Objetivo: Explanar acerca das alterações do microbioma intestinal humano associadas ao consumo do trigo e leite de vaca. Métodos: Realização de levantamento bibliográfico de artigos científicos publicados de 2001 a 2018 nas plataformas Scielo, Lilacs e Pubmed, utilizando os descritores microbiota intestinal, glúten, trigo e leite. Resultados: A alta exposição ao trigo e ao leite pode ocasionar quadros de disbiose intestinal, como a doença celíaca - que é caracterizada por uma reação inflamatória que leva ao achatamento das microvilodiades intestinais e ao alongamento das células secretoras intestinais, as criptas -, ou mesmo a intolerância à lactose – que é reconhecida pela insuficiência ou ainda total ausência da ação da enzima lactase, impedindo assim a absorção da lactose. Considerações finais: O tratamento nutricional na doença celíaca compreende em uma dieta que restrinja principalmente a ingestão do trigo, enquanto na intolerância à lactose, consiste inicialmente na suspensão da ingestão de leite e derivados, realizando, posteriormente a reintrodução gradativa até uma identificação da quantidade máxima tolerada pelo organismo. Para o controle de ambas as disbioses, a literatura também indica a ingestão de simbióticos, no entanto, à medida que as pesquisas na área da saúde avançam progressivamente, novas descobertas surgirão acerca de tratamentos eficazes.
Introdução. Crianças autistas apresentam comprometimento das habilidades comunicativas e comportamentais, com prevalência de interesses restritos e estereotipados, inclusive na alimentação. Objetivo. Avaliar o perfil alimentar e a prevalência de disbiose em crianças autistas atendidos em um centro de referência em Belém/PA. Método. Estudo observacional, descritivo e transversal, realizado em 2021, com 47 crianças, de ambos os sexos, portadoras de autismo, em diferentes graus de gravidade, com idade de até 8 anos, atendidos em um Centro de Referência na cidade de Belém-Pa. Inicialmente foram avaliadas variáveis socioeconômicas e demográficas, história médica familiar e pessoal, coletadas diretamente com tutor da criança e anotados em questionário próprio. Foram avaliados os índices antropométricos e índice de massa corporal/idade e altura/idade. Os dados foram analisados e o estado nutricional foi preconizado seguindo os protocolos propostos pelo Ministério da Saúde. Em seguida, foi aplicado o questionário de rastreamento metabólico, para avaliar a ocorrência de sintomas gastrointestinal e presença de disbiose. O hábito dietético foi avaliado pela aplicação de um questionário de frequência alimentar, composto por 91 itens distribuídos em 10 grupos de alimentos. Resultados. Houve elevada incidência de seletividade alimentar, com consumo de alimentos inadequados para essa população, que resultou na prevalência de disbiose nesses pacientes (53,2%; p<0,009) e alterações no estado nutricional com maior ocorrência de excesso de peso (34%; p<0,000). Conclusão. É imprescindível que pacientes autistas sejam acompanhados por um profissional nutricionista, visto a elevada incidência de seletividade alimentar, sintomas gastrointestinais e disbiose nessa população.
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