RESUMO: O Brasil e o café. O historiador costuma pensar na identificação de um com o outro. Mas na verdade, o café ocupa um lugar muito pequeno e até negativo na identidade nacional brasileira. Este artigo mostra como nem a literatura nem os estudos históricos tem priviligiado o café como formativo. Ou se enfatiza a herança colonial, a geografia, ou a mistura de raças. O campo é visto como um lugar atrasado, quase feudal que impediu a formação da identidade nacional em vez de formá-la. O café na época colonial não consta na lista de produtos importantes. No século 19, o café foi pai de escravidão e dos latifúndios. Em nosso século, o papel mais importante do café é de negar-se através da urbanização e da industrialização. Se Deus é brasileiro, Ele não toma café.
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