Os suínos são a segunda proteína animal mais consumido do mundo, sendo que o Brasil é o quarto produtor mundial deste tipo de carne. Atualmente, por exigência do mercado consumidor externo e interno há uma grande demanda por produção de carne por meios orgânicos ecologicamente sustentáveis e que sigam a premissa de bem-estar animal. A castração é realizada em suínos machos para tornar a carne palatável e aceita pelos consumidores. A técnica tradicionalmente empregada é a cirúrgica, mas da maneira que é praticada é um método que provoca dor e estresse nos animais. Como alternativa a este método existe a imunocastração. Tal técnica é eficaz e indolor, mas ainda onerosa para os produtores. Desta maneira, no presente trabalho foi estudada a castração química em suínos por meio de injeção intratesticular de óleo essencial de cravo da índia (OECI). Em todos os animais foi administrado meloxicam e foi feita anestesia infiltrativa intra-testicular. Estabelecida a anestesia foi realizada a castração química. Foi introduzido OECI nos testículos (intratesticular, bilateralmente). Após o procedimento, os suínos foram examinados diariamente durante uma semana. Em todos os animais a introdução do OECI foi de fácil execução, sem intercorrências nem óbitos. Em dois animais 20% (2/10) foi observado edema 24 horas após a administração do fármaco. No entanto, tal reação foi considerada como um processo inflamatório, provocado pela substância injetada no interior do tecido testicular. Não foram observados sinais de dor ou desconforto após a castração química nos animais. Provavelmente tal resultado é decorrente do protocolo analgésico e anestésico adotado no presente estudo. Concluiu-se que a injeção intratesticular de óleo essencial de cravo da índia em suínos machos mostrou-se uma técnica viável e de fácil execução na espécie estudada.
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