Este artigo busca embasar a proposta do RPG de palco: um tipo de RPG e de encenação jogado no palco teatral de forma espetacular, a partir do RPG de mesa, do teatro convencional e do teatro de formas animadas. A motivação dessa pesquisa funda-se em dúvidas que se instalaram em mim durante a graduação e continuam a processar-se durante a pós-graduação. Seu embasamento teórico parte do estudo do jogo como proposto por Huizinga, sendo o ato de jogar a origem de todas as atividades arquetípicas da cultura humana, incluindo o jogo (e por sua vez, o RPG) e o teatro. O RPG de palco busca utilizar as formas animadas como dispositivos para a conexão dos dois universos (real e lúdico) para demonstrar em cena o personagem-jogador e personagem-fantástico, com o uso das máscaras pelos atores-jogadores e com bonecos, objetos e sombras pelo mestre de palco.
Este artigo se dedica a relatar e analisar a experiência que tive no Estágio Su- pervisionado do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) com uma turma do 4o ano do Ensino Fundamental da Escola Comunitária Pinóquio, localizada no bairro do Anjo da Guarda, em São Luís – MA, na qual busquei experimentar o Teatro de Bonecos como uma linguagem artístico-pedagógica capaz de problematizar as questões das relações étnico-raciais, tendo em vista a implemen- tação da Lei 10.639/2003 (Obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana e afro-brasileira), por meio da confecção e animação de dois bonecos negros, Abayomi (boneco de manipulação direta) e Casemiro Coco (boneco de luva). Palavras-chave: Teatro de Bonecos. Lei 10.639/2003. Bonecos Negros. Educação Básica.
Resumo: O trabalho em pauta visa refletir sobre a experiência como professor de Teatro de Formas Animadas, atuando de forma voluntária no Centro Cultural e Educacional da Vila Embratel, um bairro localizado na periferia da cidade de São Luís, capital do Estado do Maranhão. As reflexões aqui descritas abordam as atividades desenvolvidas fora da sala de aula formal, com alunos e professores da instituição, assim como com alguns jovens da comunidade, utilizando-se de técnicas de Teatro de Bonecos e de Teatro de Sombras, visando possibilidades educativas e / ou artísticas, voltadas ao próprio cotidiano dos referidos agentes.
Proponho-me realizar neste artigo, um estudo embrionário de análise de texto dramatúrgico, tomando por parâmetro à poética bachelardiana. Isso se dá verificando a construção dramática (incluindo a criação dos personagens, a trama total e elaboração dos conflitos), fundada na relação entre os elementais e seus simbolismos existentes no imaginário poético. Assim, a exposição de um resumo da peça, a descrição dos personagens e análise de cada cena, contribuem para um entendimento mais completo do enredo e de como este se desdobra pra dar conta e comunicar uma história plena, cujos sujeitos atuantes revelam seus caracteres num estado simbólico correspondente.
O texto apresenta fundamentalmente um relato sobre o trabalho de pesquisa e extensão desenvolvido pelo projeto Casemiro Coco, do Departamento de Artes Cênicas do Centro de Ciências Humanas da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, no que se refere aos processos criativos, decorrentes dos resultados de investigações sobre os elementos animados presentes e atuantes nos folguedos maranhenses (máscaras, bonecos e bonecos/máscaras), desde os procedimentos de coleta desse material até a elaboração de produtos com base no estudo destes.
Este trabalho discorre sobre o uso da máscara como objeto estético, lúbrico, ora poético, ora contraventor, e sobre seu uso por períodos de festividades marcantes da cultura popular do Estado do Maranhão. Procura-se estabelecer uma breve investigação sobre a simbologia de tais objetos nos aspectos do riso e do grotesco. Busca-se, também, estabelecer um breve entendimento de como e quando esse objeto máscara e sua utilização nos folguedos pode ter sido considerado nocivo ou vítima de um posicionamento político retrógrado. Superando as possíveis divergências, pode ser encontrado sobejamente como integrante de composições tipológicas de personagens, a partir da construção de formatos e materiais variados e também das diferentes maneiras de vesti-lo.
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