Objetivo: Identificar fatores associados ao tempo de aleitamento materno exclusivo e total em crianças do município de Juiz de Fora, Minas Gerais. Metodologia: Estudo transversal, com uma amostra de 548 e 416 crianças para os desfechos tempo de aleitamento materno exclusivo e total, respectivamente, desenvolvido com crianças menores de cinco anos matriculadas em creches municipais. As condições socioeconômicas, características maternas e das crianças, informações sobre aleitamento materno e introdução da alimentação complementar foram coletadas em entrevista aos pais. A análise estatística se deu através da regressão linear univariada, elegendo as variáveis com p<0,20. Em seguida, desenvolvida a regressão linear múltipla hierarquizada e gerados modelos finais para os desfechos estudados. Resultados: Foram amamentadas exclusivamente até o sexto mês e complementado até dois anos apenas 6,2% e 16,1% das crianças, respectivamente. Na análise hierarquizada, as variáveis que apresentaram associação ao tempo de aleitamento materno exclusivo foram: cesariana (β= -12,35; p= 0,017) e comprimento ao nascer (β= 1,52; p= 0,022). Para o tempo de aleitamento materno total, as variáveis tempo de aleitamento materno exclusivo e idade de introdução de engrossantes associaram-se ao desfecho (β=1,23, p=0,012; β=0,56; p=0,000, respectivamente). Conclusão: Os fatores associados a maior duração do aleitamento materno exclusivo e total foram: parto normal, maior comprimento ao nascer, maior duração do aleitamento materno exclusivo e idade de introdução tardia de engrossantes na alimentação da criança. Esses dados demonstram a importância da atenção à saúde ao grupo materno-infantil, desde o pré-natal até a introdução da alimentar complementar.DOI: 10.12957/demetra.2019.43583
Objetivos: Avaliar os fatores que determinam o tipo e o tempo de aleitamento materno, bem como delinear sobre a situação social e nutricional de mulheres atendidas na rede de atenção primária à saúde no município de Juiz de Fora (MG). Métodos: Realizaram-se quatro avaliações: a primeira no terceiro trimestre da gestação, e as outras, nos 1º, 3º e 6º meses pós-parto. Inicialmente, aplicou-se um questionário sobre amamentação e um Recordatório 24 horas, também aplicado no 6º mês pós-parto. Posteriormente, questionou-se sobre a frequência, tipo de aleitamento e dificuldades no manejo. Resultados: As variáveis que influenciaram significativamente no aleitamento materno exclusivo nos 1°, 3° e 6° meses foram: maior consumo mediano de Vitamina C e B9, maior desempenho no teste sobre amamentação, idade da mãe entre 20 e 35 anos, consumo adequado de carboidratos e suplementação de complexo vitamínico. Os fatores protetores do aleitamento materno exclusivo ou predominante foram: apresentar alguma dificuldade para amamentar e dieta inadequada em relação aos lipídios. Já os fatores de risco foram: fumo na gestação, não saber responder sobre o correto manejo da lactação e renda familiar menor que um salário mínimo. Conclusões: Variáveis maternas, dietéticas, socioeconômicas e conhecimentos sobre o manejo da lactação influenciaram no tempo e tipo do aleitamento materno.
Objetivo: Identificar a prevalência e fatores associados à anemia em crianças menores de cinco anos de creches municipais em Juiz de Fora – MG. Métodos: Estudo transversal com 809 crianças matriculadas em tempo integral. Para determinação da hemoglobina utilizou-se hemoglobinômetro portátil, e 11 g/dL como ponto de corte para o diagnóstico da anemia. Aplicou-se questionário contendo informações socioeconômicas, características maternas, de aleitamento materno, de alimentação complementar, e características individuais da criança. O estado nutricional foi avaliado pelas medidas antropométricas de peso e estatura, na avaliação da alimentação foi utilizado recordatório 24 horas e o registro alimentar. Análise de regressão de logística e seleção hierárquica das variáveis foram usadas para verificar fatores associados. Resultados: A prevalência de anemia foi de 39,2%, a idade materna (β=-0,48, IC95%=0,91-0,99), o número de gestações (β=0,19, IC95%=1,02-1,43), o baixo peso ao nascer (OR=2,51; IC95%=1,12-5,63) e o peso/idade (β=-3,98; IC95%=0,01-0,90) associaram a anemia. Conclusão: A anemia nas creches das regiões estudadas é considerada um problema de saúde pública moderado. As variáveis que associaram a anemia relacionam-se as características maternas e as características individuais das crianças.
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