O Decreto 9.377 do governo federal se destina a impulsionar o uso de Building Information Modeling (BIM) no país. Nesse sentido, a academia tem papel relevante, uma vez que prepara os futuros profissionais para o mercado de trabalho na área de Arquitetura, Engenharia e Construção. No entanto, pesquisas indicam que não é fácil implementar o BIM na academia, devido à necessidade de modificar a matriz curricular dos cursos e, a adesão dos professores ao paradigma. Em vista do exposto, novas perspectivas de inserção do BIM na academia são necessárias. Adotando a pesquisa-ação como método de pesquisa, este trabalho tem como objetivo discutir os benefícios alcançados com a iniciativa pioneira do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) no processo de implementação do ensino do BIM por meio da pesquisa. A principal contribuição do trabalho é mostrar que a estratégia aplicada pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Integração de Projetos (GIP) tem apresentado resultados positivos em termos de preparação de alunos para o mercado de trabalho, bem como ganhou o interesse dos professores, indicando possibilidades de adesão. Esses resultados demonstram que esta é uma implementação de modelo assertivo com potencial para ser replicada em outras instituições de ensino.
As vantagens da utilização do Building Information Modeling (BIM) aliado as diretrizes impostas pelo governo federal no Brasil vem direcionando o mercado da área de Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC) no processo de implantação do BIM, assim, recentemente esse mercado tem procurado um perfil de profissionais com competências e habilidades BIM. No entanto, a que se destacar que a maioria das instituições de ensino superior estão buscando preparar os futuros profissionais, mas para tanto faz-se necessário a inserção do BIM nas próprias instituições. Tal processo requer mudanças nos três campos, políticas, processos e tecnologias. Diante deste cenário, o presente artigo tem como objetivo apresentar o processo de implementação do BIM dentro do curso de Engenharia Civil do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) – campus Natal Central (CNAT), apontando as dificuldades enfrentadas, as soluções adotadas e os resultados que vem sendo alcançados com a primeira turma. O método de pesquisa utilizado foi o relato de experiência, que possui características exploratórias e deve responder quando, onde, como? O relato de experiência é um texto descritivo, sendo importante “contar os detalhes da experiência”, de forma que possa servir de inspiração para os interessados. O projeto pedagógico do curso de Engenharia Civil foi aprovado em 2019 e tem como objetivo definir as diretrizes pedagógicas para a organização e o funcionamento da respectiva engenharia no âmbito do IFRN. Com 3.480 horas destinadas às disciplinas de formação do engenheiro civil; 320 horas destinadas à Prática Profissional, 10 horas dedicadas aos seminários curriculares e 425 horas para a Unidade Curricular de Extensão, a carga horária de atividades do curso totaliza 4.235 horas. A estrutura curricular do curso compreende dez semestres letivos, em regime de crédito e com organização por disciplinas. A inserção do BIM no curso se deu através de uma disciplina obrigatória - Modelagem da Informação na Construção (BIM) de 30h e em seis optativas, cada uma delas com 30h - Compatibilização e Cooperação em Projetos BIM; Representação Gráfica em BIM; BIM e Estruturas de Concreto Armado; Gestão de projetos utilizando BIM; BIM na Infraestrutura Viária; BIM e Instalações Prediais. Importante destacar que estas seis atendem ao total de 180 horas destinados as optativas exigidas pelo curso, de modo que o aluno pode optar pelo eixo BIM, adquirindo assim um acentuado domínio na área. A experiência ocorreu na disciplina Modelagem da Informação na Construção (BIM), no semestre 2022.1, em uma turma composta por 27 alunos. A disciplina que é do 5º período tem um caráter introdutório, com abordagem teórica, visando principalmente desmistificar a imagem do BIM como apenas tecnologia e software. Como procedimentos metodológicos utilizou-se de aulas expositivas e dialogadas, buscando constantemente a interação e participação dos alunos. A sala de aula invertida também foi aplicada, através da utilização do Classroom, onde eram postados artigos e vídeos. Os principais conteúdos abordados foram: Conceitos de BIM, Fluxos de trabalho, Critérios de modelagem 3D, Usos do modelo, Vantagens do BIM, Softwares, Realidade Virtual e Aumentada, Maturidade BIM, Competências e habilidades dos novos profissionais do mercado AEC. Buscou-se ainda com a disciplina abarcar de forma ampla as fases do ciclo de vida, de modo a permitir ao aluno perceber as diversas formas de aplicação do BIM, desde a concepção de um projeto até por exemplo possibilidades de gestão da manutenção dos edifícios. Como critério de avaliação optou-se por duas avaliações do tipo seminário em dupla versando sobre usos do modelo BIM, sendo a primeira livre explanação e a segunda no modelo de um artigo de Revisão Sistemática da Literatura (RSL). Foram priorizadas bibliografias no idioma português, como o Manual de BIM de Eastman e colaboradores (2014), Gerenciamento e coordenação de Projetos BIM de Sergio Leusin (2020) e BIM e inovação em gestão de projetos de Manzione, Melhado e Nóbrega Júnior (2021). Como principais resultados alcançados pode-se destacar a curiosidade dos alunos na temática, a compreensão de que o BIM inclui processos e políticas e não somente tecnologias, bem como um interesse e uma urgência em adquirir mais conhecimentos na área, inclusive com inicio de um movimento de pressão junto a instituição, no sentido de maior inclusão dos conteúdos BIM dentro das disciplinas, de forma obrigatória na matriz do curso. No entanto, a que se relatar a existência de um percentual de cerca de 11% de alunos que se mostraram desmotivados e decepcionados com o perfil teórico da disciplina, visto que os mesmos esperavam tratar-se de disciplina com teor ferramental. Os mesmos almejavam aprender modelagem 3D, através do software Revit da Autodesk na disciplina. Diante do quadro estes alunos praticamente deixaram de frequentar a disciplina, culminando na reprovação. Dificuldades podem ser apontadas, principalmente a baixa adesão ao método sala de aula invertida, quando identificou-se que somente uma pequena parcela efetivamente assistia aos vídeos e lia os artigos propostos. A que se destacar também a dificuldade apresentada pela grande maioria dos alunos na segunda avaliação, a saber a elaboração de uma RSL, embora estes já tivessem cursado a disciplina Metodologia Científica e Tecnológica no 3º período, com 30 horas e Leitura e Produção de textos acadêmicos no 1º período, com 60 horas. Pode-se elencar como possíveis causas dessa dificuldade os reflexos do período de ensino remoto emergencial vivenciado pela turma em questão. Aspectos positivos visualizados durante e após a disciplina foi o maior interesse de inserção dos alunos em ações de extensão e pesquisa na área do BIM, como na Liga Acadêmica de BIM (LABIM) do curso de Engenharia Civil e no Grupo de Estudos e Pesquisa em Integração de Projetos (GIP), que tem como uma de suas maiores linhas de pesquisa o BIM. Como maior contribuição do estudo para o ensino do BIM no Brasil tem-se a apresentação de uma experiência real de uma disciplina BIM, em um contexto inicial de quase total desconhecimento da área por parte dos alunos, apontando as principais dificuldades vivenciadas com suas possíveis causas, sobretudo em um cenário pós-pandêmico, bem como a identificação do potencial da disciplina na disseminação do BIM dentro da instituição em seus três pilares ensino, pesquisa e extensão.
O Decreto 10.306/2020 do governo federal se destina a estabelecer o uso de Building Information Modeling (BIM) pela administração pública federal. Nesse sentido, a academia tem papel relevante, uma vez que, entre outras atribuições, prepara os futuros profissionais para o mercado de trabalho na área de Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC). No entanto, pesquisas indicam que não é fácil implementar o BIM no ensino, devido à necessidade de modificar a matriz curricular dos cursos e de requerer a adesão dos professores ao paradigma. Em vista do exposto, novas perspectivas de inserção do BIM na academia são necessárias. Adotando a pesquisa-ação como método de pesquisa, este trabalho tem como objetivo discutir os benefícios alcançados com a iniciativa pioneira do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) no processo de implementação do ensino do BIM por meio da pesquisa. A principal contribuição do trabalho são os resultados positivos em termos de preparação de alunos para o mercado de trabalho e o consequente ganho de interesse dos professores, fomentando a adesão ao BIM advindos a estratégia aplicada pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Integração de Projetos (GIP). A pesquisa-ação resultou em plano de implementação do BIM no curso Técnico em Edificações, assim como Planos de Execução BIM em disciplinas, demonstrando o potencial da abordagem para ser replicada em outras instituições de ensino.
O decreto federal nº 10.306 de 02 de abril de 2020 aumentou a urgência de implementação do Building Information Modeling (BIM) no mercado da área de Arquitetura, Engenharia, Construção e Operação (AECO) no país. Tal realidade implica diretamente na academia, que precisa atender na formação de profissionais em BIM. No entanto, os cursos da área já possuem matriz curricular com carga horária definida. Nesse contexto, a academia enfrenta a dificuldade de adequar a necessidade de inserção de conteúdos BIM, sem necessariamente comprometer os demais conteúdos. Diante desse quadro, as plataformas de aprendizagem a distância podem se apresentar como um aliado. O artigo tem como objetivo verificar a percepção de alunos do curso de Edificações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) em experimentação de cenário educacional para inserção do BIM. O método de pesquisa adotado foi o estudo de caso, com recorte temporal no ano de 2019 e a unidade de análise foi o evento Clube do Instalador, do IFRN, que conta com a participação dos alunos do curso de Edificações. Os resultados indicam que o uso de ferramentas tecnológicas de ensino permite que jovens alunos inseridos neste cenário apresentem melhor desempenho na aprendizagem de atividades acadêmicas. Nesse contexto, pode-se concluir que a aplicação do cenário educacional proposto, utilizando Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), tem potencial para facilitar a inserção da metodologia BIM, quando se trata do ensino de modelagem de projetos de instalações elétricas.
Virtual Reality (VR) is an interface that allows the creation of an environment through softwares that provide interactive communication between the user and his computer, including modeling and three-dimensional representation programs. In addition, this technology has been showing accelerated use in different areas, especially for simulating projected spaces. The purpose of VR technology is to enable the maximum sensation of reality so that it is possible to visualize, interact and manipulate the objects in real time. Based on the countless technological advances aimed at the sector of Architecture, Engineering and Construction (AEC), VR can act as a facilitator of the relationship between user and machine, as it allows the virtual insertion and interaction of the individual in the environment to be built. In this regard, this article aims to understand the perceptions of stakeholders regarding the use of VR in the area of AEC. The methods adopted were the case study and the comparison between case studies. The results indicate that installation designers, Buildings students, and owners identify advantages in viewing the 3D model in stereoscopic glasses. In this context, it can be concluded that the use of VR facilitates the understanding of projects.
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