OBJETIVO Sintetizar as evidências de estudos que analisaram as associações entre comportamento sedentário e competência motora em crianças e adolescentes. MÉTODOS Revisão sistemática de artigos originais que analisaram possíveis associações entre comportamento sedentário e competência motora em crianças e adolescentes (3–18 anos de idade), sem restrições quanto ao delineamento de estudo, instrumentos e protocolos de análise. Os artigos foram identificados por meio de buscas nas bases PubMed, Web of Science, Academic Search Premier, Cinahl, Medline e SPORTDiscus, assim como em listas de referências. O nível de evidência foi avaliado de acordo com a quantidade de estudos que reportaram significância estatística nas associações entre as variáveis e a qualidade dos artigos (o risco de viés). RESULTADOS De 2.462 estudos iniciais, 22 compuseram a síntese (duas intervenções, nove longitudinais e onze transversais). Desses, em 13 foram observadas associações negativas entre as variáveis, mais frequentemente na faixa etária de sete a catorze anos. Na análise do risco de viés, as principais limitações dos estudos foram “amostragens por conveniência” e “não descrição do dimensionamento amostral”. CONCLUSÕES A evidência disponível sugere que o comportamento sedentário está negativamente associado à competência motora em crianças do ensino fundamental, embora a evidência seja incerta nos anos pré-escolares; a síntese de resultados dos estudos longitudinais sugere que o comportamento sedentário afeta negativamente o desenvolvimento da competência motora. É importante que futuros estudos tenham maior controle sobre os determinantes socioculturais e aprofundem os conhecimentos em relação ao sexo e à faixa etária, assim como dos métodos e indicadores utilizados para avaliação das duas variáveis.
Os objetivos deste estudo foram verificar a influência dos procedimentos adotados para conter a pandemia da covid-19 nos níveis de atividade física (AF) de crianças e adolescentes e verificar se há diferenças entre os sexos e faixas etárias. Foi realizada uma revisão rápida de literatura, com busca em periódicos disponíveis nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando as palavras-chaves: Crianças, Adolescentes, Exercício Físico, Atividade Física e Covid-19. Dos 449 estudos identificados, 17 foram selecionados pelo critério de conter dados referentes a antes e durante o período de restrição social no mesmo estudo. Com exceção de um artigo, a síntese dos resultados indicou diminuição dos níveis de AF e aumento do tempo em atividades de tela durante o período de restrição social, em maior proporção para adolescentes e para o sexo feminino. Os resultados são mais próximos entre países da mesma região do que entre diferentes continentes, devido às diferenças no ambiente sociocultural em que os jovens vivem, incentivados principalmente pelos seus responsáveis. Do ponto de vista da saúde pública, deve existir uma preocupação com a continuidade desse padrão de comportamento após o término da pandemia, o que aumentaria ainda mais o risco de problemas já existentes, como atrasos no desenvolvimento motor, sobrepeso, obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes na vida adulta.
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