Resumo As iniquidades sociais são determinantes que inviabilizam a garantia do acesso integral à saúde, afetando também a comunidade lésbica, gay, bissexual, travesti e transexual (LGBT). Esta pesquisa buscou investigar as dimensões do cuidado em saúde para a população LGBT no que compete à gestão dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Cuité (PB). Para isso, adotou-se a abordagem qualitativa, através da realização de entrevistas semiestruturadas em profundidade, que foram posteriormente transcritas e analisadas a partir do método de análise de conteúdo. A análise permitiu depreender duas categorias empíricas, sendo elas: (1) “babado, confusão e gritaria”: divergências, discordâncias e desconhecimentos sobre a população LGBT, dividida em duas subcategorias que abordam o olhar das gestoras sobre a comunidade LGBT e também suas demandas, respectivamente; e (2) caminhos e desvios rumo à integralidade da saúde LGBT: fragilidades, potencialidades e perspectivas do processo, também dividida em subcategorias sobre a responsabilização das gestoras e sobre as estratégias identificadas. As gestoras apresentaram pouco conhecimento acerca das demandas e estratégias para a população LGBT e não se percebiam enquanto atores responsáveis pelo cuidado com esse público, contribuindo para a fragilidade e para a desarticulação da rede de atenção no que tange à comunidade LGBT.
Neste artigo, analisamos alguns aspectos relativos à alteridade, tomando o corpo não apenas em sua materialidade, mas, sobretudo, em suas propriedades de afetações e (im)possibilidades. Essas reflexões são apresentadas tendo por base uma experimentação, desenvolvida no curso do desenvolvimento de uma dissertação de mestrado, que consistiu na experiência de "se montar" empreendida pela pesquisadora (registrada ao nascer como sexo feminino), como forma de lançar olhares e perguntas à construção da pesquisa. Por meio desta experimentação e dos diálogos subsequentes a ela, dialogamos sobre os limites e possibilidades de um corpo teó-rico Queer, adentrando em questões da produção do modelo dimórfico dos corpos, a heteronorma, e na inteligibilidade que produz corpos viáveis ou não. Neste processo abordamos ainda questões relativas à abjeção e ao gênero como performatividade. Abstract KeywordsOtherness Performativity Body TranssexualityIn this article, we analyze some aspects about otherness, addressing the body not like a materiality, but above all in their properties affectations and possibilities. These reflections are presented based on an experimentation, developed in the course of development of a master's thesis, which was the experience of "se montar" by the researcher (registered at birth as female). Through this experimentation and subsequent dialogues about it, we discussed the limits and possibilities of a Queer theoretical body, entering on questions of production dimorphic model of bodies, the heteronorm, and intelligibility that produces viable (or not) some bodies. In this process still we are discussing issues relating to the abjection and gender as performativity.Vasconcelos, Thaissa; Medrado, Benedito (2016). Experimentações queer em uma pesquisa sobre produção de feminilidades em "corpos trans". Athenea Digital, 16(2), 389-406. http://dx.doi.org/10.5565/rev/athenea.1873 Breve introduçãoNeste artigo, analisamos alguns aspectos relativos à alteridade, tomando o corpo não apenas em sua materialidade, mas, sobretudo, em suas propriedades de afetações e (im)possibilidades. Essas reflexões são apresentadas tendo por base uma experimentação desenvolvida no curso do desenvolvimento de uma dissertação de mestrado, em cuja produção, orientanda e orientador, autora deste artigo, estiveram profundamente afetados.Quando nos referimos à "afetação", fazemos referência a Jeanne Favret-Saada (1990), para quem a particularidade de uma pesquisa está na capacidade do pesquisador se "ser afetado". É quase um movimento oposto ao estranhamento do familiar. Ou 389
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