores do campo da História do Direito e os historiadores e arqueólogos que se dedicaram ao estudo do Antigo Israel. A partir de uma revisão bibliográfica de obras nacionais que abordam o Direito Hebraico, buscamos demonstrar que, nestes trabalhos, argumenta-se com naturalidade a favor da autoria mosaica e de uma teofania durante o contexto do Êxodo, com desprezível influência estrangeira, sendo tal conclusão bem distinta ao que a Arqueologia e a História têm argumentado nas últimas décadas. Esta discrepância acaba por alinhar as afirmações dos historiadores do Direito às tradições judaico-cristãs, distanciando-as da História e da Arqueologia, mantendo incompreendidas as relações humanas envolvidas no processo de formação do Direito daquele povo.
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