A acessibilidade para os surdos nos espaços de divulgação científica é um direito garantido por lei, mas pouco implementado. Esta pesquisa participativa de abordagem qualitativa teve por objetivo apresentar o processo de desenvolvimento de vídeos guias para centros de ciências itinerantes e as estratégias utilizadas para sanar os problemas identificados, bem como analisar a opinião dos surdos sobre o material desenvolvido. Para isso, produzimos vídeos guias em Libras e os apresentamos para um grupo de 30 surdos avaliarem os quesitos: explicação, conteúdo, interpretação e cor de fundo. A avaliação do público surdo nos mostrou que é importante elaborar estratégias para facilitar a compreensão do que está sendo explicado, já que há variações linguísticas dentro da Libras e diferentes níveis de aquisição linguística. Duas das estratégias que utilizamos e foram bem aceitas pelos surdos para solucionar esta questão foi o uso de legendas e de imagens ilustrativas. Outra estratégia sugerida pelos surdos foi maior utilização da descrição imagética, recurso amplamente usado pelos surdos e que ajuda a criar uma imagem visual do que está sendo explicado. Verificamos também que as cores de fundo melhor aceitas foram a azul e a verde, e que as cores preta e branca devem ser disponibilizadas como opcional para atender pessoas com alguma deficiência visual. Concluímos que os vídeos guias atingiram o objetivo de transmitir a informação e teve boa aceitação pelo público surdo, sendo, portanto, adequada a sua implementação em centros de ciências itinerantes que contam com o trabalho voluntário.
Deaf community has struggled worldwide to have sign language (SL) accepted and recognized as their native language. Despite the importance of SL for deaf people education, when it comes to non-formal spaces, it is mostly ignored. Unfortunately deafness is sometimes seen as an "invisible" health condition with no urgent need to be attended. In this work we described a low cost playful strategy that uses adapted games to present SL in non-formal spaces. Thus, we adapted two known games (hopscotch and memory game) to approach scientific themes through using Brazilian Sign Language (LIBRAS) as the public may quick and easily learn these signs. The material was tested with the visitors of the Brazilian itinerant scientific museum center Ciências sob Tendas (Science under Tents-CST) in eight different small Brazilian cities. By targeting the use of LIBRAS through brief interaction among visitors and CST mediators, the memory game with scientific figures (e.g. microscope) and the hopscotch made of a plastic carpet with animal photos attracted the audience attention and curiosity about SL, and deaf culture. Based on these data, we suggest that this strategy may act as an initial presentation not only for the visitors but also for the non-formal spaces mediators and directors. The material may be constructed based on any non-formal space themes, also helping on explaining the place for deaf people. Therefore it may promote the knowledge about and for deaf community on these so important educational places. Finally, by using sign language, non-formal spaces may promote and contribute to awareness about deaf socio-educational needs to the whole society in an extent that formal places cannot do.
Com o destaque da educação inclusiva no meio educacional, algumas leis garantem o direito ao acesso às escolas regulares para alunos e que focam na formação do sujeito surdo bilíngue. O Grupo de Pesquisa Estudos do Bilinguismo: Libras e Língua Portuguesa para Surdo junto ao Projeto de Extensão Ensino de Surdos sob uma Perspectiva Bilíngue, discutem e relatam a realidade desses alunos surdos através de oficinas lúdicas realizadas com conteúdos do dia a dia e produzem materiais didáticos adaptados a necessidade dos alunos, valorizando a Libras como L1 e o uso da Língua Portuguesa como L2. Conclui-se que a interdisciplinaridade e inclusão são fatores importantes para o ensino-aprendizagem do aluno surdo, além de cumprir papel importante na formação do sujeito surdo bilíngue na sociedade.
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