As pesquisas produzidas nos meios científicos, nos últimos anos, a respeito da Educação para a Saúde têm mostrado a sua reconhecida importância na formação docente. No entanto, ainda é uma temática que precisa ser compreendida. Considerando a relevância do tema, o objetivo deste trabalho é identificar e analisar as abordagens de Saúde contidas em trabalhos científicos que discutem a Educação para a Saúde nos currículos de formação de professores. A preocupação crescente com a formação profissional docente foi o ponto de partida para este estudo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e interpretativa, realizada nos periódicos, dissertações e teses contidas no Portal da Capes, no período de 2005 a 2015. A seleção dos textos foi realizada com o descritor Educação em Saúde nos currículos, que permitiu identificar 55 textos. A análise possibilitou identificar que as matrizes curriculares que discutem a temática da Saúde apresentam uma visão contraditória ao descrito nos documentos oficiais do ensino e de caráter fortemente biologista, o que leva a formação de profissionais com concepções mais individualistas e sem fazer reflexão sobre a importância de coletivos de modo a estabelecer relações com o social e o cultural.
Neste artigo, procurou-se ampliar os estudos sobre a Educação em Saúde (ES) na escola, articulando questões relativas à formação docente e às estratégias de desenvolvimento conceitual em saúde nos currículos. A proposição foi verificar quais conhecimentos, valores e práticas têm sido evidenciados nas produções científicas acerca da ES na escola no que se refere à formação de professores. O estudo considerou a produção acadêmica em artigos científicos, teses e dissertações, indexados na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e na Base de Dados Digital da Universidade do Minho (Portugal), entre os anos de 2014 e 2019. Para compreensão do corpus analítico, foi utilizada a Análise Textual Discursiva (ATD) (Moraes; Galiazzi, 2014), de modo a identificar as unidades de significado dos textos. Assim, este estudo realizou uma revisão narrativa crítica da literatura, fundamental para problematizar a temática e compor a justificativa de escolha do tema para a pesquisa e sua constituição. Por meio das observações emergidas da investigação, pode-se inferir que os conhecimentos, os valores e as práticas se entrelaçam, no processo de empoderamento do sujeito sobre a ES, indicando que o cuidado de si, a promoção da vida saudável e da prevenção de doenças não acontece de maneira individual, fragmentada ou simplesmente prescritiva. No entanto, a investigação também revelou que essa articulação permanece limitada quanto à inserção nas matrizes curriculares das escolas.
Esta pesquisa discute as relações entre a constituição identitária docente, a formação dos saberes profissionais e a promoção da saúde na escola. O objetivo foi problematizar a constituição profissional do professor, a partir dos saberes docentes, no desenvolvimento de um currículo promotor de educação em saúde (ES), na escola. Foram consideradas as narrativas acerca do tema da ES, na escola e documentos oficiais de estabelecimentos de ensino básico e superior, advindos do desenvolvimento de um estudo de caso (YIN, 2001), com dois grupos de formação de professores: um inicial e o outro, continuada. Os dados empíricos foram analisados conforme os princípios da Análise Textual Discursiva (ATD) (MORAES; GALIAZZI, 2014), em que utilizamos da tipologia dos saberes docentes definido por Tardif (2010), para a composição das categorias analíticas. Considerando o levantamento e análise dos dados, entendemos que foram definidas importantes argumentações em relação a construção da identidade docente, no que se refere às questões de ES na escola. Constatamos que os saberes docentes de natureza plural, delineiam as competências do professor a partir de ordens técnicas, pedagógicas, da profissão e da vivência. Os resultados permitem reconhecer que tanto licenciandos quanto professores, destacam competências de formação e de atuação docente vinculadas aos tipos de saberes: curriculares, profissionais, disciplinares e experienciais. Consideramos que o estudo implica diretamente na forma de conceber, planejar, organizar e desenvolver os processos de formação docente em relação a constituição profissional em ES, podendo ter significativas contribuições para o delineamento de propostas formativas de professores em ES.
<p class="Default"><span>A Educação Ambiental (EA) numa perspectiva crítica apresenta uma caminhada histórica, porém, distante do cotidiano das pessoas e ambientes escolares. Com essa preocupação, nos propomos a analisar alguns Livros Didáticos (LD) de Ciências buscando compreender como a EA tem sido abordada nos mesmos, bem como verificar as (im) possíveis relações conceituais <em>versus</em> questões socioambientais. Foram analisados quatro LD (inseridos no Plano Nacional do Livro Didático – PNLD, de 2011) do 6º ano do Ensino Fundamental, conforme análise de conteúdo proposto por Bardin (1995) e concepções com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Ciências da Natureza e de EA, conforme pressupostos teórico-metodológicos relacionados aos blocos temáticos. O estudo demonstrou que precisamos avançar nas pesquisas sobre os LD, abordagem da EA e conhecimentos dos PCN em discussão permanente no ensino de Ciências.</span></p>
Este artigo discute e problematiza as questões de saúde como constitutivas da formação inicial e continuada de professores. Para tanto, a proposição foi identificar tendências, interesses e pontos de vista sobre as concepções de saúde, educação em saúde e promoção da saúde de professores em processo de formação inicial e continuada. Como aspectos metodológicos, utilizamos a Análise Textual Discursiva (ATD) para sistematizar os dados empíricos obtidos dos encontros formativos realizados com grupos de professores em formação inicial e continuada sobre a educação em saúde na escola. As categorias de análise utilizadas foram os domínios de saúde e os níveis de processamento da informação de saúde propostos por Saboga-Nunes (2016). A partir dos resultados discutidos, consideramos que os professores participantes apresentam compreensões relacionadas aos domínios de prevenção de doenças, cuidados e promoção da saúde. Entendemos ser imprescindível promover a formação de consciência dos professores quanto às concepções que orientam as práticas pedagógicas de saúde, na escola. Essa sensibilização e tomada de consciência precisam estar contempladas desde os cursos de formação inicial de professores e constituírem movimentos formativos de atualização permanentes para os professores em processo de formação continuada.
O desenvolvimento do currículo tem suas particularidades formativas, que merecem estudo e análise. As aproximações de duas abordagens de pesquisas realizadas no programa de pós-graduação em Educação nas Ciências de uma universidade do Rio Grande do Sul suscitaram o seguinte problema: quais elementos no desenvolvimento da Educação em Saúde (ES) e enfoque CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente), na formação acadêmico-profissional, se evidenciam nos currículos da graduação? Para tanto, houve a seleção e organização de narrativas, que expressam entendimentos de ES e CTSA, nos dados empíricos, obtidos de graduandos de duas instituições de Ensino Superior e de professores da Educação Básica. A análise foi realizada em relação à organização didático-pedagógica dos currículos da formação profissional e tecnológica, quanto à relação entre ES e CTSA. As referidas abordagens ES e CTSA promovem o entendimento de currículo integrado e da formação acadêmico-profissional de cidadãos autônomos e ativos na sociedade. Com as narrativas, as pesquisadoras realçaram as inter relações entre saúde, ciência, tecnologia, sociedade e ambiente, quanto às relações ambientais críticas, numa perspectiva emancipatória.
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