RESUMO: Os delineamentos para modelar uma teoria para a Museologia foram gerados e divulgados no plano internacional a partir de meados dos anos 80 do século XX e se relacionam com a instauração do Comitê Internacional para a Museologia (Icofom), vinculado ao Conselho Internacional de Museus (Icom). As opiniões sobre a natureza do denominado conhecimento museológico foram sendo emitidas sob condições bastante específicas de composição de grupo e de trabalho intelectual. Embora tenham surgido concomitantemente dificuldades com as palavras e com elas o "problema terminológico", ressaltamos aqui a conjuntura que envolveu tal modelagem: o ambiente, os objetivos, o modo como foi sendo composta, os fundamentos que lhe caracterizam e algumas discussões ocorridas relevando aspectos que ficaram como herança para essa área de especialidade. PALAVRAS-CHAVE: Museologia. Icom. Icofom. Museus.ABSTRACT: The guiding principles in the formulation of a Museology theory were established and disseminated internationally from the mid-1980s, and are related to the creation of the International Committee for Museology (Icofom), associated with the International Council of Museums (Icom). The opinions regarding the nature of so-called museological knowledge were issued under the very specific conditions of each group's composition and of the intellectual work undertook in the occasion. Despite the difficulties with the wording, risen in tandem with the exercise (the "terminology problem"), we focused on the conjuncture that surrounded the formulation: the environment, the aims, the way in which it was composed and the foundations that characterise it, as well as some of the discussions that took place, which revealed aspects that have been handed down as a legacy in this field of specialization.
A busca e construção de um corpo de teoria para a Museologia foi foco de atenção do ICOFOM (Comitê Internacional da Muselogia/ICOM), particularmente em meados dos anos 70 e durante a década de 80 do século XX. Investigando dois tipos de publicações dessa área, as de difusão correspondendo ao momento da produção da ciência entre pares, e as de divulgação voltadas para o público em geral, confirma-se a variedade de temas que contribuíram e contribuem para a concretização de sua cultura científica. As publicações constituem um aspecto estratégico de difusão e divulgação e as diferentes publicações o desenvolvem diferentemente, mas ambas reforçam a disseminação da teoria construída e enunciada, e a prática divulgada para os profissionais. Apontam-se as razões, no cerne da construção teórica, do “problema terminológico”, associado à procura e anseio por identificar o objeto de estudo da Museologia, bem como os temas e as coberturas (capas) utilizadas para reforçar as representações para o destinador público especializado.
CERAVOLO, S.M.; TÁLAMO, M.F.G.M. Tratamento e organização de informações documentárias em museus. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 10: 2 4 1-253, 2000.RESUMO: O sistema de documentação em museus como usualmente é concebido volta-se mais para o acompanhamento da circulação do objeto dentro da instituição do que para a produção, recuperação e difusão de informações documentárias. Entende-se que a arquitetura e objetivos desses sistemas devem privilegiar esse acompanhamento bem como o tratamento e organização das informações sobre o objeto, lembrando que se lida com representações através da linguagem. Para a realização de tais procedimentos usa-se de metodologias próprias da Documentação adequadas a museus, distinguindo-se no sistema de documentação dessas instituições o que concerne às questões documentárias. UNITERMOS: Documentação de Museus -Sistema de Informação, Documentação, Museus.Embora tida como uma atividade tão antiga quanto as instituições que a abrigam, a documentação de museus desenvolveu-se lentamente, ficou à margem ou à deriva durante muito tempo, realizada sem método e considerada como a "parente pobre" dentre as atividades dessas instituições (Olcina 1986: 307). A partir do início do século XX, na Europa, especialmente entre 1927 e 1945, organismos de porte internacional como o
O viajante francês Jean-Baptiste Douville, ao cruzar terras da Província da Bahia, doa, em 1835, peças de história natural para formar gabinete oficializado pela administração do governo na cidade do Salvador. A partir da noticia publicada em 1910 na revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, problematiza-se a situação para o aceite da doação, rastreando o cruzamento de providências indicativas da criação, continuidade e descontinuidade, as intenções e impactos na cultura do lugar. Conclui-se que, apesar da instabilidade que rondou o “Gabinete Douville”, a criação inicial franqueou a entrada das ciências naturais na Bahia Oitocentista no Liceu Provincial que passou a funcionar em 1837.
Este estudo visa a reunir dados ainda não publicados sobre o acervo referente à África no MAE - Museu de Arqueologia e Etnologia (Universidade de São Paulo), relacionando-o ao seu aproveitamento educacional e científico. Trata-se de uma reflexão acumulada durante o trabalho com a Coleção no período de 1981 a 1992, com o objetivo de dar uma contribuição inicial para a memória dessa Coleção na Universidade
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