AGRADECIMENTOSAlém das várias pessoas que colaboraram com esta tese, mencionadas no texto "Sobre o oficio acadêmico", que compõe este trabalho, gostaria de reforçar alguns agradecimentos.A minha orientadora, Lúcia Emília Bruno, por estes quatro anos de trabalho conjunto.Ao professor Jorge Ramos do Ó, co-orientador em Portugal. A cada uma das escolas que visitei e às pessoas que me deram entrevistas. Sou realmente muito grata a todos vocês! À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que financiou parte desta pesquisa e o período de intercâmbio na Europa.A meu amado marido, tão amigo e companheiro. A meus queridos pais, que sempre me deram muito apoio, e aos amigos e familiares que de algum modo me ajudaram ao longo desses quatro anos, sugerindo escolas, enviando materiais, dando dicas, referências, torcendo para que resultasse em um bom trabalho e sendo compreensivos diante das exigências que esta pesquisa apresentou.Dedico esta tese em especial a meu irmão, que me mostrou os limites do tradicional modelo escolar. RESUMODiante das provocações de alguns autores quanto ao futuro da escola no século XXI (Canário, Barroso, Nóvoa), buscou-se, por meio de uma pesquisa teórica e empírica, identificar, compreender e analisar a rede das organizações brasileiras que realizam ou promovem mudanças no atual modelo da escola. Para isso, definiram-se quatro invariantes da estrutura escolar: o tempo (Elias), o espaço (Viñao Frago e Escolano), as relações com o saber (Tomaz Tadeu da Silva) e as relações de poder (Weber; Foucault), que na modernidade líquida (Bauman) passam por mudanças. Levantaram-se diversos exemplos atuais de ruptura com os invariantes por meio de investigação direta e indireta, tais como entrevistas, visitas a escolas e projetos, pesquisas em redes sociais, materiais de divulgação e diversas produções culturais que tratam sobre o tema. A fim de compreender os processos de transformação e mudança individuais e coletivos observados, retomou-se bibliografia sobre ação e prática social (Gimeno Sacristán) e teorias de análise setorial (Porter). Para contextualizar historicamente tal processo, comparou-se o atual cenário com o movimento escolanovista do século XX. Desta análise inferiu-se o conceito de movimento educacional, permitindo a constatação de que está em curso atualmente no Brasil um movimento de renovação escolar protagonizado por escolas, fundações, órgãos públicos, startups e produtores culturais. As consequências desse movimento ainda são incertas e, por isso, foram apresentadas aqui algumas tendências. A bibliografia indica a continuidade de um movimento de resistência (Singer), paralelamente a um processo de intensificação das técnicas de governo de si (Ó, Hamilton). Nesse movimento são sugeridas tanto mudanças que alteram superficialmente o modelo escolar quanto outras que propõem mudanças significativas, resultando em novos processos educacionais. Compreendendo a escola como um instrumento de produção das estruturas sociais (Bourdieu e Passeron; Petitat; Vincent, Lahire ...
Considerando que as escolas são organizações sociais dinâmicas, buscamos iden-tificar ao longo da história da educação práticas que se apresentaram como con-traposição ao modelo escolar hegemônico, cuja forma disciplinar e fragmentada remontaria ao século XIX. Nesta perspectiva traçou-se uma possível trajetória das alternativas educacionais evidenciando que tais projetos sempre existiram ao longo da história da escola e em maior ou menor grau influenciaram a cultura escolar, dando ênfase especial ao movimento escolanovista, tanto por sua repre-sentatividade, quanto pela imprecisão teórica que há na definição de seu início e fim, abarcando, por isso, quase um século. Na sequência, são apresentados alguns estudos que buscam distinguir, dentro desse grande movimento de contraposição ao modelo tradicional, diferentes tendências e abordagens, oferecendo subsídios para compreensão das diferenças e com isso elementos para a constru-ção de propostas alternativas que permitam a superação do modelo escolar tradicional.
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