Neste artigo apresentamos um panorama organizado de diversas formas e sentidos da ideia de "usar o corpo" associada a transações entre sexo, afetos e dinheiro, que escapam do conceito de prostituição. O artigo surge de uma pesquisa realizada com mulheres jovens em contextos de prostituição nas cidades de Cabrobó (PE) e Mataraca (PB) no Nordeste brasileiro. As visões, conceitualizações e experiências dessas mulheres traduzem uma prolífera criação de categorias discursivas de diferenciação, articuladas a um jogo de moralidades com economias locais/regionais e noções de família. Mostraremos como essas "economias sexuais" são descritas pelas mulheres e como se desenha como um caminho possível para compreender, de uma perspectiva de gênero, as economias locais na sua interseção com o mundo do sexo, da reprodução, da conjugalidade e da vida familiar. palavras-chave Prostituição, Economias Sexuais, Juventude, Gênero.
No Brasil, são escassas as pesquisas sobre a qualidade da atenção ao aborto inseguro. O presente artigo visa a apresentar a primeira etapa da construção de instrumento para estudo sobre a assistência hospitalar prestada pelo Sistema Único de Saúde em três cidades. Foram definidas quatro dimensões essenciais da atenção – acolhimento e orientação, qualidade técnica do cuidado, continuidade da atenção, insumos/ambiente físico – e respectivos critérios. Procedeu-se à adaptação transcultural de conjunto de itens propostos pela Organização Mundial da Saúde. Para dar conta de dimensões e critérios não contemplados pelo conjunto original de perguntas, optou-se por adaptar questões de outros estudos e adicionar outras elaboradas pela própria equipe. O questionário foi pré-testado em 52 usuárias, nas três cidades, para avaliar a aceitação e compreensão, o tempo de aplicação e ajustes finais. O instrumento totalizou 55 itens, organizados segundo os momentos assistenciais, cujo uso mais amplo depende de avaliações psicométricas em desenvolvimento e que se seguirão em outros artigos.
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