Resumo Diversos estudos indicam que a mortalidade para crianças do sexo masculino é maior do que a do feminino no Brasil. Estudos recentes também têm mostrado uma redução na sobremortalidade infantil masculina nos últimos anos. Entretanto, pouco se sabe sobre quais fatores estão associados a esse fenômeno. Como os bebês do sexo masculino são, em geral, mais frágeis, uma hipótese é de que melhorias no nível de renda e cuidados com a saúde pré e pós-natal tenham um impacto maior na redução da mortalidade infantil masculina. Dessa forma, o objetivo deste artigo foi analisar como esses fatores afetam a mortalidade no Brasil. Para a estimação do modelo, utilizaram-se dados estaduais do Brasil do período de 1996 a 2014. Os resultados indicam que a renda média, o baixo peso ao nascer, o número de consultas de pré-natal e a taxa de fecundidade são importantes fatores associados à mortalidade infantil no país. De modo geral, o impacto dessas variáveis é maior na mortalidade de crianças do sexo masculino, evidenciando que a maior fragilidade dessas crianças exige maior cuidado de pais e autoridades de saúde. Além disso, outros estudos podem analisar a importância do aleitamento materno sobre a mortalidade infantil e gênero no Brasil, de forma a verificar o impacto da amamentação na redução dos óbitos infantis.
Resumo Nas últimas décadas aconteceram várias alterações no padrão de organização das famílias, como mudanças no tamanho, estrutura e composição. Dentre os novos arranjos familiares, destaca-se o crescimento de famílias monoparentais femininas. Este arranjo tende a se encontrar em situação de maior vulnerabilidade social em relação a outros arranjos. Diante disso, este estudo buscou analisar a relação entre o arranjo monoparental feminino e o estado nutricional de crianças menores de cinco anos, com dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF/IBGE) de 2008-2009. Para isso, estimaram-se duas equações para análise de índices antropométricos, tendo como variáveis dependentes o escore z da “altura para idade” e o escore z do “peso para altura”. Os resultados mostraram que, controlando para outras variáveis importantes como renda, escolaridade e características domiciliares, pertencer ao arranjo “monoparental feminino” teve efeito positivo sobre o escore z da “altura para idade” quando comparado ao arranjo “casal com filhos”, indicando que a presença da mãe, sem o cônjuge, contribui para melhorar esse indicador de saúde de longo prazo.
O trabalho teve como objetivo verificar a ocorrência de um possível fenômeno da desindustrialização nos países membros do MERCOSUL e sua relação com as políticas econômicas implementadas entre 1990 e 2012. Um possível processo de desindustrialização em nível regional pode debilitar o projeto de integração regional do Mercosul pela importância que a indústria possui no desenvolvimento em longo prazo. Como procedimentos metodológicos, a pesquisa bibliográfica visou primeiramente apreender o conceito de desindustrialização e a discussão das suas possíveis causas. Além disso, verificou-se os indicadores que nortearam a etapa da pesquisa quantitativa, a saber, participação do produto industrial no PIB, participação da indústria de transformação no produto industrial, participação do emprego industrial no emprego total, composição da pauta de exportações. Ademais, buscou-se na bibliografia as políticas econômicas específicas implementadas em cada país. Os resultados das pesquisas sugerem diferentes diagnósticos para cada país, em diferentes subperíodos de tempo. Não foi possível diagnosticar que o Brasil passou por um processo de desindustrialização. Para Argentina e Uruguai as evidências analisadas sugerem o processo para a década de 1990 com a abertura comercial e financeira das economias e das políticas econômicas de estabilização, parcialmente revertido na década de 2000, quando algumas mudanças foram introduzidas na gestão macroeconômica. Essa reversão da desindustrialização ocorreu com maior intensidade no Uruguai. No Paraguai observou-se uma estagnação dos indicadores. O baixo nível de desenvolvimento industrial do país e a escassa literatura sobre o tema não permitiram realizar uma conclusão.AbstractThis work aimed to verify the occurrence of a possible phenomenon of deindustrialization within MERCOSUR countries and its relations to economic policy implemented from 1990 to 2012. A possible deindustrialization process at the regional level can weaken the project of regional integration under MERCOSUR because of the importance that industry have to development in the long run. As methodological instruments the bibliographical research objected to understand the deindustrialization concept and the discussion about its causes. Moreover, it was verified indicators that guided the quantitative research. These are the participation of industrial product in Gross Domestic Product, participation of manufacturing in industrial product, employment in industry in relation to employment of the total economy and export list composition. Furthermore, it was searched in bibliography the specific economic policy implemented in each country. The results of the research suggest different diagnoses for each country, in different sub periods of time. It was not possible to diagnose that Brazil underwent a deindustrialization process. For Argentina and Uruguay, the evidence analyzed suggests the process for the 1990s with commercial and financial opening and economic policy for stabilization, partially reversed in the 2000s when were introduced some changes in the economic policies. These reversal of desindustrialization occurred with more intensity in Uruguay. In Paraguay there was a stagnation of the indicators. The low level of industrial development of the country and the scarce literature on the Subject does not allow a conclusion to be drawn.
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