RESUMOEste trabalho relata a experiência de um projeto de atendimento integral ao prematuro e sua família desde sua implantação. O referencial teórico utilizado foi o Cuidado Centrado na Família, proposto pelo Instituto para o Cuidado Centrado na Família. O projeto inclui atendimento hospitalar, ambulatorial e domiciliar, nas seguintes etapas: contato e apoio no dia do nascimento; atendimento individual semanal durante a hospitalização do prematuro; reuniões com grupo de pais; treinamento da família nos cuidados do recém nascido para a alta; visita domiciliar antes e após a alta hospitalar; referência para a unidade de Saúde da Família e consultas de enfermagem no ambulatório. Desde sua implantação em 2007, o projeto tem cadastradas 309 crianças atendidas e suas famílias. As experiências vividas no projeto confirmam a necessidade de um novo olhar sobre o acompanhamento desses bebês e suas famílias que enfrentam muitas situações conflitantes. Por meio da atuação no projeto, acreditamos poder contribuir para a redução da morbimortalidade pela melhora da qualidade de vida dessas crianças e famílias. INTRODUÇÃOO parto prematuro desperta ansiedades e tensões em toda a família. Desta forma, trabalhar com o bebê prematuro implica trabalhar com seus pais, especialmente em relação a seus sentimentos e atitudes. É preciso entender o funcionamento emocional, abolir a postura crítica, hostilidade e juízos de valores, e auxiliar na resolução da ansiedade, medo, fantasias e rejeições dos pais em relação ao filho. Neste contexto, a melhor abordagem seria uma assistência centrada na criança e sua família, de modo que suas demandas servam como o principal determinante das intervenções fornecidas, pois geralmente essas crianças prematuras permanecem internadas por períodos prolongados e a hospitalização é considerada um trauma tanto para a criança como para sua família. Nesta perspectiva, a continuidade da assistência em nível domiciliar é essencial (1) . O grande progresso técnico-científico ocorrido nas últimas décadas culminou em uma considerável melhoria na assistência perinatal. A partir dos anos de 1970, observou-se uma diminuição progressiva da mortalidade neonatal influenciada, pelo advento das unidades de terapia intensiva neonatais (UTIN), por uma melhor compreensão das principais fisiopatologias que acometem os prematuros, pela reposição do surfactante exógeno pelo aprimoramento dos equipamentos utilizados no tratamento e recuperação dos prematuros, entre outros avanços. Entretanto, a morbidade dessas crianças a curto e longo prazo não tem acompanhado a redução da mortalidade. Ao contrário, houve um aumento de doenças associadas à morbidade, decorrente do aumento da sobrevida dos prematuros extremos, expondo esta população a um maior risco de sequelas e essa família a uma enormidade de situações de crise e sofrimento.Muito tem sido proposto para o aprimoramento da assistência à saúde do recém-
Este estudo investigou a incidência de reinternação e os fatores associados em prematuros nascidos com muito baixo peso em um hospital universitário. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo com os neonatos menores de 1.500 g que nasceram em 2006 e receberam alta até dezembro do mesmo ano e foram seguidos até os 6 meses de vida. Os dados foram obtidos de fichas de atendimento no seguimento ambulatorial dos prematuros e contato telefônico com as mães. Dos 53 bebês estudados, 30,2% foram reinternados, 7,5% foram a óbito e 56,3% das reinternações foram por afecções respiratórias. Dos reinternados, 68,7% haviam permanecido mais de 60 dias na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; 68,7% estavam desmamados na reinternação; 37,5% dos reinternados não estavam em acompanhamento ambulatorial, enquanto apenas 19,8% dos que seguiam em acompanhamento foram reinternados. A incidência de reinternação apresentou associação estatística com o município de origem (p=0,007).
RESUMONo Brasil, mesmo com as diversas campanhas de incentivo ao aleitamento materno, a amamentação exclusiva ainda é pouco praticada. Esta pesquisa foi realizada para verificar o índice de aleitamento materno exclusivo nos primeiros quatro meses de vida das crianças nascidas no jardim Santo Amaro de Cambé -PR. Foram analisados os prontuários e entrevistadas 46 mães dessas crianças aos quatro meses de vida, por meio de visita domiciliar. Apenas 13% das crianças estavam em aleitamento materno exclusivo no quarto mês de vida; 21,7% estavam em aleitamento materno predominante, 47,8% em aleitamento materno e 17,4% estavam recebendo exclusivamente leite artificial. Verificou-se que 63% das crianças receberam outro tipo de leite, além do materno, até o quarto mês de idade. Esta pesquisa mostra a necessidade de reavaliar e reorientar as ações de promoção e apoio ao aleitamento materno pelos profissionais de saúde, para assim aumentar o número de crianças beneficiadas pelo leite materno.Palavras-chave: Aleitamento Materno. Desmame. Assistência à Saúde. INTRODUÇÃOO leite humano é o alimento totalmente adequado às necessidades nutricionais do lactente. A variação química do leite modifica-se com o tempo, de modo a se adaptar às características fisiológicas e às necessidades nutricionais da criança (1) . O leite materno é facilmente digerido e protege as crianças contra infecções, pois é isento de bactérias e contém fatores antiinfecciosos. Desta forma, as crianças em aleitamento materno têm menos diarréia, infecções respiratórias e otite do que aquelas alimentadas artificialmente. A mãe também se beneficia em amamentar seu filho, pois este alimento auxilia na diminuição do sangramento; colabora para que o seu peso volte mais rapidamente ao normal; e, freqüentemente, o leite materno usado em livre demanda ajuda a evitar nova gestação (2) . As definições a respeito do aleitamento materno são as estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir de 1991, adaptadas por Thomson (3). Em aleitamento materno exclusivo (AME), a criança recebe somente leite materno da mama ou ordenhado, sem nenhum outro líquido ou sólido, com exceção de medicamentos; quando em aleitamento materno predominante (AMP), a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água; quando em aleitamento materno (AM), recebe leite materno e outro tipo de leite, e quando em alimentação artificial (AA), a criança recebe apenas substitutos do leite humano.As discussões para resgatar a prática do aleitamento natural começaram a aumentar em todo o mundo na década de 1970. Diversos países assinaram acordos internacionais com o objetivo de promover, proteger e apoiar ações de incentivo ao aleitamento materno, mas mesmo assim, ainda hoje, elevar as taxas de amamentação exclusiva durante os primeiros seis meses de vida mostra-se uma tarefa difícil em todo o mundo, inclusive no Brasil (4) . Vários são os fatores para a baixa freqüência do AM, desde as dúvidas e dificuldades da
Few studies have investigated the duration of breastfeeding among premature infants born with very low birth weight. The prevalence of exclusive breastfeeding among very low birth weight premature infants at a university hospital in Londrina Paraná State, Brazil and the identification of factors related to breastfeeding practice were determined. Current quantitative and analytic retrospective study analyzed the medical records, attendance reports and interviews of 54 mother-infant binomials. Breastfeeding was prevalent in 90% of infants, of which 50% were exclusively breastfed, at hospital discharge. However, 51% were weaned before their sixth month. The statistical analysis showed a positive association between breastfeeding and do not working mothers outside the home, cesarean delivery, positive previous experience in breastfeeding and gestational age at birth over 33 weeks. MF prevalence in the specific population NBVLW infants reinforce the notion that breastfeeding preterm infants, albeit challenging, may be carried out with the appropriate support of the mother-child binomial.
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