O Zoneamento Bioclimático Brasileiro faz parte da NBR 15220-3, em vigor desde 2005. Consiste na divisão do território brasileiro em 8 zonas climáticas. Para cada zona são feitas recomendações de estratégias de condicionamento térmico passivo para habitações de interesse social. Este trabalho tem como objetivo examinar o referido zoneamento quanto à adequabilidade de suas diretrizes para as cidades localizadas no semiárido alagoano. Por meio de simulação computacional, comparou-se o desempenho de uma edificação padrão, implantada na cidade de Maceió (quente-úmido), com o desempenho da mesma edificação na cidade de Pão de Açúcar (semiárido). As duas edificações foram modeladas de acordo com as diretrizes construtivas recomendadas pela NBR 15220-3, considerando a zona 8. De forma análoga, comparou-se o desempenho térmico da mesma edificação ajustada às recomendações para a zona 7. Uma análise das características do clima de Pão de Açúcar demonstra a existência de dois períodos diferentes (8 meses secos e 4 meses chuvosos), que demandam estratégias bioclimáticas diferenciadas. Conclui-se pela necessidade de aperfeiçoamento nos critérios da classificação dos municípios situados no semiárido alagoano, bem como da criação de subzonas que contemplem as particularidades climáticas regionais.
Este estudo apresenta um método simplificado de análise e mapeamento morfológico do tecido urbano para auxiliar no estudo da climatologia e do impacto da forma urbana na demanda de energia das edificações. Diferentes parâmetros foram empregados na análise da geometria urbana, a fim realizar uma cartografia de áreas morfologicamente homogêneas, cada uma apresentando uma influência diferente na demanda energética das edificações. Numa primeira etapa, os parâmetros morfológicos urbanos foram automatizados e calculados em um sistema de informação geográfica, para diferentes resoluções espaciais. Os resultados morfológicos obtidos para uma aplicação na cidade de Maceió, AL, foram analisados por meio da Análise de Componentes Principais (ACP), a partir da qual foi possível identificar a significância dos parâmetros para o contexto urbano considerado. A análise de agrupamento (Clustering Analysis) permitiu que as diferentes configurações tipológicas fossem agregadas, classificadas e, na sequência, submetidas às simulações computacionais para estimativa da demanda de energia das edificações. Seis indicadores morfológicos foram conservados e cinco classes tipológicas representativas do tecido urbano de Maceió foram destacadas. Observou-se um impacto importante na demanda de energia de três parâmetros morfológicos principais: a densidade total construída, a verticalidade, a compacidade e o prospecto médio.
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