“Em nome do céu, o que é museologia"? perspectivas de museologia através de publicações

Abstract

A busca e construção de um corpo de teoria para a Museologia foi foco de atenção do ICOFOM (Comitê Internacional da Muselogia/ICOM), particularmente em meados dos anos 70 e durante a década de 80 do século XX. Investigando dois tipos de publicações dessa área, as de difusão correspondendo ao momento da produção da ciência entre pares, e as de divulgação voltadas para o público em geral, confirma-se a variedade de temas que contribuíram e contribuem para a concretização de sua cultura científica. As publicações constituem um aspecto estratégico de difusão e divulgação e as diferentes publicações o desenvolvem diferentemente, mas ambas reforçam a disseminação da teoria construída e enunciada, e a prática divulgada para os profissionais. Apontam-se as razões, no cerne da construção teórica, do “problema terminológico”, associado à procura e anseio por identificar o objeto de estudo da Museologia, bem como os temas e as coberturas (capas) utilizadas para reforçar as representações para o destinador público especializado.

As transformações do universo museal pelos paradigmas do conhecimento e o aprimoramento de sua função social a partir da Nova Museologia

“… Museologia como estudo da implementação e integração de um certo conjunto de atividades, visando à preservação e o uso da herança cultural e natural: dentro do contexto da instituição museu e independente de qualquer instituição. Ambas tratavam de questões fundamentais da Museologia e visavam instituir bases teóricas, de certo modo para conscientizar, pelo debate, o comitê e seus participantes, dos problemas que lhe seriam específicos, de tal forma que a Museologia fosse abordada como ciência (CERÁVOLO, 2004). É inegável a importância da contribuição de ambas as publicações, tanto para a Museologia quanto para os museus, no entanto, o seu alcance esbarra na sua distribuição, feita somente para um círculo restrito de destinatários (em geral os participantes e colaboradores do ICOFOM e de seus encontros), caminhando assim na contramão da proposta original de serem ambas "um fórum aberto de ideias" que atingiria um número grande de pessoas.…”

“…Visamos também analisar a função dos museus na sociedade contemporânea, assim fizemos uso de autores que abordam o movimento da Nova Museologia, bem como a problemática da função social dos museus (CERÁVOLO, 2004;BRUNO, 2006;CURY, 2008CURY, , 2009CURY, , 2014CURY, , 2014bDUARTE, 2013;POULOT, 2013). Para então delinear um prisma das novas formas de diálogo do Museu com a sociedade, tarefa para a qual recorremos a autores que trabalham com as temáticas do Lazer (DUMAZEDIER, 1973CAMARGO, 2001;MARCELLINO, 2000;GOMES, 2001;GOMES e MELO, 2003;BARRETO, 2007;TOMAZZONI, 2008;AULICINO, 2011;), da Educação, (FIGURELLI, 2011;FREIRE, 2011; SANTOS e GERMANO, 2015) e do Patrimônio Cultural, (ZANIRATO, 2009(ZANIRATO, , 2018SCHEINER, 2012;VARINE, 2013;CHOAY, 2017), entre outros.…”