PURPOSE: To describe the spelling performance of children with regard to the record of sonorant consonants in Brazilian Portuguese language, to verify if the errors in their records were influenced by the accent in the word, and to categorize the kinds of errors found. METHODS: For this current survey, 801 text productions were selected as a result of the development of 14 different thematic proposals, prepared by 76 children from the first grade of primary school, in 2001, coming from two schools of a city from São Paulo, Brazil. Of these productions, all words with sonorant consonants in a syllabic position of simple onset were selected. They were then organized as they appeared as pre-tonic, tonic, and post-tonic syllables, unstressed and tonic monosyllables. RESULTS: The following was observed: the number of hits was extremely higher than that of errors; higher occurrence of errors in non-accented syllables; higher occurrence of phonological substitutions followed by omissions and, at last, orthographic substitutions; and higher number of substitutions that involved graphemes referring to the sonorant class. CONCLUSION: Considering the distribution of orthographic data between hits and errors, as well as their relationship with phonetic-phonological aspects, may contribute to the comprehension of school difficulties, which are usually found in the first years of literacy instruction.
A proposta mais geral do presente trabalho é verificar em que medida aspectos das diferentes classes fonológicas estão relacionados a pontos de maior facilidade ou dificuldade na ortografia infantil. Para verificar os efeitos dessa relação, o desenvolvimento do trabalho foi orientado pelos seguintes objetivos: (1) descrever o desempenho ortográfico de crianças quanto ao registro de consoantes do Português Brasileiro; (2) verificar se o acento influencia a ocorrência de erros no interior das palavras; e (3) caracterizar o padrão da distribuição dos erros. Os dados foram extraídos de 866 textos de 76 crianças que, em 2001 e 2002, frequentavam a primeira e a segunda série do ensino fundamental de uma escola pública de um município do interior paulista. Todos os grafemas que remetiam às classes das consoantes oclusivas, fricativas e soantes, situados no ataque silábico simples, foram classificados em acertos e erros. Em seguida, os erros foram organizados conforme ocorressem em sílabas acentuadas, ou não. Posteriormente, foram distribuídos em categorias que os organizavam conforme correspondessem a omissões, substituições ortográficas não-fonológicas, substituições ortográficas fonológicas e híbridos. Como resultados, verificou-se que: (a) os acertos predominaram sobre os erros; (b) a quantidade de erros, bem como seus diferentes tipos, variaram em função da classe fonológica a que remetiam; e (c) os erros não sofreram influência direta do acento. Esses resultados apontam para uma alta estabilidade na aquisição da escrita – portanto, para o sucesso de práticas de letramento que favorecem a alfabetização. Apontam, também, para relações não-simétricas entre características das classes fonológicas e a ortografia das diferentes classes – não-simetria que chama a atenção para os diferentes estatutos que tanto erros quanto acertos podem adquirir na aquisição da ortografia.
RESUMO Objetivo Esta comunicação breve tem como proposta mostrar os traços fonológicos inerentes à classe das soantes – nasais e líquidas – que seriam mais ou menos problemáticos no registro ortográfico desses fonemas. Método Foram analisadas substituições ortográficas de produções textuais realizadas por crianças da 1ª série do Ensino Fundamental. A análise dos dados foi realizada de acordo com o modelo Padrão de Aquisição de Contrastes (PAC). Resultados Foi observado que as substituições foram distribuídas entre as duas classes de fonemas e, no interior de cada uma, foram detectados contrastes fonológicos mais e menos instáveis no registro ortográfico desses fonemas. Conclusão Essa maior e menor instabilidade de contrastes apontou para questões fonológicas, bem como para questões relacionadas à complexidade ortográfica desses segmentos, indicando, portanto, uma relação não direta entre fala e ortografia.
OBJETIVOS: descrever o desempenho ortográfico de crianças - quanto ao registro de consoantes oclusivas do Português Brasileiro; verificar se a acento influencia a ocorrência de erros no interior das palavras; e classificar o padrão da distribuição dos erros. MÉTODOS: foram analisadas 210 produções textuais referentes a 14 propostas temáticas, coletadas durante o ano de 2001, quando os sujeitos cursavam a 1ª série do Ensino Fundamental. Para descrever o desempenho das crianças, para o primeiro objetivo, os dados foram divididos em Acertos e Erros; para segundo objetivo, os erros foram classificados em sílabas acentuadas e não-acentuadas, e, por fim, para o terceiro objetivo, os erros foram subclassificados em omissões, erros ortográficos e erros fonológicos. Os erros fonológicos foram subdivididos, ainda, conforme ocorressem dentro e fora da classe. RESULTADOS: para o primeiro objetivo, encontraram-se 5.746 possibilidades de ocorrência de consoantes oclusivas na posição de ataque silábico simples, com maior quantidade de acertos; para o segundo objetivo, observou-se maior ocorrência de erros em sílabas não-acentuadas; e por fim, para o terceiro objetivo, foi possível observar predomínio de erros fonológicos, seguidos pelas omissões e pelos erros ortográficos, tanto no interior das sílabas não-acentuadas quanto das acentuadas. Ainda conforme o terceiro objetivo, nos erros fonológicos, observou-se sua maior ocorrência dentro da classe; e novamente, não-influência do acento. CONCLUSÃO: conclui-se, então, a importância da análise dos aspectos fonéticos-fonológicos na aquisição da ortografia infantil, bem como a relevância da distribuição dos acertos tanto como dos erros.
RESUMO Introdução: Assumindo-se que erros são, na verdade, tentativas de acertos, podendo marcar conflitos da criança com o sistema ortográfico, investigou-se o registro ortográfico de dois dos fonemas que remetem à classe das líquidas: /l/ e /ɾ/. Objetivo: (1) comparar a acurácia ortográfica, nas posições silábicas de ataque complexo e de coda, da grafia dos fonemas /l/ e /ɾ/; (2) verificar, dentre os erros, seus tipos mais frequentes. Método: Foram analisadas 53 produções textuais de crianças do 1º ano do ciclo I do ensino fundamental (EF) de uma escola pública do interior de São Paulo. Para responder aos objetivos, inicialmente foram separadas todas as ocorrências dos fonemas /l/ e /ɾ/ na posição de ataque complexo e de coda silábica. Posteriormente, os registros foram categorizados como acertos e erros. Os erros foram, ainda, classificados como omissão, transposição e substituição. Resultados: No ataque silábico complexo e na coda silábica, foi encontrado maior número de acertos quando comparado com o número de erros. Quanto aos tipos de erros, no ataque complexo, todos corresponderam a omissões; já na coda, as omissões prevaleceram, seguidas das substituições e das transposições. Conclusão: Os resultados sugerem que a percepção que a criança tem das relações entre fonemas e grafemas não depende diretamente dessas relações, já que essa correspondência pode ser afetada por outros aspectos fonológicos desconsiderados nessas relações, como as posições silábicas.
Para investigarmos se a aquisição da ortografia de consoantes nasais sofreria influência de aspectos da estrutura silábica da língua e da seriação escolar, em produções textuais de crianças do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental, analisamos 7.190 possibilidades de registro dessas consoantes. Embasamo-nos no modelo hierárquico da sílaba e em parâmetros educacionais que regem esse Ciclo. Os resultados mostraram: (1) efeito da posição silábica sobre a acurácia ortográfica – maior em ataque silábico simples do que em coda silábica simples; e (2) efeito do ano escolar apenas na posição de coda silábica simples, especificamente em posição final – 1º ano com desempenho inferior comparado ao dos 2º e 3º anos. Embora apresentasse ancoragem em aspectos fonético-fonológicos da língua, a ortografia das consoantes nasais apresentou também ancoragem em aspectos ortográficos da própria classe, fato que aponta para uma relação não direta entre fala e escrita no que se refere à aquisição ortográfica.
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