A despeito do notório desenvolvimento da pesquisa no âmbito da orientação para o mercado nos últimos quinze anos, verifica-se a visão unilateral que os estudos têm imputado ao tema, baseada somente na percepção dos executivos da própria organização. Raros são os trabalhos que contemplam a perspectiva do cliente, além daquela das empresas, comparando-as. O objetivo deste artigo foi o de investigar as diferenças entre as auto-avaliações das empresas e as avaliações dos respectivos clientes, relativas ao grau de Orientação Para o Mercado, em pesquisa realizada em dois pólos turísticos do Rio Grande do Sul. Como forma de mensuração da lacuna de orientação para o mercado, empregou-se a escala desenvolvida por Deshpandé, Farley e Webster (1993). Os resultados evidenciaram a existência da Lacuna de Orientação para o Mercado na indústria estudada. Além disso, observou-se relação do grau de orientação com o desempenho apenas na dimensão empresa, não sendo detectada associação positiva e direta entre as percepções dos clientes e o desempenho das organizações investigadas. Os resultados relativos ao desempenho reforçam a necessidade de mais estudos na área, que possam trazer subsídios ao aprimoramento da questão.
ResumoEste trabalho teve por objetivo conhecer as motivações para a resistência ao consumo que acompanham a questão do desenvolvimento sustentável; analisar as crenças e percepções sobre a resistência ao consumo, como forma de contribuir para o desenvolvimento sustentável e explorar a prática de resistência ao consumo no contexto de vida de consumidores nesse mesmo sentido. Para tanto, foram realizadas 21 entrevistas em profundidade com sujeitos que apresentam comportamentos de resistência ao consumo em geral, tentando compreender possíveis motivações, influências e práticas associadas a esse tipo de ato com foco na sustentabilidade. Os achados foram consistentes, em certos aspectos, com o que já foi encontrado na literatura -hábitos como produção caseira, redução da quantidade de produtos utilizados e substituição de alguns itens por outros foram práticas consideradas sustentáveis encontradas aqui. A alimentação parece ser o setor de consumo no qual a resistência ao consumo se manifesta mais fortemente; enquanto a rejeição a produtos com circuitos longos de produção -aparentemente inédita na literatura -emergiu como outro importante foco de atuação. Críticas ao governo brasileiro, por suas políticas de incentivo ao consumo, também foram encontradas, reforçando a ideia de que os cidadãos entendem que o caminho em direção a uma sociedade mais sustentável passa por ações individuais, mas, também, estatais. Palavras-chave:Anticonsumo. Resistência ao consumo. Consumo sustentável. AbstractThis paper aimed to understand the motivations for consumption resistance which follow the issue of sustainable development; to analyze the beliefs and perceptions on consumption resistance, as a contribution to sustainable development; and to explore the consumption resistance practice in the life context of consumers in the same way. For this, 21 in depth interviews were carried out with subjects presenting consumption resistance behaviors in general, trying to understand possible motivations, influences, and practices associated to this type of act with a focus on sustainability. The findings were consistent, in some aspects, with what has already been found in the literature -habits such as home production, decreased amount of products used, and replacement of some items by others were practices regarded as sustainable ones found here. Feeding seems to be the consumption sector where consumption resistance manifests
Resumo Este artigo busca entender como a incidência da interseccionalidade opera dentro de locais de mercado que se apresentam como diversos ou abertos à diversidade - especificamente, lugares gays. Utiliza-se a abordagem interseccional para localizar posições minoritárias (o público gay masculino) em uma malha de relações que se estabelece em tais contextos (locais de mercado categorizados como gays). O artigo apresenta os resultados de um trabalho de campo conduzido por 2 anos (2015 e 2016) em 2 metrópoles, Porto Alegre e Montreal (Canadá), com base em entrevistas realizadas com 26 indivíduos. Os achados de pesquisa indicam o modo como a exclusão continua operando em categorias marginalizadas, mesmo dentro de lugares que ostensivamente recebem membros de categorias que já sofrem preconceito. Por fim, discute-se a implicação gerencial de como a expectativa de abertura à diversidade é contraintuitiva, já que quanto mais ampliada a oferta no local de mercado aberto à diversidade, maior a percepção de exclusão interseccional.
As novas experiências na área de educação têm reforçado a importância de uma reavaliação do processo de ensino-aprendizagem nos cursos de graduação. Esta necessidade faz-se ainda mais presente em cursos que necessitam de uma forte vinculação com o mercado, o que ocorre na área de administração. Além disso, percebe-se a importância da identificação de habilidades e competências, as quais são valorizadas pelo mercado de trabalho e podem ser desenvolvidas durante a formação do administrador. Nesse sentido, o trabalho busca apresentar a experiência da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) na construção de um curso de graduação inovador na área de administração. O processo de definição do curso, bem como as primeiras conclusões sobre a implantação do currículo são descritas no presente texto. Salienta-se que o curso está em sua segunda edição e, devido às características que serão aqui exploradas, é inovador na área de Administração no Brasil.
This article examines a counter-hegemonic movement in a developing economy and its participants’ meanings, beliefs, and practices related to consumer resistance and sustainable consumption. The authors first discuss how participants share meanings connected to urban mobility, the intrinsic connection of objects such as bicycles to their identities, and the symbolic nature of these objects. The authors then discuss the participants’ beliefs regarding ideologies of consumption and consumerism as well as their political and social demands and criticism. Finally, their consumption habits are examined and explained at the individual and collective levels. Sustainability is the main influence on their cycling activities and is symbolized in the bicycle as an object. The hedonic side of sustainable consumption is expressed in their shared practices, and their actions are already affecting the city’s policy-making and sustainability initiatives.
Resumo Este artigo busca entender como a incidência da interseccionalidade opera dentro de locais de mercado que se apresentam como diversos ou abertos à diversidade - especificamente, lugares gays. Utiliza-se a abordagem interseccional para localizar posições minoritárias (o público gay masculino) em uma malha de relações que se estabelece em tais contextos (locais de mercado categorizados como gays). O artigo apresenta os resultados de um trabalho de campo conduzido por 2 anos (2015 e 2016) em 2 metrópoles, Porto Alegre e Montreal (Canadá), com base em entrevistas realizadas com 26 indivíduos. Os achados de pesquisa indicam o modo como a exclusão continua operando em categorias marginalizadas, mesmo dentro de lugares que ostensivamente recebem membros de categorias que já sofrem preconceito. Por fim, discute-se a implicação gerencial de como a expectativa de abertura à diversidade é contraintuitiva, já que quanto mais ampliada a oferta no local de mercado aberto à diversidade, maior a percepção de exclusão interseccional.
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