A expressão corporal e as manifestações culturais inter-relacionam-se durante o processo de vivência da Ginástica para Todos (GPT). Considerando a composição coreográfica (CC) como um dos fundamentos que marcam essa prática (TOLEDO et al., 2014) e como um lugar no qual as expressões culturais (grupais, locais ou nacionais) se manifestam (PEREZ-GALLARDO, 1995; FIG, 2018), este trabalho tem como objetivo apresentar os estudos desenvolvidos sobre a GPT num contexto regional, a partir dos diálogos com a eco-história, refletindo sobre as questões geográficas (como o cerrado brasileiro), e as imbricações com a CC na GPT. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo estudo de caso, que aborda as produções de CC em GPT, e as experiências e propostas do Grupo de Ginástica Cignus (teóricas e coreográficas - já publicadas). Assim, traz como fonte de pesquisa tanto os referenciais teóricos, como as imagens (vídeos) de 3 CCs deste grupo. Identificou-se que este grupo desmitifica a cultura cerratense por meio de suas CCs de GPT, dado que traz temas transversais a esta cultura (saindo do senso comum), assim como, temas que são cotidianos e esta cultura, mas também presente em outras, como a escravidão e a miscigenação.
RESUMOO presente texto tem como objetivo apresentar as experiências e os desdobramentos de um grupo universitário de Ginástica para Todos existentes desde o ano de 2010 na Universidade Estadual de Goiás, denominado Cignus. Tal grupo tem delineado sua construção e ação pedagógica através da prática de Ginástica Para Todos e a partir da práxis propomos a reflexão entre o processo de formação, a técnica e a ação pedagógica em GPT. A temática se tornou relevante na medida em que inquietações foram se tornando ponto de pauta para debate: seria a técnica a questão mais importante na formação para a GPT? Estariam os processos excludentes afastando a possibilidade de uma ginástica prazerosa e praticável em espaços escolares? Essas duas questões se interligaram e propiciaram dois momentos reflexivos, a saber: a primeira, uma pesquisa de campo com professores da rede Estadual para compreender a ausência da Ginástica nas escolas no atual contexto e a segunda, a sistematização das reflexões acerca das ações realizadas via projeto de extensão e a compreensão de uma proposta que não prioriza apenas a técnica, embora utilize-a como uma base metodológica. Como procedimentos metodológicos foram realizadas: organização documental, revisão bibliográfica e pesquisa de campo. Como resultado, compreendemos a GPT como conteúdo potencial para a Educação Física Escolar, para o processo de formação docente, para a reinserção e resignificação da Ginástica no Estado de Goiás.Palavras-Chave: GPT. Universidade. Formação. Inclusão.
Introdução: Envelhecer é um processo fisiológico irreversível, que também é envolto por inúmeras questões sociais, psicológicas, culturais etc., se constituindo, o envelhecimento, como um campo de estudo multi e interdisciplinar. Objetivo: Este trabalho objetiva ser um lócus de apresentação e análise da escuta e escrita de idosas praticantes de Ginástica para Todos (GPT) vinculadas ao projeto de extensão Cignus - UEG, durante o período pandêmico, 2020 e 2021. Metodologia: Utilizamos o método de narrativas, tendo como fontes cartas e mensagens eletrônicas, de 18 idosas participantes do projeto. Resultados e discussão: As narrativas valoraram a escuta, o diálogo, a vivência coletiva e as experiências no grupo, como em viagens e festivais. Além disso, trouxe à tona o anseio frente aos sofrimentos individuais provocados pela pandemia, bem como, a expectativa de encontrarem formas coletivas de enfrentamento, em um cenário pós-pandêmico com encontros presenciais e viagens. Conclusão: De maneira geral, concluiu-se que o grupo de GPT se constituiu, mesmo que virtualmente, em uma rede de apoio durante a pandemia.
As práticas mais cotidianas de se conviver em família, no trabalho e nas comunidades, foram modificadas no contexto pandêmico, e com as manifestações da cultura corporal não foi diferente. Nesse cenário, o objetivo deste manuscrito é trazer uma narrativa do processo de ressignificação do fazer e do demonstrar a Ginástica para Todos, a partir de projetos de extensão universitária durante a pandemia. A partir de um desenho metodológico que dialoga com a pesquisa descritiva, optou-se pela abordagem de narrativas orais e documentais (fotografias e vídeos), vividas nas ações de extensão universitária do Laboratório de Pesquisas e Experiências em Ginástica (LAPEGI)¹, de junho de 2020 a dezembro de 2021. A ênfase foi dada na elaboração de uma composição coreográfica (CC) de Ginástica para Todos (GPT), compreendendo esta última como uma manifestação da cultura corporal; e como essa experiência desencadeou outras ações de extensão. O período pôde ser composto pela fluidez de quatro fases: 1 - Mobilizar – Ato de resistência e cultivo dos afetos; 2 - Mover - Desconstruir para construir; 3 - Mostrar – O corpo em expressão; 4 - Multiplicar – O coletivo, a pertença e a esperança. De maneira geral, houve uma ressignificação em vários sentidos, individual e coletiva, tanto para os processos de composição coreográfica em GPT, como para sua mostra (em festivais), redimensionando as possibilidades de viver as manifestações da cultura corporal de forma plural, inovadora, colaborativa e em consonância com os objetivos da extensão universitária, mesmo num cenário adverso como o imposto pela pandemia.
Do processo de criação ao espetáculo: a experiência da criação por meio da aproximação com o método bailarino-pesquisador-intérprete (BPI) From the creation process to the show: the creation experience through the approach with the danish-researcher-interpreter (BPI) method
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