O objetivo deste artigo é relatar a prática profissional do assistente social na equipe interdisciplinar do Programa de Implante Coclear do Centro de Pesquisas Audiológicas, localizado no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP), Bauru/SP. De acordo com os Parâmetros para atuação do assistente social na saúde, o qual envolve as dimensões, complementares e indissociáveis: Atendimento Direto aos Usuários - com ações socioassistenciais, ações de articulação com a equipe de saúde e ações socioeducativas; mobilização, participação e controle social; investigação, planejamento e gestão; assessoria, qualificação e formação profissional. Durante todas as etapas do Programa de Implante Coclear: diagnóstico, avaliação; preparação pré-cirúrgica; hospitalização e “follow-up” (acompanhamento pós-cirúrgico), o assistente social desenvolve uma prática interdisciplinar com visão de totalidade dos pacientes/famílias, direcionada para o atendimento das demandas, mobilizando recursos internos e externos como parte do processo de reabilitação. Nesta perspectiva, o trabalho do profissional de Serviço Social se faz fundamental na equipe do Programa, uma vez que, o mesmo reconhece os pacientes/famílias não apenas como usuários do serviço, mas como cidadãos capazes de transformar sua própria realidade social.
Esta pesquisa teve como objetivo conhecer o trabalho do Assistente Social nos Núcleos habilitados para desenvolver Programa de Implante Coclear do Brasil. De acordo com Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) Brasil-07/2015 foi identificado um universo de 27 Núcleos habilitados para Programa de Implante Coclear pelo Ministério da Saúdeobjeto deste estudo. A abordagem foi quantiqualitativa e tipologia descritiva transversal. Para a fundamentação teórica foi realizada uma consulta às bases de dados Pubmed, Lilacs e Social Services mediante os descritores: políticas públicas de saúde, deficiência auditiva, surdez, implante coclear, auxiliares de audição, e serviço social. Para a coleta de dados junto aos 27 Núcleos foi elaborado um questionário on-line contendo perguntas abertas e fechadas que sustentaram ao objetivo da pesquisa. O mesmo foi aplicado com um Assistente Social de cada serviço. A análise dos dados quantitativos obedeceu ao método estatístico descritivo com base no objetivo do estudo e referenciais da literatura. Os dados qualitativos foram analisados pelos princípios da análise de conteúdo por método descritivo temático-categorial e teve como norte, o objetivo da pesquisa, as evidências da literatura e a experiência investigativa profissional. Este estudo ampliou o conhecimento acerca dos Programas de Implante Coclear do Brasil, uma vez que, na literatura nacional e internacional não foram identificados estudos anteriores sobre estes e suas equipes. Os resultados permitiram uma análise das atribuições e ações dos Assistentes Sociais nestes Programas que revelaram suas dimensões: investigativa e interventiva.
RESUMOEsta pesquisa teve como objetivo conhecer o trabalho do assistente social nos Núcleos habilitados para desenvolver Programa de Implante Coclear do Brasil. De acordo com Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) Brasil 07/2015 foi identificado um universo de 27 Núcleos habilitados para Programa de Implante Coclear pelo Ministério da Saúde -objeto deste estudo. A abordagem foi quantiqualitativa e tipologia descritiva transversal. Para a fundamentação teórica foi realizada uma consulta às bases de dados Pubmed, Lilacs e Social Services mediante os descritores: políticas públicas de saúde, deficiência auditiva, surdez, implante coclear, auxiliares de audição, e serviço social. Para a coleta de dados junto aos 27 Núcleos foi elaborado um questionário on-line contendo perguntas abertas e fechadas que sustentaram ao objetivo da pesquisa. O mesmo foi aplicado com um assistente social de cada serviço. A análise dos dados quantitativos obedeceu ao método estatístico descritivo com base no objetivo do estudo e referenciais da literatura. Os dados qualitativos foram analisados pelos princípios da análise de conteúdo por método descritivo temático-categorial e teve como norte, o objetivo da pesquisa, as evidências da literatura e a experiência investigativa
Objetivo Identificar as repercussões sociais em indivíduos com distúrbios da comunicação associados às fissuras labiopalatinas com e sem perda auditiva. Métodos Participaram crianças e adolescentes de 7 anos a 15 anos e 11 meses de idade, de ambos os gêneros, com fissuras de lábio e palato ou de palato isolado, com e sem perda auditiva associada. A pesquisa foi composta por 52 participantes, divididos em dois grupos: um constituído por 36 crianças e adolescentes com fissuras labiopalatinas e sem perda auditiva e outro, por 16 sujeitos com fissuras labiopalatinas e com perda auditiva associada. Resultados Constatou-se que as repercussões socioeconômicas, familiares, educacionais e sociais são comuns aos grupos. Conclusão As crianças e adolescentes com perda auditiva associada à fissura labiopalatina não estão em “desvantagem” no que se refere às repercussões econômicas, familiares, escolares e sociais, em relação às que não têm o distúrbio de audição. Ambos os grupos vivenciam o acirramento de conviver com o comprometimento estético e funcional causado pela anomalia e de viver em uma sociedade totalmente preocupada com a imagem e julgadora das diferenças.
INTRODUÇÃO o assistente social na área da saúde e reabilitação compõe a equipe interdisciplinar e é o profissional responsável por conhecer e transmitir a realidade socioeconômica e cultural dos pacientes/famílias, bem como, os aspectos familiares, escolares, profissionais e sociais (GRACIANO, 2013). em sua atuação são trabalhadas questões relacionadas à humanização na saúde, como: às expectativas com tratamento, preconceito sofrido em virtude da deficiência, relacionamento familiar, escolar e social, redes de apoio ao processo de reabilitação, as relações sociais, fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e orientações sociais à população atendida quanto aos seus direitos sociais e de cidadania. OBJETIVOS Relatar a prática profissional humanizada do assistente social na área da saúde e reabilitação. MÉTODOS Trata-se de um relato de experiência profissional, tendo como base as ações do Assistente Social na equipe interdisciplinar do Hospital de referência do estudo no período de Fevereiro de 2012 à Dezembro de 2013. RESULTADOS As ações desenvolvidas pelo Assistente Social no hospital estudado são baseadas nos Parâmetros para atuação do assistente social na saúde (CFESS, 2010), categorizando-se em: -Atendimento Direto aos Usuários (ações socioassistenciais, de articulação interdisciplinar e socioeducativas); -Mobilização, Participação e Controle Social; -Investigação, Planejamento e Gestão; e -Assessoria, Qualificação e Formação Profissional Nestas ações, verifica-se o elo existente entre a humanização com a proposta da Reforma Sanitária Brasileira, bem como os princípios norteadores do Sistema Único de Saúde. Sabe-se que a Reforma Sanitária Brasileira nasce da defesa de valores como a democracia direta, o controle social, a universalização de direitos, a humanização da assistência, tendo como concepção o fato de que o cidadão não é cliente, não é usuário, mas é sujeito (CADERNOS HUMANIZA SUS, 2010). Nesta perspectiva, a humanização no trabalho profissional do Serviço Social na equipe interdisciplinar do hospital estudado ultrapassa aquela concepção romântica do trato, cuidado e caridade com os pacientes/famílias. Trata-se de um olhar ampliado dos usuários do serviço de saúde, atendendo-os na sua integralidade e totalidade e respeitando-os enquanto cidadãos, capazes de serem sujeitos da transformação de sua própria história e interpretadores da sua situação de saúde-doença. CONCLUSÕES Diante do exposto, as demandas trazidas pelos pacientes e famílias na saúde e reabilitação representa desafios para Serviço Social e a equipe interdisciplinar. Seu enfrentamento de forma humanizada começa com o conhecimento aproximado da realidade familiar, cultural e social deste público para decifrar as expressões da questão social que os envolve e se estende à intervenção com a participação dos mesmos, contribuindo também para efetivação dos direitos humanos, sociais e de cidadania.
Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo a certeza do seu destino".Leonardo da Vinci. RESUMOEsta pesquisa teve como objetivo identificar as repercussões sociais em indivíduos com distúrbios da comunicação associados às fissuras labiopalatinas com e sem perda auditiva. Para isso, buscou caracterizar o perfil socioeconômico e cultural dos sujeitos, conhecer as relações familiares, escolares e sociais e constatar se há utilização ou não de recursos comunitários como forma de apoio no processo de reabilitação. Este estudo foi realizado no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da Universidade de São Paulo (USP), na cidade de Bauru, São Paulo. Teve como participantes, crianças e adolescentes de 07 a 15 anos, 11 meses e 29 dias de idade, de ambos os gêneros, com fissuras de lábio e palato ou de palato isolado, com e sem perda auditiva associada, residentes em Bauru e em tratamento no HRAC. A pesquisa foi quanti-qualitativa e censitária com um universo composto por 52 participantes, divididos em dois grupos: um constituído por 36 crianças e adolescentes com fissuras labiopalatinas e sem perda auditiva e, outro grupo por 16 sujeitos com fissuras labiopalatinas e com perda auditiva associada. A análise dos dados foi descritiva e orientada pelos objetivos e referenciais teóricos. Os resultados permitiram identificar que não há diferenças significativas entre os grupos no que se refere aos aspectos socioeconômicos, familiares, educacionais e sociais. Ambos vivenciam o acirramento de conviver com o comprometimento estético e funcional, causado pela anomalia, em uma sociedade que supervaloriza a aparência, totalmente preocupada com a imagem e preconceituosa quanto às diferenças. Com este estudo pretendeu-se adquirir um novo conhecimento acerca das repercussões sociais vivenciadas pelas crianças e adolescentes com distúrbios da comunicação associados às fissuras labiopalatinas com e sem perda auditiva e assim propor estratégias para o enfrentamento das expressões da questão social e atendimento às demandas trazidas por este público, além de proporcionar melhoria na qualidade dos serviços prestados pelo HRAC. ABSTRACT This research aimed to identify the social impact on individuals with communication disorders associated with cleft lip and palate with and without hearing loss. For this, we sought to characterize the socioeconomic and cultural profile of the subjects, knowing the family, school and social relationships and see whether there is or not use of community resources in support of the rehabilitation process. This study was conducted at the Hospital for Rehabilitation of Craniofacial Anomalies (HRAC), University of São Paulo (USP), in the city of Bauru, São Paulo. The participants were children and adolescents 07-15 years, 11 months and 29 days old, of both genders, with a cleft lip and palate or isolated palate, with and without associated hearing loss living in Bauru and in treatment at HRAC. The research was qualit...
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