ResumenEn las últimas décadas del siglo xx comienzan a sentirse cambios de paradigma en el campo del arte y de la educación provocados por las transformaciones culturales, sociales y políticas en el mundo. Entre estos cambios están el giro de la visualidad en la educación y el giro educativo en el arte. En la primera década del siglo xxi estos giros se encuentran, como en un encuentro de aguas turbulentas, en un espacio de coincidencia: la educación en cultura visual. En ese evento se configuran también nuevas posibilidades para la educación y para el arte porque se ponen en evidencia los conflictos, tensiones, contaminaciones e hibridaciones entre arte y educación. Son tres las principales implicaciones que surgen del encuentro entre estos giros para artistas y educadores: políticas, metodológicas y existenciales. Estas discusiones traen un cambio en la manera como entendemos las áreas y lo que significa ser artista y educador en contextos latinoamericanos. Las implicaciones políticas apuntan relaciones de equidad entre los participantes en los procesos de construcción del conocimiento. Las implicaciones metodológicas favorecen procesos estéticos y poéticos en las formas de construir ese conocimiento. Las implicaciones existenciales revelan identidades en flujo entre el artista, el educador y el investigador, así como la del estudiante o espectador como investigador participante. Palabras clavegiro educativo en el arte, giro de la visualidad en la educación, educación en cultura visual, arte participante, estéticas decoloniales, emancipación del espectador
Este artigo explora os espaços de impossibilidade da arte na fronteira decolonial, como espaços que tem potência poética. Nesse processo analisa o discurso universalista e individualista da estética moderna ocidental repleto de possibilidades que são ao mesmo tempo impossibilidades no contexto das relações entre arte moderna e regimes coloniais. Para fazer visíveis as contradições do discurso e a impossibilidade da arte como lugar de potência estética e poética parte-se da diferenciação de arte como tal de Stephen Wright, da perspectiva descolonizadora de ch'ixi, ou manchado, de Silvia Rivera Cusicanqui e double bind, ou convivência dos contrários, de Gayatri Spivak onde os espaços de impossibilidade da arte colocam em evidência as relações coloniais. Nessas bases observam-se indícios da chamada polícia da arte, de Jacques Rancière, nos casos da arte naive haitiana e arte aborígene australiana. A análise revela evidências da potência estética e poética de espaços onde a arte como tal é impossível e ao mesmo tempo questiona a universalidade da matriz ocidental como uma imposição colonial.
Este artigo apresenta reflexões provenientes dos Estágios Supervisionados em Artes Visuais na Universidade de Brasília sobre a aula como uma marca na construção de uma vida. Com base nas ideias da pedagogia do evento e imanência da aprendizagem de Denis Atkinson e da metodologia de Investigação Baseada em Arte (IBA), a autora analisa linhas de fuga à rigidez dos modelos educativos transcendentalistas com cinco aberturas nos processos de aprendizagem: à imaginação, subjetivação, corporificação, singularização e diferenciação. Com isto, aponta para a relevância de criar eventos pedagógicos como eventos artísticos que considerem as linhas de aprendizagem dos estudantes.
Este artigo apresenta um estudo da história das políticas de formação de artistas e professores de arte no Brasil com o objetivo de entender o contexto em que a ideia de artista pesquisador aparece e como se relaciona com o surgimento da virada pedagógica na arte contemporânea. Ambos movimentos colocam em questionamento o sentido de uma formação acadêmica nos moldes das ciências e apontam sobre as metodologias de investigação baseadas em arte (IBA). Essas mudanças desenham possibilidades para a prática e ensino da arte que merecem ser observadas em função das potencialidades e desafios da formação desses profissionais na perspectiva do contexto latino americano contemporâneo. Propõem-se nessas bases algumas ações concretas a esse respeito na educação superior.
A IBA e a IEBA são metodologias de investigação recentes, mas neste artigo argumentamos que são também formas primárias e complexas de construir conhecimento em crescente demanda no estudo da arte, da educação em artes visuais e em vários campos das ciências sociais. Sendo a primeira metodologia para construir conhecimento e ao mesmo tempo última em se somar ao campo acadêmico se produzem tensões e conflitos associados às concepções de arte e artista herdada da modernidade ocidental. Para discutir esses aspectos da IBA e IEBA este artigo aborda quatro questionamentos comuns no âmbito acadêmico sobre o papel da imaginação e a poética; o papel coincidente entre sujeito, objeto e leitor; os artistas e não artistas e a distinção ou convergência entre produção artística e acadêmica. Para refletir sobre esses questionamentos apontamos as ideias de alguns teóricos da IBA e IEBA e apresentamos três experiências de investigação em pós-graduação. Este artigo argumenta finalmente, em base às ideias e experiências, que as metodologias IBA e IEBA podem contribuir amplamente à pesquisa acadêmica, mas que para isso é necessário reterritorializar a ideia de arte e artista como arte maquínica e artista maquínico.
Este artigo parte de investigação realizada no ciberespaço para o PIBIC 2020-2021 na Universidade de Brasília, por meio de uma observação participante em ambientes virtuais e redes sociais durante onze meses na pandemia do vírus SARS Cov-2, para refletir formas de operar Pedagogias Culturais produtoras de cultura na Educação em Cultura Visual. Com esse objetivo indaga formas em que a cibercultura produz visualidades. Este artigo amplia os dados com uma investigação documental de outras iniciativas nas redes de Instagram e Facebook que nasceram ou transformaram-se na situação de distanciamento social. A análise dos dados se baseia na concepção de Pedagogias Culturais de Henry Giroux; agenciamentos máquinicos de Gilles Deleuze e Felix Guattari, vitalismo queer de Claire Colebrook, além de discussões sobre emancipação, contravisualidades e criatividade. Se identificaram operações relevantes para Educação em Cultura Visual: as ações colaborativas como corpo, a aprendizagem autônoma, as operações transdisciplinares e a criação como variação latente.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.