Inserido no grupo de pesquisa, registrado no CNPq, "Vozes (In)fames: exclusão e resistência", sob a coordenação geral da Profa. Dra. Maria José R. F. Coracini, o presente trabalho pretendeu investigar, através da escrita do livro Quarto de despejo: diário de uma favelada (de Carolina Maria de Jesus), se a escrit(ur)a de si poderia ou não se configurar como dispositivo de (r)existência. E, em caso positivo: como, quando, em relação a quê e em que lugares ela se manifestaria. A pesquisa é pautada na perspectiva teórico-filosófica discursivo-desconstrutivista que se apoia nos estudos do Discurso (a partir do viés foucaultiano), da Psicanálise (lacaniana) e da Desconstrução (derrideana). Nosso objetivo específico é conhecer, compreender e trazer à baila o modo como a escrit(ur)a pode funcionar como (r)existência para a autora. E, como objetivo geral, visamos contribuir para os estudos de Linguística Aplicada -no que tange a questões sobre identidade e discurso -, colaborando também para a formação de professores e alunos, no que diz respeito à discussão de temas sociais. Analisamos a materialidade linguística, observando, principalmente, as representações de si, do outro, da favela, de leitura e escrita. Resultou de nossa pesquisa, a observação de indícios de que há uma (r)existência possibilitada pela escrit(ur)a de si. Tal (r)existência se dá em relação à condição econômico-social da autora, emergindo em três esferas, concernentes aos fatos de ela ser mulher, negra e favelada. Através da singularidade de sua escrit(ur)a, a qual emerge no entremeio das dualidades que aparecem na materialidade linguística, o sujeito (r)existe se diferenciando dos demais habitantes da favela e construindo um destino, um modo de ser/estar no mundo, diferente daquele que se esperaria para uma mulher negra, favelada e com pouca instrução.
Neste trabalho iremos analisar duas reportagens feitas no ano de 2016, acerca de Dilma Rousseff e Marcela Temer, para observar quais performances do gênero feminino aparecem na mídia em um contexto (que interpretamos como) de golpe políticomidiático e quais são as produções de sentido que emergem desses textos em relação às mulheres neles citadas. Ressaltamos que este artigo foi produzido em contexto de greve de estudantes, funcionários e docentes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que durou de maio a julho de 2016, sendo resultado de discussões feitas no GT: Gênero e Sexualidade, formado no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) no primeiro semestre do mesmo ano, coordenado pela Profa. Dra. Isadora Lins França e pela Dra. Carolina Branco Castro Ferreira.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.