A expressão corporal e as manifestações culturais inter-relacionam-se durante o processo de vivência da Ginástica para Todos (GPT). Considerando a composição coreográfica (CC) como um dos fundamentos que marcam essa prática (TOLEDO et al., 2014) e como um lugar no qual as expressões culturais (grupais, locais ou nacionais) se manifestam (PEREZ-GALLARDO, 1995; FIG, 2018), este trabalho tem como objetivo apresentar os estudos desenvolvidos sobre a GPT num contexto regional, a partir dos diálogos com a eco-história, refletindo sobre as questões geográficas (como o cerrado brasileiro), e as imbricações com a CC na GPT. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo estudo de caso, que aborda as produções de CC em GPT, e as experiências e propostas do Grupo de Ginástica Cignus (teóricas e coreográficas - já publicadas). Assim, traz como fonte de pesquisa tanto os referenciais teóricos, como as imagens (vídeos) de 3 CCs deste grupo. Identificou-se que este grupo desmitifica a cultura cerratense por meio de suas CCs de GPT, dado que traz temas transversais a esta cultura (saindo do senso comum), assim como, temas que são cotidianos e esta cultura, mas também presente em outras, como a escravidão e a miscigenação.
Esse estudo tem como objetivo identificar o perfil das publicações acerca das discussões sobre mulher e esporte no Scientific Electronic Library Online (SciELO), especificamente nas áreas temáticas das Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas. A revisão integrativa das publicações indexadas na base de dados SciELO foi o método selecionado para essa pesquisa. Como resultado foi possível identificar publicações com a temática mulher e esporte em áreas da Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas. Após uma análise dos estudos das duas últimas áreas, percebeu-se que a discussão e produção com base científica nessas áreas ainda carecem de mais investigação e publicação. Houve um direcionamento mínimo para publicações em revistas específicas da Educação Física. Porém, atenta-se a interdisciplinaridade existente nos direcionamentos para revistas que tratam sobre a temática. Os dados coletados apresentam uma variedade de resultados, apresentando discussões que permeiam os conteúdos sobre políticas públicas de inclusão, participação, representação, feminilidade e outros. É necessário que as discussões sobre o tema e conteúdos possam influenciar novas diretrizes que formulem e ampliem as oportunidades de investigações e publicações que explorem as diversas nuances sobre a mulher e esporte.
O presente trabalho tem como objetivo realizar um relato de experiência das intervenções e formação de discentes do curso de Educação Física, relacionando com a práxis pedagógica vivenciada no Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), sobretudo ao que compete a discussão sobre gênero. É evidente uma relação entre os documentos norteadores da educação superior e básica, onde a primeira oportuniza uma formação para atuação na segunda. O PIBID encontra-se como um programa de extensão que oportuniza aos discentes da Educação Física, nesse caso, a experiência no âmbito escolar. Conforme as experiências de discentes do programa, há um lapso no processo de formação e nas práticas pedagógicas observadas e vivenciadas no contexto escolar através do PIBID, sobretudo na relação entre as práticas corporais e a temática sobre gênero. Essas dificuldades provêm da ausência de subsídios para discorrer sobre gênero, influenciando nas práticas pedagógicas e no processo de formação.
O artigo tem como objetivo refletir e analisar o processo das práticas de inclusão que permeiam a Ginástica para Todos na Educação Física Escolar, atentando-se as relações sociais de corpo e gênero. A metodologia segue a perspectiva de revisão narrativa, utilizando fontes que discutem sobre a Ginástica para Todos, inclusão, corpo e gênero. A constituição da inclusão ao longo do processo histórico, desvela uma cultura de exclusão/segregação presente na humanidade. Os inúmeros estereótipos e rótulos que estão presentes na imagem do próprio corpo, traduzem uma pseudo representatividade que é mascarada por influências sociais/culturais. Assim como outros conteúdos aplicados na Educação Física Escolar, a Ginástica para Todos possui o papel de elucidar sujeitos que lutam, resistem e se colocam frente as dificuldades em um contexto seletivo e hegemônico, oportunizando aos participantes uma integração, interação e sociabilidade, sem haver distinção do que é oportuno para os corpos de homens e mulheres. Essa prática possibilita a experiência e vivência sem que haja um reforço dos movimentos que são instituídos pela sociedade de acordo com o gênero. Por fim, o conteúdo da Ginástica para Todos é uma das melhores alternativas para Educação Física Escolar, uma vez que não estimula a segregação de gêneros.
RESUMOO presente texto tem como objetivo apresentar as experiências e os desdobramentos de um grupo universitário de Ginástica para Todos existentes desde o ano de 2010 na Universidade Estadual de Goiás, denominado Cignus. Tal grupo tem delineado sua construção e ação pedagógica através da prática de Ginástica Para Todos e a partir da práxis propomos a reflexão entre o processo de formação, a técnica e a ação pedagógica em GPT. A temática se tornou relevante na medida em que inquietações foram se tornando ponto de pauta para debate: seria a técnica a questão mais importante na formação para a GPT? Estariam os processos excludentes afastando a possibilidade de uma ginástica prazerosa e praticável em espaços escolares? Essas duas questões se interligaram e propiciaram dois momentos reflexivos, a saber: a primeira, uma pesquisa de campo com professores da rede Estadual para compreender a ausência da Ginástica nas escolas no atual contexto e a segunda, a sistematização das reflexões acerca das ações realizadas via projeto de extensão e a compreensão de uma proposta que não prioriza apenas a técnica, embora utilize-a como uma base metodológica. Como procedimentos metodológicos foram realizadas: organização documental, revisão bibliográfica e pesquisa de campo. Como resultado, compreendemos a GPT como conteúdo potencial para a Educação Física Escolar, para o processo de formação docente, para a reinserção e resignificação da Ginástica no Estado de Goiás.Palavras-Chave: GPT. Universidade. Formação. Inclusão.
Objetivamos analisar o discurso de professores/as de Educação Física em formação sobre a legitimidade da/na participação da atleta trans Tifanny Abreu no voleibol feminino, a partir de comentários em um grupo no Facebook. Utilizamos a técnica de análise de discurso para depurar 38 comentários de uma publicação que solicitava a opinião dos membros do grupo virtual sobre o caso de Tifanny no voleibol. Os resultados apontaram para: 1- o desconhecimento conceitual e teórico na/da temática “trans e esporte”, reforçando o discurso biomédico cisgênero e transfóbico; 2- reconhecimento das trajetórias trans esportivas e; 3- dúvidas e curiosidades sobre a temática, destacando que a área ainda aborda muito pouco sobre corpos que escapam à cisnormatividade.
O objetivo do presente trabalho é analisar o conteúdo de comentários emitidos por participantes de uma publicação na página “Quebrando o Tabu”, particularmente no que refere ao estigma e preconceito sobre o caso da jogadora Tifanny Abreu. Como método de pesquisa foi realizada a pesquisa em rede social, onde se colheu comentários acerca do caso durante o mês de fevereiro de 2018. Para a análise foi realizada a Análise de Conteúdo. É evidente que o caso da jogadora Tifanny Abreu se tornou emblemático a respeito da inserção de pessoas transgêneras, particularmente transexuais, nos esportes de alto rendimento. Esse momento gerou uma repercussão em diversos canais de comunicação, sobretudo nas redes sociais, local onde diversos atores puderam emitir comentários acerca desse fenômeno. Racionalmente, ficou evidente foram proferidos comentários depreciativos, que reforçam os padrões normativos e que difunde a estigmatização e o preconceito com a jogadora, sobretudo ao que se refere a jogabilidade e legitimação enquanto mulher.
O artigo tem por objetivo analisar as percepções/compreensões acerca da temática gênero no processo de formação de estudantes do curso de Licenciatura em Educação Física do Instituto Federal do Ceará (IFCE). A pesquisa, com abordagem qualitativa, do tipo levantamento e de nível exploratório, compreendeu, como técnica, um questionário semiestruturado. Participaram da pesquisa 30 discentes de duas matrizes curriculares distintas do citado curso. Constatou-se que a temática do gênero se apresenta de três diferentes formas: como uma antinomia entre cultural e biológico; como uma associação entre diversidade e individualidade e, por fim, por meio de uma associação com a formação, adjetivação e outros. Concluímos que o gênero não se apresenta de forma estruturada e planejada nas percepções dos/das discentes, podendo-se inferir que há necessidade de ampliação de discussão sobre a temática e sua devida inserção nos conteúdos disciplinares e transversais do referido curso.
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