Neste trabalho, exploramos alguns recursos instrucionais para o ensino de Química, em especial aqueles que possibilitam ao docente desenvolver uma variedade de atividades com suporte tecnológico, considerando as demandas e interesses de seus alunos. Para selecionar os recursos aqui tratados, estabelecemos como critérios o custo, a facilidade para a utilização e aplicação em sala de aula pelo professor do Ensino Médio. Os recursos instrucionais eleitos foram caracterizados conforme suas principais funcionalidades. ensino e aprendizagem de Química, tecnologias computacionais, aplicativos educacionais de Química Recursos Instrucionais Inovadores para o Ensino de QuímicaA seção "Educação em Química e Multimídia" tem o objetivo de aprimorar o leitor das aplicações das tecnologias comunicacionais no contexto do ensino-aprendizagem de Química.
Este trabalho entende o projeto pedagógico dos cursos superiores como um documento construído pelas instituições de ensino visando descrever não só os objetivos e a organização pedagógica e estrutural do curso, como também o significado que atribuem à formação que se propõem fazer. A estrutura apresentada pelas diretrizes curriculares influencia o tipo de profissional formado e refletirá nas salas de aula de química do Ensino Básico, tornando necessário um estudo deste documento para entender as realidades formativas de futuros professores. Portanto, é realizada uma análise qualitativa comparativa do PPP de três instituições do Estado do Rio de Janeiro, uma particular e duas públicas. Verifica-se que os cursos carecem de um compromisso formativo em consonância com seus objetivos, pois ainda priorizam a pesquisa e a experimentação, práticas referenciadas geralmente aos bacharéis em química e suas atuações em laboratórios, marginalizando o que deveria ser o foco principal, a docência.projeto político pedagógico, licenciatura em química, formação de professores Caminhos e descaminhos da formação docente: uma análise dos projetos pedagógicos de cursos de Licenciatura em Química no Rio de Janeiro http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160083 ANOS A ciência é "uma linguagem construída pelos homens e pelas mulheres para explicar o nosso mundo natural" (Chassot, 2003, p.3), ou seja, é permeada por relações e interesses, que definem uma visão de mundo, sendo sua interpretação uma extensão da subjetividade do observador, com uma intenção associada ao fazer.Portanto, na educação química deve-se romper com a perspectiva científica de trabalhar com os "dados" e "conceitos" como portadores de significados autônomos e distantes de qualquer relação mais ampla ao longo de sua construção (Lopes, 1998). Tal empirismo ingênuo é, por diversas vezes, marcante no ensino, devendo ser superado pela compreensão de que marginaliza o processo de obtenção do conhecimento, que é permeado por interpretações, manipulações e influên-cias dos sujeitos que nele trabalham.Com isso, uma das frentes de luta no que diz respeito ao ensino de ciências e sua relação com a construção dos projetos pedagógicos dos cursos de Licenciatura em Química é justamente a superação do dogmatismo (Chassot, 2003).Concordamos com Freire (2011, p.95) que "(...) o espaço pedagógico é um texto para ser constantemente 'lido', 'interpretado', 'escrito' e 'reescrito'(...)". Levando em consideração que tanto a ciência quanto o saber, entendido como conhecimento, experiência e práticas construídas ao longo da vida, exigem renovação e reelaboração sistemáticas, percebe-se o papel fundamental do professor na formação de pessoas que reflitam, critiquem, que sejam movidas pela dúvida e pelo desejo de ampliar e compartilhar seus conhecimentos (Ghelli, 2004).Dessa forma, entendemos que o projeto pedagógico (PP) e, consequentemente, as aulas nos cursos de formação docente e as próprias aulas de química deveriam refletir a marca da incerteza, hoje tão mais presente na ciência, como já...
Considerando a complexidade da trajetória formativa docente e as possibilidades que esta traz na construção das subjetividades e da identidade dos professores, o presente trabalho buscou analisar o perfil de alunas e egressas negras do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal do Rio de Janeiro – campus Duque de Caxias. Portanto, uma articulação entre os conceitos de Pierre Bourdieu com estudos da área e alguns autores negros, como Silvio Almeida, é proposta para problematizar a inserção feminina negra e os dispositivos mobilizados para tal. A análise é realizada a partir dos dados obtidos na aplicação de vinte e oito questionários semiestruturados online e realização de quinze entrevistas individuais, também online. A partir dos resultados, tornou-se possível verificar o perfil das participantes e identificar o racismo estrutural no que tange a construção da escolha do curso pelas participantes, muito pautada por aquilo que é mais realizável considerando sua origem social. Ao mesmo tempo, evidencia-se ao longo do estudo que muitas são as primeiras gerações de suas famílias a acessarem o ensino superior, o que traz também uma influência para as gerações posteriores. Ao longo do trabalho observa-se diversos mecanismos e condições sociais que se tornam determinante para as escolhas e inserções das mulheres negras no campo acadêmico.
A promulgação da Lei Federal n.º 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana em todos os estabelecimentos de ensino no Brasil, representa uma possibilidade de contemplar no currículo escolar momentos de valorização e reconhecimento cultural, colaborando para a desconstrução do mito da igualdade social e do eurocentrismo. Partindo de tal pressuposto, este trabalho apresenta e analisa os resultados obtidos com a aplicação de uma proposta metodológica a alunos da educação básica, licenciandos em Química e professores de Química, em que foram abordadas questões sociais que perpassam a Guerra no Congo e a exploração do minério coltan, na África, numa perspectiva problematizadora, discutindo a função social do ensino em tal contexto e desmistificando abordagens neutras e positivistas da ciência. Dessa forma, realiza-se uma análise qualitativa dos discursos e das percepções dos participantes ao longo das aplicações, problematizando-os em eixos de discussão. Os resultados apontam a importância não só de trabalhar com temas sociais afro-brasileiros e africanos de forma culturalmente guiada, integrando-os com aspectos químicos, como também a necessidade de repensar a formação de professores como um espaço profícuo à construção da identidade docente, pautada pela ética e necessidade de tornar os estudantes cidadãos transformadores.
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