As eleições de 2018 demarcaram a emersão de importantes alterações no cenário político brasileiro com a chegada de Jair Bolsonaro ao Planalto, colocando em evidência o perene debate da classificação ideológica dos partidos brasileiros. Nessa via, objetiva-se alocar, na escala esquerda-centro-direita, os partidos dos quatro primeiros colocados na disputa presidencial, mobilizando seus planos de governo ao setor econômico, por meio de uma abordagem qualitativa, tendo como ferramenta a análise de conteúdo. Assenta-se na metodologia empreendida o diferencial do presente artigo, em face do predominante exercício quantitativo nos trabalhos de semelhante intento. Observando a construção das ideias dos programas, podem-se classificar os programas de esquerda (PT e PDT), direita (PSL) e expor a flutuação do programa do PSDB entre o centro e a direita.
A extinção dos partidos pelo Ato Institucional nº 2, em outubro de 1965, impõe uma nova configuração no cenário político nacional. Com isso, são criadas novas legendas: Aliança Renovadora Nacional (Arena) e Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que vão absorver os remanescentes (não cassados) dos partidos extintos. O presente artigo intenta observar como os remanescentes do Partido Libertador (PL) buscaram inserir-se no período bipartidário, tendo como foco de análise as quatro legislaturas eleitas entre 1966-1978 para deputado estadual no estado do Rio Grande do Sul. Também serão exploradas as raízes históricas e tradicionais do partido, sua fundação e atuação até 1965. Observou-se que os ex-libertadores eleitos e suplentes como deputado estadual no período bipartidário filiaram-se exclusivamente na Arena. Comparando-se os dois períodos aqui examinados, conclui-se também que a extinção do partido e a instauração do bipartidarismo vieram acompanhadas de queda expressiva da presença de lideranças deste partido no legislativo estadual.
Este artigo pretende investigar parte da elite política que permaneceu atuante durante o período de ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985), a fim de observar como se deu a acomodação dos indivíduos que tiveram suas legendas extintas através do AI-2 em outubro de 1965. Desta forma, o objetivo principal será analisar os dados biográficos e os resultados eleitorais dos remanescentes do Partido de Representação Popular (PRP) que foram eleitos ou suplentes ao cargo de deputado estadual no estado do Rio Grande do Sul, nas legislaturas de 1966, 1970, 1974 e 1978. A abordagem metodológica será a quantitativa, com análise descritiva dos achados, mensurando sete variáveis (legislatura, filiação partidária - Arena e MDB -, total de cadeiras ocupadas pelos ex-PRP, total de votos recebidos pelos eleitos/suplentes, cidade natal, origem sócio-ocupacional e formação). Como resultado, observa-se que os remanescentes do PRP se filiaram em sua maioria na Arena, com uma projeção reduzida em comparação com o período de existência do partido, não sendo, a Assembleia legislativa do RS, um espaço profícuo para os remanescentes do PRP.
Este trabalho investiga o perfil político profissional daqueles que atuaram como deputados federais durante a última experiência autoritária no Brasil (1964-1985), que foi marcada por um cenário de grande instabilidade e incerteza quanto à manutenção da carreira política. Para tanto, analisa-se os dados biográficos dos eleitos/suplentes pelas legendas Aliança Renovadora Nacional (Arena) e Movimento Democrático Brasileiro (MDB), considerando as legislaturas de 1966, 1970, 1974 e 1978. Ao todo são 1.703 casos que compõem o banco de dados, considerando 22 variáveis. A abordagem metodológica utilizada é a quantitativa, com aplicação de análise de correspondência múltipla e análise de conglomerado. Como resultado, foram encontrados quatro perfis de políticos profissionais, que se distinguiam principalmente pelos traços de carreira política. Os dados sociológicos não indicaram uma contribuição significativa na identificação dos perfis, sendo a maioria de homens, brancos, com média de idade entre 40-50 anos e com alto gradual de escolaridade.
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